Casamento Arranjado | • ᴀɪᴅᴀɴ ɢᴀʟʟᴀɢʜᴇʀ • [FINALIZADA]

★ Capítulo 12 ★

Escuto um estrondoso barulho vindo do andar de baixo de minha casa, parecia uma porta sendo fechada com força, me levando rapidamente e olho no relógio ao lado da cama, eram 1 da manha, desço as escadas rápido e me deparo com Aidan escorado no sofá, com a boca sangrando, ele parecia estar tonto.

-Gallagher! -Falo indo para perto do mesmo -O que aconteceu?

-Me deixa! -Ele fala sem olhar para mim.

-Aidan, o que aconteceu? -Pergunto novamente.

-Eu disse pra me deixar, garota! -Aidan fala alto e me empurra.

-Gallagher, você esta bêbado? -Pergunto.

-Que inferno! -Aidan fala e sai da sala, logo subindo as escadas. No primeiro degrau Gallagher andou cambaleando para a esquerda, no. segundo ele erra o passo e volta para o primeiro.

-Mas que inferno digo eu Gallagher, você vai acabar caindo! -Vou em direção ao mais velho.

Passo um de seus braços pelo meu pescoço e seguro no outro. Aidan é muito pesado!

Depois de subir as escadas com dificuldade, entro no quarto que era o fim do corredor, jogo Aidan na cama e o mesmo resmunga algo que não consigo entender.

Caralho Aidan Gallagher! Eu não acredito que você sumiu esse tempo todo, e ainda estava bebendo! E provavelmente, brigando! -Digo e olho diretamente para sua boca,onde havia um corte no canto.

-Ah S/n, desde quando se importa? -Ele fala se sentando na cama. O ignoro e saio do quarto, vou até o quarto ao lado e pego uma caixinha de primeiros socorros, volto para onde Aidan estava e me sento ao seu lado.

-Vem aqui! -Levo minha mão delicadamente até seu queixo e viro seu rosto para mim; Havia um corte pequeno. Abro a caixa e pego um paninho que havia ali, limpando o corte de Gallagher, o mesmo parecia incomodado pois o pano estava umedecido em um líquido anti-inflamatório ou algo do tipo.

Depois que acabo de limpar o corte, ele abaixa a cabeça. Gallagher começa a tirar seus tênis e jogarem um canto qualquer do quarto e logo após se levanta cambaleando para os lados.

-Hey! Deixa eu te ajudar. -Me levanto também.

-Eu não preciso de sua ajuda! -Aidan fala dando dois passos, no terceiro ele esbarra na cômoda que havia um pouco à frente da cama.

-Não mesmo? -Pergunto dando um passo a frente e cruzando os braços.

-NÃO! -Aidan fala aumentando seu tom de voz!

-Não precisa gritar! -Falo, agora dando um passo pra trás, voltando a minha postura anterior.

-PRECISO SIM , PARECE QUE TEM ALGUM PROBLEMA NÃO ENTENDE QUE EU NÃO PRECISO DE AJUDA! -Ele continuava a gritar.

-Eu só estou tentando de ajudar seu imbecil!

-IMBECIL É SEU PAI! -Ele fala se virando para mim e me encarando.

-Não fala assim dele! -Eu já estava me exaltando um pouco e dando um passo à frente.

-Não fala assim dele? Ele vendeu a própria filha para um completo desconhecido! E por o que? DINHEIRO. -Gallagher cuspia as palavras. Enquanto eu apenas encarava o de cabelos negros que me olhava com um olhar sem sentimento algum. -Porra S/n, para de ser essa pessoa ingênua, cresça e aprenda que as pessoas não são como você acha.

-Eu sei muito bem disso Gallagher e eu aprendi da pior forma possível. -Gallagher me encara e se vira novamente para a frente. Ele segue para o banheiro com um pouco de dificuldade. Quando ouço o barulho da água caindo me sento no chão e começo a chorar. Apesar de não gostar do jeito que Aidan falou comigo, ele estava certo! Ele tinha razão, meu pai me vendeu por dinheiro, ele só pensa em dinheiro, apenas nisso, eu não aguento mais, eu não quero mais, não quero ficar com Aidan, não quero ficar em L.A, mas eu sei muito bem que se eu "enfrentasse" meu pai, ele queria capaz de fazer uma besteira, me deserda ou algo do tipo.

Não ouço a água cair mais então deduzo que Gallagher havia acabado seu banho, logo limpo meu rosto e me deito na cama fechando os olhos. Escuto o barulho da porta ao abrir e logo o colchão afunda atrás de mim; me forço a dormir enquanto escuto a respiração de Gallagher.

[...]

-Não pode ser verdade...ela..ela, ela não pode me deixar -Eu chorava muito, me faltava o ar e estava despreparada. -Ela me prometeu, prometeu que estaria comigo sempre

-Mas ela está S/n -Minha mãe falava agachada em minha frente, ela também chorava mas nem tanto como eu.

-Então cade ela mãe? Eu não a vejo -Grito.

-Você não precisa vê-la, mas ela sempre estará contigo -Minha mãe tentava me acalmar

-Será? -Pergunto. Meu pai chega desesperado.

-O que aconteceu?

-Ela se foi -Respondo antes de voltar a chorar.

[...]

Acordo ofegante e suada, limpo algumas lágrimas que, sem a minha permissão, desceram enquanto dormia, isso não foi um sonho, mas foi uma recordação!

Me levanto, eram 3 da manhã, desço as escadas e me sento no sofá. Por que eu ainda tenho isso? Já se passaram 2 anos. Eu não posso esquecer, mas eu achei que isso ficaria mais fácil com o tempo. Vou até a cozinha e pego um copo de água, bebo.

Volto para meu quarto e me deito, Gallagher dormia profundamente, fecho meus olhos e tento dormir, o que foi um tentativa falha pois o sono não vinha.

-Ah, eu quero dormir! -Falo para mim mesma. Me levanto e coloco meu moletom rosa claro, amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e coloco meu tênis, pego meu celular e coloco no bolso do moletom. Saio de casa afim de colocar as ideia de lugar, pensar em como minha vida está, e é isso que faço, andando pelas ruas penso o quando a minha vida mudou de 1 mês pra cá, bom, eu recebi a notícia que irei me casar a força, meu marido é meio arrogante, ele não me ama, eu não amo ele, sem falar que meu amigo está desaparecido. Ta tudo normal até agora!

Pelo fato de ser de madrugada, a rua estava calma, o único som que havia ali era de minha respiração, ou por agora só havia ela pois escuto um barulho vindo de um beco logo a minha frente. Não S/n, não entra nesse beco, deixa sua curiosidade de lado, não!

E lá estava eu, em frente ao beco, preste a dar meu primeiro passo em direção ao barulho.

-Porra! -Escuto vindo do beco, essa voz não me era estranha.

-E...oi? Tem alguém aí? -Eu pergunto tremendo de medo.

-S/n? -A voz sai baixa e logo vejo um corpo se mover, parecia tentando se levantar -É você S/n? -A pessoa pergunta, era uma voz masculina, mas parecia a voz de um anjo.. Será que eu morri quando entrei no beco? A pessoa vira o rosto em minha direção e por um segundo consigo enxergar seu rosto. Ai meu Deus. É ele?

-HARRY?