Capítulo 1

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Brunna narrando

06:00

Acordo com o despertador, sento na cama e olho para o lado, Sol dorme profundamente, faço carinho em seu rosto e ele se mexe

- anda filha, temos que trabalhar- eu falo e faço cafuné nela, pego ela no colo e levo ela pro banheiro dou um banho morno nele e a visto, boto ela sentada na cama, pego uma roupa e vou para o banheiro, tomo um banho morno também, me seco e visto, penteio o cabelo em um rabo de cavalo e escovo os dentes, saio do banheiro e a Sol tá deitada na cama, sorrio e balanço a cabeça negativamente, pego minha bolsa e a mochila da Sol, coloco uma muda de roupa na mochila de Sol, boto minha entidade, celular e carteira em minha bolsa, pego a Sol no colo e saio do quarto, passo pela sala, meu padrasto e minha mãe estão sentados no sofá

- até que enfim a vagabundo acordou- meu padrasto fala e sobe as escadas

- bom dia mãe- eu falo

- bom- ela fala e sai, eu vou na cozinha pego uma maçã e um biscoito para a Sol, fecho o portão com dificuldade porque a Sol não desce do meu colo, quando me viro, PA, levo um susto

-misericórdia- eu falo quando dou de cara com uma mulher alta, músculos e e cheirosa, pura que pariu

-o que é viu fantasma porra?- ela fala e me empurra para lado e arromba o portão, como eu to chegando para meu "pai" e mãe, contínuo indo para meu trabalho, eles que se fodam, na esquina Anitta me espera

- bom dia vaca, bom dia filha-Anitta fala e da um beijo em Sol, e depois me da um beijo

-mulher eu não te conto, vamos andando- eu falo e fomos andando

-Pois conte mulher-anitta fala

- estava saindo de casa, quando uma mulher alta e musculosa da de cara comigo-eu falo

-humm...-anitta fala

[.......]

Chegamos na lanchonete, coloco Sol no cantinho dela e começo a trabalhar, como aqui no Morro não tem creche trago a Sol comigo, a dona Sónia (dona da lanchonete) deixa eu trazer ele, sirvo todas as mesas juntamente da Anitta....

[.......]

Ludmilla Narrando

Acordo com a porra do despertador e puta porque o plano de morrer dormindo deu errado, levanto vou até o banheiro, faço minhas HP e me visto, vou pra garagem pego uma moto e vou direto para a casa da mulher que tenho que cobrar, quando chego lá dou de cara com uma menina com uma menininha no colo

-o que é viu um fantasma porra?- eu falo e empurro ela para o lado e arrombo o portão, eu poderia ter pedido para ela abrir?Podia, mais eu sou dona dessa porra, não tenho que pedir nada a ninguém, entro dentro da casa e vejo a mulher e o homem sentado no sofá

-sem enrolação, quero meu dinheiro-eu falo

-temos uma coisa melhor, ainda mais para você- a mulher dele é eu fico pensativa

-o que é? - eu falo

- minha filha, ela tem uma filha e pra você quem perdeu sua filha, da pra fazer uma família com ela- a velha fala e eu me aproximo do seu rosto

-nunca mais, nunca mais mesmo,fale de minha filha, na próxima eu ranço seus olhos com a arma- eu cochicho

-me descupa- ela fala com expressão de medo

- sua filha é aquela que saiu?- eu pergunto

- sim e a menina é minha neta- a velha fala

- eu aceito, as 7 eu estou passando aqui para buscar ela é a menininha, a menininha não pode ficar longe dela- eu falo e saio sem dar nenhuma explicação, subo na moto e vou pra boca, passo sem cumprimentar ninguém e entro na minha sala, Xamã já está lá

- bom dia Milla- xamã fala

-bom-eu falo e sento na minha cadeira

-o que houve pra você demorar tanto?-xamã pergunta

- eu cobrei uma mulher ai-eu falo

-ela te pagou?- xamã pergunta

-me vendeu a filha e a neta- eu falo

-você aceitou?- xamã pergunta com cara de assustado

-sim-eu falo

-cê tá louca Ludmilla?- xamã fala e eu olho pra ele com cara de tipo "vc acha que ta falando com quem", ele atende o recado e senta de novo

-ah xamã, é bom que eu arrumei uma mulher para arrumar a casa-eu falo

[..........]

Brunna narrando

Meu horário de trabalho encerra, eu e a Anitta ajudamos a dona Sónia a fechar o estabelecimento, começamos a subir o morro por volta das 6:30, Anitta vai pra sua casa é eu vou pra minha com Sol de mãos dadas comigo, chego em frente a minha casa é tem carros pretos e homens com fuzis, passo pelo portão e entro, vejo a mulher que esbarrou em mim conversando com meus "pais".

-mamãe o que houve?-Sol pergunta e se enrola em minha perna

-nada minha filha, eu espero- eu falo em um tom que só a Sol possa escutar

-já pegamos suas coisas, por favor se dirija ao carro com o menino por favor-um cara fala e pega em meu braço

-Ei, eu pra onde você vai com essa mãozinha?pode tirar-eu falo e passo a mão onde ele tocou

-você foi vendida,se dirija ao carro agora-ele fala novamente

-como assim vendida?- eu falo

-você tirou minha paciência- a mulher fala e faz um sinal e um homem me pega no colo e o outro pega a Sol

-se um fio de cabelo da minha filha ser arrancado eu te mato, filho da puta-eu falo me debatendo, o homem me joga dentro do carro junto com a Sol que se esquiva em mim, um dos homens sentam no banco do motorista e vai dirigindo para um local......Pera é a casa da Dona do Morro

[......]

𝑉𝐸𝑁𝐷𝐼𝐷𝐴 - 𝖡𝖱𝖴𝖬𝖨𝖫𝖫𝖠Onde histórias criam vida. Descubra agora