Capítulo IX

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Antes de começar, ela me ajudou com algumas ideias e me inspirei em um texto da mesma, harkdelafoudre obrigada linda!!!

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Narração

Elas estavam prontas para ir praticar magia, juntas. Agatha se encontrava pronta para ensinar tudo o que sabia para Wanda, além de contar o que ainda não disse. Tanto sobre seu passado, quando sobre a verdadeira forma que a ruiva tinha que descobrir.

Elas chegaram no porão, com detalhes diversos, energias totalmente roxas. Armários, mesas, e até um caldeirão. Uma portinha ali, outra lá...tudo o que uma bruxa precisava.

— Não repara a bagunça. Desde que cheguei aqui, não consegui ser tão organizada. — Agatha dá um sorriso fraco.

Wanda sorri com seu comentário e parou para olhar ao lado, onde se questionava sobre o livro que estava em sua frente.

— Esse...é o DarkHold? — Wanda pergunta, curiosa com o objeto que vê, flutuando sob a bancada.

— É sim, querida. Logo saberá tudo sobre ele. — Agatha responde, preparando o ambiente.

A bruxa tomava conta de tudo por ali. Cada mísero feitiço, proteção, iniciação...com a magia da cor roxa. A ruiva observava.

— Wanda, meu lugar de origem é Massachusetts, na cidade de Salém. — Agatha diz enquanto movimenta suas mãos.

Wanda se mostra surpresa.

— Oh, a cidade das bruxas...estou correta? — Wanda pergunta.

— Sim. Vamos começar do início. — Agatha diz e faz um sinal para Wanda se sentar.

Agatha faz feitiços simplesmente incríveis. Ela foi capaz de criar um cenário, com pessoas, para contar sua história. Tudo com magia. Então, conforme ela ia contando, seu poder condizia com sua fala, como se estivesse desenhando no ar.

— Era uma vez, uma bruxa, que cresceu se vendo como apenas "mais uma". Minha mãe me tratava como lixo. Quem era eu? Para ela, apenas uma criança qualquer. Forçada, estudei por anos, desde pequena. Mas, chegou a um ponto que não aguentava mais seguir ordens voltadas para apenas a vontade das mais velhas. Eu era superior na questão de conhecimento e poder, portanto, tinha que fazer algo a respeito. — Agatha dá um leve suspiro.

— Em Salem, eles puniam quem roubava, e praticava magia negra sem posicionamento ou idade. Mas eu, estava cansada de todos os xingamentos e indiferenças.

— Virou uma bruxa por si própria...? — Wanda pergunta.

— Sim, eu virei. Meus poderes estavam começando a se descontrolar, a ponto que sugava todas as magias. Quando fiz 18 anos, em 1693, fui condenada a morte por praticar bruxaria sem permissão, e ser uma bruxa maligna. Mas eu não era má, entende? Nunca fui.

— Me conte tudo. 

[...]

Flashback

— Não, por favor, não! — Agatha dizia enquanto era arrastada por moças encapuzadas, que a faziam andar rápido, a machucando.

A noite estava escura, e nebulosa. O único barulho eram das tochas acesas, e as folhas caindo no chão da floresta, onde apenas árvores grandes eram visíveis.

— Parem, parem! Eu não...não! — Agatha gritava. Ela não queria, não estava pronta para morrer naquele momento. As mulheres a fizeram subir no lugar, onde foi amarrada pelas mãos, numa estaca de madeira. Em desespero, identificou a pessoa a sua frente, que tira o capuz.

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