Envy of both of us

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Um dia a pós o outro. E é sempre assim,todos os dias são assim,nunca muda. Você vai pra escola,vai pro curso,trabalha,volta pra casa,estuda,come e em seguida quando a noite está caindo, você vai dormir com um tremendo cansaço. Meus músculos imploravam por essa rotina "pesada",já fazia 1 mês que eu estava nessa rotina,em casa eu exatamente tenho 4 ou 3 horas de descanso. Mesmo assim quando eu estou descansando,eu estou fazendo algumas coisas,sei que eu tenho que encarar a realidade,mas eu gostaria muito de ter sábado e domingo todos os dias,apenas queria algumas férias,mas pelo que eu vi estamos em março,e minhas férias iram ser em julho. Eu poderia falar com as minhas mães para me deixarem ter um dia de descanso,mais eu realmente preciso trabalhar,eu preciso desse trabalho para pagar a minha faculdade. E como todos dizem; sem faculdade,sem futuro. O meu futuro eu quero estar em minha cobertura com o meu carro de luxo,com a minha esposa e minha filha. Eu sempre sonhei com essa vida,e eu sei quê, com o meu suor e esforço irei conseguir aos poucos. Seram 4 anos de administração na faculdade,depois de me formar,pretendo fazer uma empresa e fazer um grande negócio.

-Minha filha,já está na hora de acordar.-A porta foi aberta,pela mulher de cabelos negros, até os ombros.-

-Eu já estou acordada mãe. A omma já acordou?-Me apoiei na cama em meu braço e olhei para a mulher que estava na porta.-

-Sim ela já está acordada,ela quer te levar pra escola.-Minha mãe fala,e eu assinto.-

-Irei me arrumar mãe,fala para omma apenas esperar um pouco.-Minha mãe assentiu,vindo até mim e me dando um selar em minha testa.-

-Bom dia.-A mulher falou carinhosa e eu sorri em sua direção.-

-Bom dia mãe.-Me inclinei e deixei um beijo em sua bochecha.-

-Sem demora viu mocinha!-Falou a mulher. Abriu a porta e saiu enquanto cantarolava uma música qualquer.-

-OKAY MÃE!-Respondi. Mordi a área interna da minha boca,e levantei com uma grande lerdeza em meu corpo. Senti uma pequena dor se estalar em meu pé,me fazendo olhar para baixo,e tirar meu pé do chão,vendo um alfinete.- que merda.-Mumurrei,me sentei na cama,e coloquei meu pé no meu alcance para retirar o pequeno objeto fincado em meu pé.-

Peguei na área azul do alfinete e puxei ele com rapidez. Quanto mais lento você for,mais você vai sentir a dor,uma dica para vocês. O sangue saiu,e eu limpei com o meu dedão. Entre os meus dedos eu segurava o alfinete,me levantei e por pura distração acabei por alfinetar meu dedo.

-Mas que porra hein, saí de um lugar e vai pra outro.-Mumurrei. retirei o objeto e levei ele até a escrivaninha,colocando ele no pote.-

Enquanto saia um pouco de sangue,trouxe meu dedo até dentro da minha boca,em uma tentiva de amenizar a dor. Quem nunca fez isso?já cansei de colocar o dedo em minha boca quando me machucava para tentar estancar o sangramento. Retirei meu dedo da minha boca e tirei minha blusa e minha calça de dormir indo pro box,fechei o pequeno vidro da divisória,e retirei as peças íntimas,jogando pro outro lado.

Liguei o registro e a água começou a cair pelo alto da minha cabeça,molhando meu cabelo,meus ombros,seios e logo o corpo todo.



"[...]"



Com o meu cabelo molhado,peguei um pente e pentei o pequeno cabelo curto em frente ao espelho. Eu odeio esse uniforme,como as outras garotas gostam tanto desse uniforme, não que eu não seja uma menina,mas como elas consegue?eu tive sorte que a minha mãe foi na escola e perguntou para diretora se eu poderia ir de calça,pela minha sorte,a diretora autorizou.

-Estou horrível assim.-Joguei o pente em minha cama,e passei minha destra em meu cabelo "bagunçando" ele.- pronto,agora eu acho que está bom.

Olhei para o pequeno ferimento e vi o meu dedinho na mão que ainda saia sangue. Fui até a caixinha de remédio,e tirei um bandaid do Bob esponja. Não me julgue, poxa! Eu amo Bob esponja.

Andei até a porta escura e desenhada do meu quarto,e abri saindo pronta para escola. Desci as escadas e vi minha omma com seu jaleco branco,conversando com a outra mais velha.

