Epílogo

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Ela flutuava sobre os prédios.

Era uma mulher alta. Seu olhar era acinzentado. O corpo esguio estava em decomposição. Ela trajava uma longa túnica descolorida (amarelo-esverdeado). Nas costas, como se fosse uma bolsa de viagem, trazia uma arcaica jarra de cerâmica. Todos a chamavam de Morte e sua tarefa era sempre esperar. Logo, espremendo os olhos, focalizou as grandes torres. As torres eram idênticas. E como era de costume, ela esperou, observando tudo com paciência.

De repente, houve um clarão e uma explosão.

Gritos, pessoas correndo. Outra explosão.

As labaredas devoravam as torres gêmeas.

A primeira torre desabou. Poeira e destroços agora flutuavam no ar.

E a Morte, translúcida, iniciou seu trabalho.

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