single chapter.

1.1K 167 358
                                    

any.
sete anos atrás.

Virei a plaquinha ao contrário assim que o relógio marcou seis e vinte, indicando que posso fechar a floricultura. Antes de tudo, pego um girassol, flor preferida de Ema e sorrio, ela deve estar atrapalhando Josh no trabalho a essas horas.

Como o dia ainda está claro, vou a pé até nossa casa, estranhando que a luz estava apagada. Josh estava trabalhando em casa na última semana, segundo ele havia alguns problemas no trabalho e era melhor ficar próximo a nós duas.

Abri a porta e deduzi, que não havia ninguém em casa. A não ser pelo choro da Ema, isso indicava que ela odiava ficar no escuro, então rapidamente corri para seu quarto.

- Josh? - chamei, mas não obtive resposta.

Abri a porta e encontrei Ema encolhida na sua cama, abraçando seu urso de pelúcia.

- Filha, o que aconteceu?

- O p-papai saiu. - soluçou

Saiu? Josh não era louco a ponto de deixar uma criança sozinha essa hora, ou seria?

- Calma, ele já vai voltar. - beijei sua bochecha e a peguei no colo.

No caminho a sala, encontrei um papel dobrado em cima da mesa, deixei Ema no sofá e abri a folha pequena.

"Não sei como dizer isso, mas estou indo embora.

Ana e eu estamos fugindo, não posso mais esconder que a amo, seria maluco se negasse e mentisse para você. Me desculpa, Any, mas eu não te amo mais, não como antes. Não consigo sentir nada quando te beijo, ou te toco, sinto que nosso único vínculo era nossa filha e agora, você parece uma estranha para mim.

Não deixe Ema saber que eu fugi, invente qualquer história, sei que você é ótima mãe solteira ou seja lá qual termo devo usar.

Any, eu amo nossa filha, ela é minha maior felicidade. Então, eu também amo a Ana, como eu nunca amei alguém na minha vida.

Estamos indo embora para podermos viver nosso amor, qualquer momento pode chegar o papel do divórcio para você assinar, ok? Apenas envie novamente para meu advogado, então poderei estar livre e me casar com Ana.

Eu nunca te trai, Any, mas a partir de hoje você não é mais nada minha. Sinto muito se estou te magoando.

Adeus, Josh."

Fechei o papel e corri para o nosso quarto, minhas lágrimas desciam de forma descontrolada, a dor no meu peito era insuportável.

Os armários estavam vazios, as nossas fotos pareciam não ter mais graça, nem felicidade. Tudo que senti ao olha-las, foi dor, tanta que pensei que não pararia mais de chorar.

Abracei Ema com força naquela noite, porque agora era apenas nós duas.

seis anos após.

Ema estava sentindo fortes dores nas costas, nem um remédio adiantava e isso me deixou preocupada. A levei no melhor médico da cidade, e hoje teríamos o resultado.

Levei Ema junto comigo já que Sina estava ocupada e provavelmente não poderia ficar com ela.

Dr. Carlos parecia nervoso, me sentei a sua frente com Ema nos braços, seu olhar correu sobre a pequena e em seguida a mim havia nervosismo neles.

the one that go away, beauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora