O sexto ano em Hogwarts estava desenrolando de uma forma preocupante e ameaçadora. Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, ponto positivo: ter conseguido extrair a memória de Slughorn, ponto negativo: não saber o que o Malfoy anda tramando. Malfoy, bendita palavrinha que não sai dos pensamentos do Grifinório por nenhum segundo sequer. Mais especificamente, Draco Malfoy. O príncipe da Sonserina. A cobra mais peçonhenta de todas. O dono dos olhos mais bonitos de Hogwarts. Harry Potter tentou com todas as suas forças não pensar nele nesse 5 anos, manter essa rotina insuportável de brigas e provocações. Mas é idiota negar que ele não sai de sua cabeça.
Tentando afastar esses pensamentos, ele conta tudo a Ron e Hermione durante a aula de Feitiços (tendo primeiro lançado o feitiço Abafiato sobre os colegas que estavam mais próximos). Os dois ficaram bem impressionados com o modo com que conseguiu a memória de Slughorn, e decididamente assombrados sobre as Horcruxes de Voldemort e a promessa de Dumbledore de acompanha-lo, se encontrasse outra.
– Uau! – exclamou Rony, quando o amigo finalmente terminou de contar tudo; Rony acenava com a varinha em direção ao teto, sem prestar a mínima atenção ao que estava fazendo. – Uau. Você vai realmente acompanhar Dumbledore... e tentar destruir... uau.
– Rony, você está fazendo nevar – avisou Hermione, pacientemente, agarrando o pulso do garoto e desviando sua varinha do teto, de onde, de fato, tinham começado a cair grandes flocos de neve. Harry notou que Lilá Brown, de uma das mesas vizinhas, observava Hermione com raiva e olhos muito vermelhos, e que Hermione largou imediatamente o braço de Rony.
– Ah, é! – exclamou Rony, olhando para seus ombros vagamente surpreso. – Desculpem... parece que agora todos estamos com uma caspa horrível...
Ele espanou um pouco da falsa neve dos ombros de Hermione. Lilá caiu no choro. Rony pareceu sentir uma imensa culpa e deu as costas para a garota.
– Nós terminamos – disse ele a Harry pelo canto da boca. – Na noite passada. Quando me viu saindo do dormitório com a Hermione. Obviamente, ela não pôde ver você, então pensou que estávamos sozinhos.
– Ah! – exclamou Harry. – Bem... você não está ligando para isso, está?
– Não – admitiu Rony. – Foi bem chato ouvir os gritos dela, mas pelo menos eu não precisei terminar.
– Covarde – disse Hermione, embora parecesse achar graça. – Bem, foi uma noite ruim para os namoros em geral. Gina e Dino também terminaram, Harry.
Ah, tem isso também. É insuportável manter essa pose de gostar da Gina. Nunca quis que chegasse a esse ponto, mas os flertes e as conversas eram divertidos, aliás, tinha que manter uma farsa perto de Hermione, senão, ela perceberia. Ela sempre percebe tudo; mantendo os músculos do rosto imóveis e a voz o mais indiferente possível, perguntou:
– Por quê?
– Ah, por uma coisa realmente boba... Gina falou que ele estava sempre querendo ajudar na hora de passar pelo buraco do retrato, como se ela não soubesse subir sozinha... mas o namoro já estava balançando há um tempão.
Harry olhou para Dino do lado oposto da sala de aula. Certamente o garoto parecia muito infeliz. Não poderia se importar menos.
– Claro que isto deixa você num dilema, não é?
– Como assim? – perguntou Harry fingindo interesse.
– A equipe de quadribol. Se Gina e Dino não estão se falando...
– Ah... ah, é – concordou Harry.
– Flitwick – alertou Rony. O minúsculo professor de Feitiços vinha saltitando em direção a eles, e Hermione era a única que conseguira transformar vinagre em vinho; seu balão de ensaio estava cheio de um líquido muito vermelho, enquanto os de Harry e Rony continuavam castanho-turvos.
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Forgive
FanfictionHarry aceita seus sentimentos por Draco no meio de todos os acontecimentos caóticos do seu sexto ano em Hogwarts, porém um acontecimento faz com que todas suas dúvidas sejam respondidas e o obriga a enfrentar seus medos e desejos. Serão eles capazes...