Capítulo I

30 5 3
                                    

P.O.V
🌟ESTRELA🌟

-Oh Ophiliaa-

Essa sou eu cantando algo que eu li, em alguma dessas lojas em ruínas, enquanto estava andando por Atlanta.

Atualmente sozinha, a procura de algo que perdi a um bom tempo, espero encontrar.

Faz 3 anos que isso tudo começou, três anos em que o mundo virou de ponta cabeça, três anos que eu não faço ideia do que aconteceu. A quase dois anos depois disso tudo começar eu estava com mais pessoas, pessoas que eu podia contar, mas um por um cada um deles foram partindo, uns morrendo, uns encontrando familiares, amigos.

Só tinham restado três de nós, estávamos procurando mantimentos quando aconteceu... Eu não sabia o que fazer, mas precisava fazer algo.

-fuja e não olhe pra trás só corra - foi isso que Andy me disse, e foi o que eu fiz, corri, corri como nunca havia corrido em todos os meus anos no BM, mas eu, eu não queria ir, eu não poderia deixar eles ali, deixar Andy e Jess ali.

Eles eram tudo que eu tinha, mas naquele momento eu não tinha nada, tudo o que eu tinha na vida, estava ali, tudo que eu tinha eu perdi para aquelas coisas, eles tinham acabado de ser mordidos por mortos, não podia ficar aqui, era uma orna de mortos correndo, tropeçando e as vezes caindo atrás da gente não tinha nada que eu podesse fazer pra ajudar.. eu era inútil.

Mas eu corri, corri pra caramba, não aguento mais correr, perdi o fôlego, minhas pernas estão doendo, ainda chorava e agora tinha a cabeça doendo.
Encontrei uma casa, ela era bonita, típica casa de filmes antigos, de romance sendo mais específica, era branca, tinha aquelas cercas pequenas e telhados pontiagudos.
Bati o cabo da minha espada na porta pra ver se tinha alguma dessas coisas, que gentilmente apelidei de mortos.. já que estão mortos o nome faz jus, ouvi um único ruído, se tiver algum morto aqui ele deve estar preso em algo.

Abri a porta devagar e olhei para dentro, peguei minha espada levantando na altura dos meus ombros e entrei dentro da casa fechando a porta devagar, comecei a andar dentro da casa e bingo! Tinha uma mulher, e como pensei estava presa a uma cadeira, quem que em meio a um apocalipse ia pensar em prender alguém com algemas de fetiche? Quero nem imaginar. Matei a mulher fincando a espada em seu crânio e olhei os outros cômodos que tinha na parte de baixo da casa.

Subi pro andar de cima, e que por sinal era bem sem graça, não tinha nem um quadro pra decorar ou algo assim, povo não tem noção de decoração curuzes, não tinha mais ninguém na casa, achei um quarto com banheiro, que por sorte ainda tinha produtos de higiene, na qual eu usei, tava precisando lavar meus cabelos não tomava um bom banho a uns 3 ou 4 dias mais ou menos.

Depois de limpa, voltei pro andar de baixo tirei a mulher da cozinha, com a cadeira e tudo, joguei lá do lado de fora
Assim que esquentei o conteúdo do pacote de arroz pronto peguei frango enlatado e fiz minha refeição, terminei e fui dormir.

Se você está em pleno apocalipse de mortos, durma de portas trancadas e olhos abertos, nunca se sabe quem vai aparecer, e eu espero que seja um morto..

Além dos MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora