Confiança entre estranhos

Capítulo 2

    Quando Dom acordou, estava com uma dor de cabeça assassina e um peito muito dolorido. Quando ele olhou para baixo, encontrou seu torso e ombro esquerdo enrolados firmemente com bandagens.

' Bandagens? Por que estou envolto em bandagens? ' Dom pensou antes de olhar em volta. O que ele encontrou foi a si mesmo em um sofá confortável de couro preto localizado em uma sala de estar de aparência acolhedora. Uma pequena fogueira acesa na lareira, livros espalhados pelas paredes e várias estantes, algumas pinturas, feitas de fotos em preto e branco, principalmente paisagens, prados, florestas e lagos, alguns pôsteres de grandes cidades também, pendurados nas paredes onde as estantes não cobriam. Em uma parede, não completamente coberta por livros, pendure um grande retrato cercado por muitas fotos em tamanhos diferentes. Em frente ao fogo havia uma pequena mesa de centro, que se estendia até o sofá e tinha um livro marcado, e ao lado da mesa estava uma grande poltrona verde escura de aparência confortável.

' Verde? Atormentar!' a memória da noite passada voltou com força total; sendo perseguido pelos policiais, escondido, quase avaliado por um gato e então sendo salvo por Harry. Dom se lembrou de como Harry limpou suas feridas antes de lhe dar algo que ele disse ser um analgésico. Dom se lembrou vagamente de como sua mente parecia ficar embaçada depois que o analgésico de gosto horrível desceu por sua garganta.

Harry o havia drogado? Dom deu um choque em sua cabeça e lentamente se levantou do sofá caminhando em direção às fotos. O retrato tinha sete pessoas; três homens e duas mulheres, um segurando um bebê, e Harry. Harry ficou na frente de uma mulher com cabelos ruivos e verdes marcantes, olhos iguais aos de Harry, e um homem com cabelos escuros rebeldes e olhos castanhos, o homem e a mulher cada um tinha uma mão em um dos ombros de Harry. 'Devem ser os pais de Harry' . Ao lado do homem estava outro homem com um grande sorriso canino, olhos azuis celestes e longos cabelos negros e desgrenhados, seus braços estavam envoltos sobre o ombro do primeiro homem e ao redor dos ombros do último homem na pintura. O último homem, com cabelo castanho claro e olhos âmbar, tinha os braços em volta de uma mulher de cabelo rosa e olhos verdes claros; ela estava segurando um bebê nos braços.

Dom olhou para algumas das outras fotos na parede. Harry apareceu na maioria deles. Pareciam ter sido levados enquanto ele ainda estava na escola. Ao lado de Harry, duas outras pessoas pareciam estar na maioria das fotos; um era uma garota de cabelos castanhos cheios e um garoto ruivo esguio.

Dom mudou sua atenção das fotos para os muitos livros. A maioria continha romances de escritores famosos. Lá onde poesia e muitos livros de história também. Dom nunca tinha visto tantos livros em sua vida, os poucos livros que leu por acaso eram sobre carros e motores, basicamente a mesma coisa.

"Se você parou de admirar minha enorme coleção de livros, sugiro que vá até a cozinha." Dom podia facilmente ouvir a voz de Harry quando ele ligou da sala mencionada. Ele deixou cair a mão de onde estava prestes a dar uma olhada em um dos livros e saiu da sala em direção à cozinha.

Quando Dom chegou à cozinha, seu peito dolorido havia tornado sua presença conhecida, parecia que as partes do peito onde as balas estavam estavam pegando fogo.

"Beba isso." Dom parou quando o que parecia ser um copo de suco de laranja foi colocado na frente de seu rosto.

"Por que?" Dom perguntou, mas pegou o copo de Harry mesmo assim.

"Porque seu peito está doendo e eu não vou deixar você desmaiar de dor." Harry atendeu e deu as costas para Dom e foi limpar Teddy, que estava bagunçando um pouco seu café da manhã.

"Como?"

"Como eu sei que você está com dor? Ou como o suco de laranja vai ajudar?" Harry perguntou e olhou por cima do ombro. Dom simplesmente acenou com a cabeça. Harry voltou sua atenção para Teddy e começou a limpá-lo com um pano úmido.