Cosplay; Unique

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Mais um shot, dessa vez de Marichat.
Não sei se vocês vão gostar, mas eu fiquei bem triste escrevendo.
Então, caso necessário, preparem os lencinhos e boa leitura!!
(ainda) não revisado.

Então, caso necessário, preparem os lencinhos e boa leitura!!(ainda) não revisado

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Marinette, em sua forma civil, nunca pensou em se aproximar do herói da cidade

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Marinette, em sua forma civil, nunca pensou em se aproximar do herói da cidade. Apesar de serem amigos, com e sem máscaras, os dois ainda não sabiam a identidade secreta um do outro.

Por isso, Chat Noir gostava de ir até a casa da azulada e contar seus problemas, coisa que não poderia fazer como Adrien, já que, além de uma reputação a ser zelada, a mestiça ainda não conseguia se comunicar perfeitamente com ele, tropeçando em frases ou gaguejando.

Marinette, por sua vez, gostava das visitas do gatuno. Se sentia livre pra falar o que quisesse-ou quase tudo. Sabia que ele não poderia revelar nada sem comprometer sua identidade e, mesmo que a azulada não admitisse em voz alta, tinha consciência que Chat Noir era um ótimo amigo e ouvinte.
O melhor.
Assim como ele a considerava a melhor.
E a protegeria a qualquer custo.

Não entendeu quando, em uma das noites em que foi visitá-la, a mestiça chorava. Tinha a mesma expressão de quando se viram pela segunda vez, na akumatização de glaciator.
Aquilo partiu o coração do loiro. Marinette parecia tão frágil durante aquele momento que parecia que, caso ele fizesse algo minimamente errado, ela se despedaçaria, como uma boneca de vidro.
Assim, se aproximou devagar da azulada, fazendo com que ela tomasse consciência de sua presença e não se assustasse. Antes de chegar ao seu lado, perto da varanda em que estava encostada, olhando as estrelas, a garota soltou:
-Chat Noir, como você diz para alguém que a ama?
O loiro arregalou os olhos, não esperando por aquele questionamento.

Nem sabia se seria o mais apto para dar aquela resposta, levando em conta todos os foras que já levou de Ladybug, que demorou muito tempo para ter noção de seus sentimentos e acreditar que aquilo não era uma piada, como as quais o herói sempre faz.
Encostou os dedos na varanda, inclinando o corpo para frente, posicionando seus cotovelos na grade. Sorriu, mesmo que triste, quando falou para a amiga:
-Você tem muitas opções. Você pode ser direta ou fazer um gesto. Uma piada, um bilhete, um doce. Existem... várias maneiras de se declarar.
Ela olhou para o chão, suspirando.
-É, mas... e se você já tentou e mesmo assim não consegue?
-Por que não conseguiria, princesa?
-Eu.. travo. Esse garoto é incrível, Chat. Não é perfeito, é claro, ninguém é, mas acho que pode ser quem mais se aproxima. O carisma, o jeito que é gentil com todos, as piadas que ele conta, o jeito que os olhos brilham quando ele fala de algo que gosta. Ele é... incrível. E é por isso que eu não consigo falar, tenho medo de dizer algo errado e acabar quebrando a cara.

O herói, com o indicador, elevou o queixo de Marinette. Ela se assustou um pouco com o gesto e com sua proximidade. Ele a encarou como se soubesse todos os segredos da mestiça, como se... os aceitasse e amasse.
-Você é incrível. Marin. E não por ser minha amiga, mas pelo combo de coisas que você tem a oferecer e dar. Nunca se diminua, tudo bem? -ela assentiu, corando. O gatuno sorriu, animado. -Ok, tive uma ideia. O que você acha de treinar o que quer falar comigo?
-Ah.... Não sei se é uma boa ideia, chat.
-Pfff, essa conversa nunca vai poder sair daqui. Nós somos confidentes, lembra? Pode confiar em mim, se quiser. -ele entrelaçou uma das mãos na dela, que fechou os olhos e inspirou.
-Ok. Adrien Agreste... Eu estou apaixonada por você.

