Noiva do Sol

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Eu já havia ligado diversas vezes para Papai, nem eu sabia onde estava, tudo aquilo era muito confuso, tentei de todas as maneiras dizer ao meu pai a minha localização mas nem mesmo ele sabia o lugar em que eu me encontrava.

O dono do bar do qual eu estava usando o seu telefone, foi ficando cada vez mais sem paciência, eu perguntava a ele aonde exatamente era aquele lugar mas todas as vezes que tentava questioná-lo ele queria saber de onde eu era, que só iria me responder se eu lhe dissesse meu país natal. Eu não ia lhe dar essa informação pois todos conhecem meu rosto como princesa do reino do Inverno. O que ele faria se confirmasse talvez seus palpites sobre mim, seria sequestrada ou forçada a algo, não me arriscaria isso.

Eles são muito rígidos a informações para pessoas de fora, aquele lugar era esquisito não era exatamente no centro era mais para o interior do país.

Eu havia conhecido todos os reinos que meu pai havia me contado, Primavera, Verão, Outono e o país a pouco tempo nomeado, Tropical. Mas aquele não, e não havia referência alguma nos livro que estudei na infância. Eu já havia me conformada tirado a conclusão de quê o único país que poderia ser era o reino do Sol. Esse reino deveria ser parte do verão mas era muito grande para ser apenas um país então assim como tropical o reino do Sol foi separado do Verão. O reino do Sol é o país maior entre todos os outros, mais poderoso e rico, mas por um motivo do qual eu eu não tinha informações ele se isolou dos outros cortando qualquer ligação com os países de fora á pedido do rei.

Decidi mentir para o meu pai inventei de quê eu estava em uma pequena cidade do reino Primavera e que já havia conseguido ajuda e que ficaria por ali mesmo e no dia seguinte voltaria a minha exploração pelo país.

Eu não podia lhe dizer que estava no país do Sol por que aquilo poderia causar uma grande confusão e talvez ele possa pensar que foi sequestrada à força pelo seu reino rival. O que causaria talvez uma guerra, meu pai assim como o rei do Sol eram muito sensíveis a qualquer atitude de ambos os reinos.

A dois dias atrás eu realmente estava no reino de Primavera, estava em uma festa típica de lá, aonde eles endeusavam bebidas alcoólicas. Toda primavera, milhares de amantes do whisky viajam para Speyside, para saborear os melhores Scotches de malte que a região tem a oferecer. Dos passeios de destilaria, degustações e palestras, aos leilões, aventuras ao ar livre, e jantares formais. O festival dura 5 dias gloriosos cheios de whisky.

Eu já havia bebido muito na última noite do festival, não tinha muita noção do que estava acontecendo apenas me lembro de um cara muito bonito do qual eu estava dando em cima.

- Olá moço bonito, poço me sentar aí? - falei já muito embreagada

- Claro, pode sim - ele disse batendo com a mão no assento ao lado.

- Oh eu não estava me referindo ao seu lado - disse eu entre risadas.

- E o que seria? - perguntou meio confuso.

- Tava falando em você - comecei a dar gargalhadas

Seu semblante ficou sério, e seus olhos me olhavam friamente sem emoção alguma

- Fácil demais, a caça veio atrás de predador, meio incomum não é mesmo? - disse em tom malicioso.

- Quem disse que sou a caça? - me ofendo. - e se eu for sou o predador? - olhei sério para o mesmo.

Sentei em seu colo e o olhei mas de perto, fui pouco a pouco aproximando nossos rosto, ele paralisou. Coloquei minha mão em seu peito enquanto passava delicadamente a ponto do meu nariz em sua bochecha e então sorri maliciosa ao percebe que quem parecia a presa ali era ele. E então ele me jogou para o lado com força como se tivesse nojo e se levantou.

- Uma lástima seus modo Princesa Primavera, lhe gostava mais quando não falava - disse ele ainda com ar zombateiro

- Ah então me conhece? Você é mais um daqueles paparazzi idiotas que a toda momento querem que parece idiota perante a mídia? Só que me faltava! O que você quer? - explodi

- Sou só um caçador atrás da minha presa - disse com ar sombrio.

- Oh me desculpe senhor caçador não vou atrapalhar seu trabalho, vá atrás da sua caça - ironizei

- Não preciso, já achei - seus olhos diminuíam a cada vez que seu sorriso maquiavélico aumentava.

E foi a última coisa que eu lembro. Aquele sorriso nem um pouco agradável.

Não vim sozinha para cá, foi um sequestro, mas algo deu errado porque estou só.

Mas minha pergunta é: O que ele queria comigo?