Capítulo 2

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Dirigi-me para a cantina, peguei num tabuleiro e retirei uma tigela a qual enchi de leite e coloquei cereais e este seria o meu lanche.

Procurei um lugar, e o que encontrei foi o do custume ao fundo e na ponta.

Estava adormecida pelos meus pensamentos no caminho para o meu lugar, quando alguém mete o pé à frente do meu fazendo assim uma rasteira e eu cair. Ora bolas.

"Vê por andas rejeitada" Disse entre risos a vagabunda da Mônica. A pirosa.

Levantei-me e fiz-lhe frente, estava farta de levar com ela, só o facto de chamar-me rejeitada por estar aqui desde os 3 anos e todos me rejeitarem, irritava-me.

Chega.

"Mas quem pensas que és?" Fiz-lhe frente.

O riso maléfico dela desapareceu em segundos e das suas cadelas, ela levanta-se com cara de puta.

"Alguém, já tu é como se fosses um trapo" E agora todos se riem de mim.

Não tive mão em mim, sem hesitar num ato involuntário dei-lhe um estalo.

Todos começam a gritar "Fight! Fight!"

Isto não vai acabar bem.

Oiço sussuros "ela vem aí, ela vem aí" sim a bruxa vinha em minha direção.

"Então o que temos aqui..." Disse.

"Sra.diretora, a Bella tropeçou e mandou as culpas para mim e bateu-me" Esta Mônica só mente.

"Não me diga menina Mônica" Claro, a bruxa adora-a, ela vem de uma família muito rica, já eu não sei de onde venho.

"Bella, quero-te no meu gabinete agora" Virou costas.

Já sei o que me espera, horas de sofrimento, ainda por cima estou ensopada em leite, todos se riam de mim e gozavam comigo.

Entrei no gabinete e encarei a bruxa . Medo percorria nas minhas veias.

"Vejo que não se farta destas rebeldias. Deve de adorar as consequências" A bruxa disse de um modo frio. Ora aqui vamos nós.

"Dispa-se" Mandou.

Despi a minha roupa de leite, e em seguida senti o chicote a ser pressionado no meu corpo, estava a arder, a morder os lábios para controlar os gemidos de dor, lágrimas percorriam o meu rosto.

Porquê? Porquê a mim? Todos me julgam por não saber nada de mim, de onde venho, quem sou. Sempre fui rejeitada, sempre me trataram mal. Estou perdida, como sempre.

Depois dos minutos dolorosos ali passados saí porta fora rumo ao meu quarto, estava derramada em lágrimas e cabisbaixo até que vou contra algo ou alguém.

"Desculpa." Disse de imediato.

"Estás bem?" Estava voz..

Este cheiro... Não, por favor ele não, não agora.

Encarei a cara dele, estava certa era o Niall.

"S-sim está t-tudo" Gaguejei. Que vergonha.

"Mas estás a chorar..." insistiu.

Agora sim, sinto-me um trapo sem segurança nenhuma, a fraca a odiada. Fugi dalí, fui a correr para o meu quarto.

Estava a tremer. Sem noção do que se tinha passado, o rapaz do olho azul e cabelos loiros que tanto admiro reparou em mim da pior forma possível.

Sentei-me na cama e peguei no meu diário, escrevi tudo, todos os detalhes e partilhei o meu sofrimento o quão fraca eu sou.

Decidi ir lavar-me e vestir já o pijama, olhei-me ao espelho. Já não tinha aquela pele morena e suave, agora era rugosa e negra. Não conti às lágrimas, estava horrível. De cabeça quente pego numa pequena lâmina e faço mutilação a mim mesma, sangue eescorria pelo meu braço esquerdo. Até tenho medo de sair daqui. Tapei-me toda.

Mas tinha de ir comer um lanche ajantarado visto que não tinha comido nada ainda e estava esfomeada.

Olhei para o pequeno relógio que carregava no meu pulso e vi que já eram 19 horas, a hora perfeita para ir comer, ninguém está na contina.

(...)

Já estava cheia, então arrumei o tabuleiro e fui embora. Como estava a toa fui para o único sítio que me sentia em Casa, a Biblioteca. Adoro ler, e adoro aquele ambiente, silencioso e calmo. Sentei-me num Puff bem confortável e fui ler o mesmo livro de sempre de Mitologia grega, nada comum mas eu era viciada talvez esteja nos genes, não sei.

(..)

21 horas, marcava o relógio. Hora de recolher, cedo de mais mas eram as regras.

A Emma já dormia, depositei um bejo leve na sua tez e deitei-me.

Sentia-me fraca, e não conseguia pensar no que se passou, o Niall agora deve de achar que eu sou uma maluca.

Caí num sono pesado. Amanhã seria outro dia.

Dream

"mamã, mamã acorda, não me deixes." Gritava.

"Tarde de mais" ouvi.

Senti uns braços fortes a puxarem-me e um líquido quente a percorrer a minha face. Estava em cacos."

Levantei-me subitamente em desespero.

"Bells, estás bem? Estavas a gritar" Perguntou a pequena Emma assustada.

"Foi só um pesadelo. Vá volta a dormir" Sorri-lhe.

Não queria acreditar.

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