-Já tô pronta.-Avisei atraindo atenção das duas mulheres.-

-Percebemos. Bem,podemos ir?-Minha omma perguntou,e eu assenti.-

-Tchau amor.-Minha omma,deixou um selinho na minha mãe,e sorriu passando a mão no meio dos meus cabelos.-

-Podemos ir logo, não quero ficar segurando vela,das minhas duas mães.-Mumurrei sem paciência,enquanto revirava os olhos.-

-Fala isso,por que está com inveja de nós duas.-Minha mãe fala,e eu debochou,ganhando um tampinha fraco em meu ombro.-

-Vem vamos.-A mulher de jaleco,chama saindo de casa. Fui até a mais velha,e abracei antes de sair.-

-Boa aula.-Susurrou e eu sorri. Me distanciei e sai de casa,indo pro carro preto da médica que me esperava.-

Entrei no carona,e passei minha mochila para frente,colocando ela em meu colo,e me ajeitando no banco do carona. A mulher ligou o carro,e começou a rota. Enquanto ela dirigia,ela ligou o ar condicionado e fechou as janelas,o ar estava agradável e então minha omma resolveu ligar o rádio,colocando uma música favorita por nós duas.



"[...]"



-Tome cuidado,e se alguém mexer com você, você não deixe. Se caso a diretora não fizer nada,enfrente a pessoa okay filha?-A mulher falava enquanto eu tirava o cinto.-

-Se a mãe ouvir você dizendo isso,ela vai te matar. Você está mandando eu bater na pessoa caso a diretora não faça nada.-Deixei uma risada escapar. Omma é o tipo de pessoa que se você bater nela,ela devolve em duas vezes pior,já minha mãe é a pessoa mais pacífica e menos encrenqueira, até hoje me lembro delas contando que quando estudavam,que a omma sempre arrumava confusão,e minha mãe estava sempre lá para separar e dar sermões nela...bem,eu não tenho nada a dizer desse relacionamento delas,elas duas são perfeitas juntas.-

-Ela não vai saber,se uma certa pessoa contar.-A mulher disse risonha me fazendo abrir um sorriso ladino.-

-Okay omma.-Abri a porta do carro,e quando iria sair,a mulher me parou me puxando pelo pulso.-

-Aqui.-A mulher estendeu sua mão,enquanto segura uma nota alta. Peguei a nota e deixei um selar em sua bochecha e um abraço rápido.- Hum,está cheirosa...está querendo pegar quem?-A mulher disse e eu ri.-

-Meu deus omma!-Fechei a porta do carro, enquanto ria. A mulher me deu um tchauzinho e logo em seguida fiz o mesmo ato,a mulher fechou o vidro e foi embora com o carro preto. Algumas vezes,eu tenho sorte por ter duas mães maravilhosas.-

Virei meus calcanhares,e guardei a nota em meu bolso. Segurei a alça da minha mochila,e respirei fundo,colocando apenas um lado do meu fone preto,que estava pendurado em meu ombro. Em meu ouvido o som vibrante e contagiante transmitia,a música radical e animada, estava até me deixando um pouco alegre.

Eu sentia umas pessoas me olhando,enquanto eu caminhava,mas eu apenas não liguei. Não sou bonita,muito menos palhaça por essas pessoas ficarem me olhando como se eu fosse uma atração. Aqui nessa escola,sou o tipo de pessoa que não gosto de chamar atenção,eu quero estar bem longe dessa "fama" escolar. Para mim, só estou aqui para estudar, não fazer fama por onde passo,acho que a única fama que eu quero,quando minha futura empresa ser construída e eu ser uma das melhores e mais fodas pelo mundo todo.

Andei até meu armário,colocando a senha e abrindo a porta preto,vendo uma cartinha vermelha. Céus o que é isso?abri a carta,e pude ver uma cartinha. Ah céus,eu não quero nada disso. Amassei a carta,e joguei ela de volta pro meu armário. Peguei meus livros que usaria hoje,e fechei a porta do meu armário começando a andar em direção a sala de aula,hoje será química,pelos meus cálculos

Após entrar na sala,alguns olhares foram direcionados a mim,me fazendo abaixar a cabeça e ir até a minha mesa do fundo,deixei minha mochila em cima da mesa,e me sentei na cadeira arrumando minhas coisas. Só de pensar que depois eu tenho curso,e trabalho depois,me faz querer desistir mas como eu sei que ninguém vai fazer nada por mim,eu tenho que ser forte e encarar a realidade.



Continua...

My little dog. (imagine jisoo)Onde histórias criam vida. Descubra agora