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Pedro...]








Era manhã, mais ou menos 11hrs, e eu tinha que ir trabalhar, pois é, eu diria escravidão, mas é tranquilo, na maioria das vezes trabalhar lá é bem engraçado





...







-Pedro?! chegando uma horas dessas, não era pra você estar aqui as 7hrs da manhã?-

Elizabeth ou Eliza, é uma  senhora de 79 anos, que tem alzaimer, e ela é dona dessa cafeteria, trabalha aqui, eu e a filha dela, porém a filha da Eliza é mais vagabunda que eu, pelo jeito não veio hoje

-oi de novo Eliza, eu estou aqui desda 7hrs, mas sai por alguns instante e voltei, a senhora está bem?-

-Pedro, Pedro, que susto, achei que chegou agora, agora ande, e va ja para o balcão-

Deus me perdoe por isso, mas eu precisava

muitos clientes foram chegando, era horário de almoço, normalmente eles vem aqui comer alguma sobremesa que a Eliza preparou ou a filha dela, falando nela, olha so quem entrou pela porta com a cara amassada, ela mesma

-a mamãe está aqui?- dizia a garota que entrava de fininho por trás do balcão pegando seu avental

-não, mas tem bastante mesa suja, a louça ta cheia, e além disso, acabou as tortas-

-é sério isso?- bufou a garota- Pedro eu gosto muito de trabalhar com você e-

-Mari, não- digo seco ja cortando o que estava por vir

-por favor! prometo te cobrir na parte da noite-

-pensarei no seu caso-

-cretino- sussurrou

-o que?-

-lindo- dá um sorriso falso

-oh garota olha aqui sua-

- MARIANE GABRIELA O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI ESTÁ HORA?!- Eliza sai de sua sala segurando um pano de prato nas mãos

-eu ja estava aqui mãe, não surta, aliás acabou as tortas-

está vendo senhor? não é so eu que faço isso, veja bem, filha, ééé Deus

-tanto faz, va comprar o que falta e va fazer, urgente!-

-depois eu vou, mãe-

Eliza volta para sua sala

-Pedro por favor, compra isso para mim-

-você não escutou? sua mãe pediu para você, não para mim, aliás vai logo, tem cliente vindo ai-

-Olá- uma garota diz se aproximando do galpão

-olá, seja bem vinda a cafeteria Café gouter, o que gostaria?-

-hmm deixe me ver- a mesma tirou o óculos de sol que usava e começou a dar uma olhada no cardápio que ficava acima da minha cabeça

não tinha para onde olhar, então comecei a reparar nela que usava: uma blusa preta larga, provavelmente de banda, uma calça jeans larga e rasgada, e deixava um ar de patricinha com o seu chapéu de pelo, era bem bonito, mas com ar de patricinha

-uma torta de limão-

-puts moça, acabou-

-então de morango-

-acabou também-

-ameixa?-

-não-

-não tem nada aqui?-

-ter tem, você que está escolhendo coisas que ja acabaram-

-então faz mais ué-

-faz você- a Mari diz do outro canto da cafeteria

-não liga para ela, é esquizofrênica tadinha-

-sério?- sussurrou a garota preocupada

-não né doida, mas finge- rimos

-ta então, tem previsão para quando vai sair as tortas?-

-Mari ce vai levantar o rabo e fazer as tortas quando?-

-quando você compra as coisas- mari revirava os olhos

-amanhã moça-

-sério? puts... ta bem então, até amanhã-

-até-

então a garota colocou seu óculo de sol, e saiu em direção a porta

-parabéns, perdemos um cliente-

-não enche Pedro, aliás, você vai encontrar quando a sua namoradinha?-

-sei la, ela so tem cabeça para os estudos-

-lógico, ela não quer trabalhar numa cafeteria de uma mulher com alzaimer-

-lembre-se que você também ta nessa-

-obrigada por me lembrar, não é o suficiente ter o choque de realidade todos os dias de manhã-

-para de reclamar e vai fazer as compras logo, a menina saiu daqui com desgosto-

-problema, aliás, tem cara de patricinha nojenta filhinha de papai-

-e você de uma puta vagabunda, vai logo-

-e você de um machista misógino-

Sweet;; Pedro orochiOnde histórias criam vida. Descubra agora