Prefácio

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60 dias depois

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60 dias depois

— Conte-me como você o matou? E dessa vez não ignore a minha pergunta, mocinha.

Sempre muito direto. Aquela conversa já estava mesmo me enchendo o saco, mas precisava de um pouco mais de tempo e informações. Então acalentei:

— Foi um pouco difícil admito, mas consegui resolver o problema. Olhei fixamente no seu único olho castanho-avermelhado e pisquei com o meu olho esquerdo.

— Você ainda não me respondeu, querida.

E em questão de segundos ele socou o meu rosto tão forte que senti o meu maxilar trincar.

— Odeio a ideia de ter que desfazer o seu lindo rosto, mas você não me dá escolhas. — Disse ele, apertando as mãos como se estivesse tentando disfarçar a dor.

— Acho engraçado a forma como você se refere ao meu irmão morto. '' Problema'' acha que ele era um problema? Ele não sabia dessa merda toda. Não sabe como quero te matar lentamente agora, mas a congregação quer você viva e... Bom, talvez eu possa ser condenado por isso, mas ter o prazer de lhe ver morrer...

Levantei a cabeça e cuspi sangue ao lado da cadeira onde estava amarrada. A minha cabeça estava zonza, os meus braços doíam. — Só um pouco mais. — Disse para mim baixinho, antes de tentar abrir a minha boca e conseguir falar:

— Onde. Está. O. Carl?

— Não, não. Eu quem faço as perguntas.

— Sabe que não vai conseguir tirar de mim nenhuma resposta da qual eu não queira falar. E menos ainda conseguir me matar. — disparei arduamente.

Mais uma vez ele levantou a mão para bater em mim e eu, já estava farta disso. Então, olhei para ele e segurei seu corpo com minha mente, ele tentava se mexer, mas era inútil seus movimentos que eram constantemente bloqueados com minha força. Torci seu pescoço até ouvi-lo quebrar. Seu corpo sem vida caí no chão e olho para ele com o pensamento do que eu estaria me tornando: uma assassina. A corda metálica que estava amarrada em meus pulsos e que impediam de usar o meu poder já não funcionava mais. Levantei da cadeira fria em que eu estava, observei a sala que parecia algum tipo de elevador, a porta super resistente que tinha uma janela de vidro redonda em sua estrutura estava fechada. Olhei pela pequena abertura e vi um corredor, era por ali mesmo que eu iria sair. Estendi minha mão e fiz um movimento  para derrubar a porta, ela se mexeu conforme o movimento de meus dedos ameaçando se deslocar da fechadura, mas por uma abertura no teto uma espécie de rede prateada desaba sobre mim provocando choques por todo meu corpo e me deixando inconsciente. Apenas ouvi vozes vindo do pequeno microfone na parede á minha esquerda:

''Ela o matou senhor.''

''Ótimo, agora podemos começar ''

Não ouvi mais nada.

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A DESCENDENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora