Just another normal day at work

Evan Hudson

Um incêndio no centro da cidade foi o responsável pelo pronto-socorro do Grey-Sloan em capacidade máxima. A maioria dos pacientes estavam estáveis, com queimaduras de primeiro ou segundo grau. Nada alarmante, porém, como todo caso que dá entrada na emergência, necessário de atenção. 

Os bombeiros e paramédicos andavam de um lado para o outro deixando pacientes e atualizando os médicos sobre o estado e novas chegadas ou, se não receberam novas chamadas, ficavam por ali para preencher o relatório e receber atualização do paciente que haviam deixado aos cuidados médicos.

"Evan Hudson. 33 anos. Grávida de 36 semanas." Travis iniciou a apresentação da paciente que ele tirava da ambulância em uma maca com a ajuda de Vic. "Pequenas lacerações e queimaduras de primeiro grau."

"Oi Evan. Eu sou a doutora DeLuca." Carina se apresentou, acompanhando a maca que os internos levavam para dentro. "Pode me dizer onde dói?"

"Meu coração." Evan respondeu com seriedade. Carina fez sinal para que trouxessem o ultrassom para que pudesse examinar mãe e bebê, levando a reclamação da mulher totalmente a sério. "Eu acho que estou apaixonada."

"Me desculpa?" Carina parou com o aparelho no meio do caminho. "Seu coração está…"

"Metaforicamente." Evan explicou. "Me desculpa, eu não…" Riu. "Eu estou bem. Só meu braço que está queimando um pouco." Mostrou o braço com uma marca avermelhada. "Eu acho que estou apaixonada pela bombeira que me salvou."

"Oh…" Carina riu. Não era a primeira e tinha certeza que não seria a última vez que escutaria algo do tipo na emergência. "Eu sei como que é." Sorriu. Ela ergueu a blusa de Evan. "Vai sentir um pouco de gelado…" Informou, sacudindo o tubo de gel em sua mão.

"Já estou acostumada." Evan sorriu. "Falta pouco para conseguir ver meus pés novamente." Disse em tom brincalhão. "Amei minha gestação, mas agora estou de saco cheio." Revirou os olhos, fazendo uma careta.

Carina riu. "As últimas semanas são as mais demoradas." Carina colocou o ultrassom na barriga de Evan. "Vamos ver…" Ela passeou com o ultrassom pela barriga até encontrar o que procurava: batidas de coração. Ela sorriu. "Está tudo bem com o seu bebê." Evan soltou um suspiro, aliviada por ouvir aquilo. Apesar das piadas e brincadeiras, no fundo, a mulher estava extremamente preocupada com seu bebê. "Estou vendo um pouco de fluidos aqui…" Carina apontou para um lugar na tela do ultrassom. "Só por precaução, vou te deixar em observação por 24 horas." Ela passou o papel na barriga da paciente para tirar o excesso de gel. "Tem alguém que você queira que a gente ligue?"

"Minha mãe está a caminho." Evan avisou com o olhar distante. Ela olhava por cima dos ombros de Carina. "Mas eu gostaria que alguém me ligasse..." Mordeu o lábio inferior.

Carina virou o tronco, olhando na direção que Evan olhava, curiosa para saber quem era a bombeira que deixou o coração de sua paciente doendo. Ela sorriu ao ver Maya parada no balcão das enfermeiras concentrada em sua prancheta, porém não encontrou a paixão a primeira vista de sua paciente.

"Tem como passar meu número para ela?" Evan perguntou. "Gostaria de agradecer apropriadamente por ela ter salvo a minha vida e a do meu filho." Sorriu de canto de rosto, sugestiva.

"Ah… A bombeira que te salvou…" Carina olhou mais uma vez na direção de Maya e voltou a olhar para Evan. A paciente olhava para a capitã completamente encantada. Carina riu. "A bombeira que te salvou…"

"É gostosa, não é?"

"Ela é." Carina concordou, segurando uma risada. "Eu vou pedir para alguém dar uma olhada no seu braço e depois te transferir para um quarto, tudo bem?"