stay forever.

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POV Gojo

Acordo assustado, com minha respiração descompassada e suando feito um porco. Eu havia tido o pior pesadelo que eu podia imaginar. Olhei minha cama, mas não havia ninguém além de mim.

Atordoado, me levanto, ignorando completamente o apagão que meus olhos sofreram no momento em que me coloquei de pé. Fiquei alguns segundos tentando recuperar minha pressão e continuei vagando pela casa inteiramente feita de madeira. A brisa do mar entrava pelas janelas abertas, refrescando meu corpo ensopado.

Peguei meus óculos escuros na mesa e continuei a procurar quem eu queria, até o ver de pé na varanda, olhando as ondas e o mover da areia.

Cheguei de fininho, passando meus braços por sua cintura e deitando minha cabeça em seu ombro, sentindo o cheiro bom em sei cabelo emaranhado. Soltei um suspiro de alívio com esse toque, mas percebi que o outro se assustou de leve.

-Já acordou? Que demonstração de afeto toda é essa logo cedo?- Getou dizia rindo, mas continuava a olhar pra frente. Suas mãos pararam em meus braços enrolados em seu corpo, e ele os esfregava com carinho.

-Tive um sonho ruim hoje. Não quero falar sobre isso. - eu digo simplesmente e dou um beijo no topo de sua cabeça. Getou concordou e ficamos na mesma posição por alguns minutos, apenas admirando a paisagem da praia.

-Eu gosto daqui, sabia? Da praia. Me faz lembrar uma época boa. - Ele dizia levemente, algo em minha mente estava embaçado, o que não me permitiu continuar a conversa. - Por que escolheu vir pra ca?- Ele me perguntou.

Por algum motivo, eu não me lembrava. De um jeito literal, eu não conseguia dizer a razão, não me lembrava do motivo e nem de quando havíamos vindo para cá. Mas um nome estava em minha cabeça.

-Riko...- Eu digo baixinho e minha cabeça começa a doer de um jeito surreal. Getou fica em silêncio por um segundo e depois solta algumas risadas.

-Quem é Riko, Gojo? Por deus, está inventando nomes de novo?- Ele dizia em meio as risadas e não me deu tempo para falar mais nada, apenas me puxava em direção a areia. - Vem, você precisa esfriar a cabeça. Seu pesadelo deve ter sido terrível.

Acenei com a cabeça e o segui até a praia. Entramos no mar juntos e começamos uma pequena guerra de água. Getou me pegava no colo e me arremessava para longe e eu fazia o mesmo com ele. Eu havia esquecido do meu pesadelo e de todos os outros pensamentos que me rondavam. Agora só restava nós dois, juntos.

Enquanto ele ainda ria e jogava água em mim, me aproximei de seu corpo, pegando seu rosto com minhas duas mãos e selando nossos lábios. Mais uma vez, um suspiro de alívio escapou de mim, t por algum motivo, meu coração apertou. Getou olhou para mim e sorriu.

-Não consigo entender o que você tem hoje. - Ele disse enquanto deslizava sua mão na minha.

-Talvez eu esteja gostando de voce mais do que o normal hoje. - Eu digo com um sorriso de canto e ele sela nossos lábios mais uma vez, para logo em seguida nos puxar para fora da água.

Passamos a tarde no mesmo clima, e quando começava a escurecer, nós entramos em casa para comer alguma coisa. Liguei a TV nos noticiários e fui fazer um café. Getou parecia estritamente concentrado no que acontecia no jornal.

-O que foi?- Perguntei antes de virar minha atenção para a televisão. Estavam falando de um incidente na estação de Shibuya. Parecia ter dezenas de mortos e feridos e a causa ainda não havia sido encontrada, mas suspeitavam de um ataque terrorista.

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