❪ LÉS SEPT PÉCHÉS ⁾ : ー sprousehart ❜.

𓏲ׄ🔥𝆯𝅄 alma para o diabo;

— into. LÉS SEPT PÉCHES

hihi, cheguei com mais uma ideia! isso faz parte de um projeto de escrita criativa que eu criei com a ajuda de algumas meninas; enfim, espero que goste! <3

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O vento ia de encontro ao meu corpo e isso faz com que eu me sinta vivo. Extasiado por sentir isso pela primeira vez em tanto tempo. Se eu soubesse que sair do inferno seria tão bom, teria feito antes.

As luzes das ruas de Los Angeles intensificavam ainda mais as minhas sensações, pareciam até serem feitas justamente para isso: intensificar qualquer coisa que houvesse. As mulheres usavam vestidos justos e andavam sobre saltos numa maestria que me dava vontade de levá-las todas comigo.

Eu poderia ter tudo por aqui e estava destinado a conseguir qualquer coisa, afinal, eu tinha minhas habilidades para isso.

Era incrível e talvez até equivocado ou hipócrita de que eu, um pecado capital, teria sido enviado para a famosa cidade dos anjos — que, inclusive, era repleta de tentações.

Éramos sete pecados, no total.

Eu era a luxúria. Bastante de sexo, poder, dinheiro estava presente e ao meu redor — o que não era nada mais e nada menos do que os prazeres que o mundo permitia usufruir. Os outros, talvez dariam o ar da graça de aparecer por aqui em algum momento, mas eu não os esperava de qualquer forma.

Além de mim, tinha o que lhe próprio denominou Dylan, um de meus outros seis irmãos que carregava consigo a avareza e por isso, não se importava de passar por cima de tudo para conseguir o que queria.

A gula, que usava o pseudônimo de Melton, nunca estava satisfeito e sempre queria mais do que tinha — essa fome se estendia não somente no sentido de ingerir comida, se é que me entende. Melton era um pouco mais sádico e se parecia comigo nesse aspecto.

A soberba, que você deverá conhecer como KJ, às vezes se tornava alguém difícil de lidar, seu orgulho o fazia ser irredutível, o que provocava uma chance maior de ter desentendimentos com ele do que com qualquer um dos anteriores.

A ira, também denominado Jordan, tinha alguns ataques de raiva e por isso, estava sempre se envolvendo em situações das quais o nosso pai era obrigado a intervir — e não dava muito bom, apesar de termos quase dois mil e vinte dois anos de vida... É, isso assusta, mas temos várias experiências colecionadas do que vivemos no inferno.

A inveja, o Hart, cobiçava sempre o que era do outro e isso o fazia se meter sempre em encrencas, possuindo corpos pelos quais simpatizava pelo mundo afora para poder viver a vida delas — tornando-as uma verdadeira bagunça para eles e para nós, uma diversão.

Por último a preguiça, o Drew, que quando comparado a todos nós, não se dava muito ao trabalho de incomodar vidas humanas, mas caía em nossas influências. Por motivos mais do óbvios, a preguiça não era de aparecer muito por aqui, só se tivesse um motivo muito favorecedor.

No final de tudo, não havia religião alguma que pudesse nos salvar. Apesar de que os seres humanos estivessem sempre cometendo algum de nós em todos os momentos de suas vidas, quem salvaria os sete pecados capitais?

Do outro lado da rua, flagro um estabelecimento que agrada aos meus olhos, quando leio a placa acima da construção, percebo se tratar de um strip club. Não hesito em passar entre os carros, que me xingam de várias maneiras possíveis, e sigo em direção ao clube.

Quando passo pela porta, um segurança me para e faz uma inspeção em mim, como se estivesse procurando algo. Não entendo ao certo qual a necessidade, já que em um club de strip não poderia se esperar nada além de sexo, dança e drogas, mas finjo mesmice.

Do lado mais interno do estabelecimento, percebo se tratar do paraíso na terra e gosto do que meus olhos captam. Mulheres seminuas com músicas tocando e elas dançando no que eu presumia ser um pole dance, haveria de existir coisa mais prazerosa?

Não demora muito para o show começar. Eu pego um drink servido pelas mulheres seminuas que andavam pelo salão e atento-me ao show. De repente, uma mulher com asas de anjo aparece e começa a dançar no ritmo da música calientes, mexendo os quadris enquanto tem em mãos correntes que passeiam pelo seu próprio corpo.

Meu corpo fica mais ativo e eu sinto o meu corpo formigar.

Eu a queria.

Seus olhos se encontram aos meus e eu sorrio, passando a língua pelos lábios enquanto acompanho seus movimentos. A mulher, com sua feição angelical, vira de costas e empina a bunda para o público, mas direciona o seu olhar para mim.

Oh, que inferno!

Quando ela joga as correntes em direção ao público, uma das caem nos meus pés e eu agarro-a depressa. A mulher sai do palco e anda majestosamente até a mim; quando se aproxima, ajoelha ao chão e diz:

— Não importa quanto tempo meus joelhos estejam no chão, hoje eu sou inteiramente sua.

Então era assim que a terra funcionava?

Bom, isso seria excitante. A mulher a minha frente estava prestes a vender a sua alma para o diabo.

Quer dizer, para os filhos dele.

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𝆯𝅄 talvez eu continue, um dia. talvez não. deixo o mistério no ar...