Único

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O aniversário de Katsuki nunca foi uma data muito especial para si – por mais que seus amigos e seus pais insistissem que ele devesse comemorar de forma adequada aquela data “especial”, já que, segundo eles, comemorar como você fica mais velho a cada ano, era algo especial.

Apesar de tudo, ele nunca se interessou em comemorar. Bom, não até aquele ano.

O ano era 2021 e estava bem interessante para o adulto Bakugou de 21 anos. Ele havia conseguido passar na faculdade de medicina que tanto desejou no ano passado – sim, o loiro não tinha paciência para as pessoas, mas sua vontade de salvar era mais forte do que seu gene bruto – e as aulas começariam naquele ano.

Além da bolsa de estudos que ganhou em uma grande e muito bem renomada universidade, Katsuki havia encontrado seu amigo de infância que havia se mudado há anos.

E adivinhem, não foi surpresa alguma para o loiro que o esverdeado tivesse se tornado um rapaz lindo, gostoso e gay.

Oh sim, Bakugou sempre soube que Izuku era gay. Não que ele fosse preconceituoso ou algo do tipo, afinal, Katsuki sempre desejou saber como era beijar a boca do melhor amigo.

Eles basicamente haviam nascido juntos – diferença de meses – e, como seus pais eram relativamente amigos e vizinhos, não foi difícil se tornar melhor amigo do lindo menininho de cabelos verdes e pontinhos bonitos no rosto.

O tempo passou e em seu aniversário de 14 anos, Katsuki recebeu um telefonema de Izuku falando que não poderia ir a sua festinha por causa da mudança. Bakugou ficou confuso, ele não estava sabendo de mudança alguma.

E foi aí que o menor falou, seu pai havia sido transferido para outro país e por ser algo confidencial – já que Yagi trabalhava na polícia –, ele não poderia contar nada.

O chão de Bakugou caiu e a partir daquele dia ele passou a odiar seu aniversário.

Mas, voltando ao presente.

Qual seria a possibilidade de Bakugou e Izuku se reencontrarem na festa de boas vindas da universidade de medicina no Canadá? Ah sim, o destino era surpreendente e Katsuki nunca quis tanto agradecer quem quer que fosse porque, porra... Imaginar Midoriya de jaleco era tão excitante que o loiro poderia ficar duro.

Mas, ok, ele era adulto e tinha auto controle.

Ao se reconhecerem, Bakugou esperava qualquer coisa vinda de Izuku, exceto aquele abraço repentino cheio de saudade acompanhado do largo sorriso que ainda continuava como antes.

Droga, ele era lindo demais!

- Kacchan! Quanto tempo faz? 5, 6 anos? – o menor perguntou, com os braços ainda enrolados no pescoço de Katsuki como um verdadeiro coala.

Bakugou havia se esquecido como a voz dele era doce e como ficava ainda mais pacífica sempre que pronunciava aquele bendito apelido.

Não que o loiro estivesse reclamando, longe disso. A questão era que: ele não sabia como controlar os batimentos de seu coração para que Izuku não sentisse o quão rápido e forte aquele órgão estava batendo.

- Vai fazer 7 anos em abril, na verdade – eles se separaram – você mudou, Deku. – o mais alto falou, um sorriso neutro brotando em seus lábios.

Agora quem precisava de um tempo era Izuku. A voz de Kacchan estava tão grave... o apelido de infância havia se tornado algo diferente.

- S-sim... – corou – você também mudou, tipo, olha só para esses músculos! – o esverdeado dizia encantado com a massa muscular alheia.

- Não fale como se eu não tivesse músculos antes – resmungou.

Izuku deu uma risadinha, revirando os olhos.

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⏰ Última atualização: Apr 20, 2021 ⏰

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