O gatuno soltou a mão da amiga, com os olhos arregalados. Esta, por sua vez, estava sem entender o motivo do espanto.
-Você g-gosta do modelinho cabelo de banana? - tentou brincar, mas no fundo de sua mente uma tela azul dava sinal de pane.
-Não chame ele assim, Chat! V-você está bem? Por que se assustou?
O bichano ponderou- por cinco minutos, na verdade. E depois ponderou novamente, pensando na sua decisão.
-Bom, parece que o jogo virou.- ele demonstrava um riso ladino.
-Quê?
-Plagg, esconder garras.

Agora foi a vez de Marinette de arregalar os olhos. A garota de afastou por alguns passos, um pouco.. pasma por saber que havia rejeitado seu amor por todos aqueles anos.
-A-Adrien, é como você... NÃO, quer dizer, é você... como?
Ele se aproximou da mestiça, suspirando. Não queria ter que fazer aquilo. Ela era a única que o entendia, por incrível que pareça. Apreciava e ansiava pelas noites de sexta, que eram preenchidas por visitas na padaria dos Dupain-Cheng.
Acabar com tudo isso era como terminar com toda a gota de felicidade semanal que havia conquistado durante os últimos 3 anos.
Mesmo assim, não poderia sustentar tal mentira, muito menos iludir a garota.
-Eu... sinto muito por não ter te contado, Marin. Você é minha melhor amiga.
-É, claro. Sua amiga. -ela se tornou ríspida. Anos e anos de tentativas de declarações e ele ainda a considerava a droga de uma amiga.
Odiava com todas as forças aquela palavra.
-E eu sinto muito, mas meu coração pertence à outr-
-Tikki, transformar. -a cara de heroína aparentava tédio enquanto fazia sua transição. Ficava irritada toda a vez que aquela musiquinha cantava, mesmo que em baixo tom.
Quando o brilho rosa desapareceu, a cara do gatuno era de choque. Ou pelo menos era o que tentava aparentar.
-Marinette... você é...
-Então?
Ele fechou e abriu os olhos, sorrindo orgulhosamente.
-Você é incrível, Marinette.
Ela abaixou a cabeça, corando.
-Agora, esse cosplay de ladybug ficou absolutamente perfeito!
-Ai. meu . Deus. - ela revirou os olhos, não aguentando a lerdice do amigo. -você não entende? -ela parecia brava. -Eu sou Ladybug, Adrien. Eu, Marinette.
-Desculpe, Marin, mas você não pode ser a ladybug. Você não tem a altura, cabelo ou os lindos olhos azuis dela. Acredite, sei do que estou falando. Eu a vejo todo o dia.- a expressão da mestiça mostrava incredulidade ao ouvir aquelas palavras. -e seu uniforme também não é tão bom quanto o dela.

A garota ficou, literalmente, sem reação. Meu senhor, não existia alguém tão burro quanto o modelo.
Estava quase acreditando na frase tão conhecida que insultava as pessoas loiras.
-Mas foi uma boa tentativa, sério! -ele continuou- você quase me pegou com aquela transformação e todos aqueles efeitos especiais. Sério, foi muito bom. -a ingenuidade era presente na voz dele. A cada palavra, a mágoa crescia dentro de Marinette.

Por isso não desejava revelar as identidades. Se o próprio parceiro não acreditou que aquela simples menina poderia ser a heroína de Paris, como o resto da cidade o faria?
Ela sorriu, tentando segurar as lágrimas que se formavam na linha d'água.
-Quer saber? -tombou a cabeça para o lado. - esqueça tudo o que eu falei. Você está certo, é um cosplay e... ele precisa de alguns reparos. E... eu vou fazer isso agora.. ok? Tchau, Adrien. -a azulada não deixou que ele desse uma resposta, tomando impulso para sair da varanda e adentrar o quarto pela portinhola prensada ao chão.
-Tchau!! -acenou. -E boa sorte! -ele a viu entrando e suspirou, indo embora para o telhado do Françoise Dupont.
O ponto de encontro.

-Foi tudo bem? -Bunnix perguntou ao sair de uma toca do coelho.
Algumas lágrimas, novas e velhas, manchavam o uniforme de couro do loiro. Ele não ousou em olhar nos olhos da rosada.
-Como planejado. -a dor era evidente no tom. Bunnix desviou o olhar, cheio de culpa.
-Obrigado, Bunnix. -ele continuou. -Por me contar o segredo da Marinette. E todas as coisas que aconteceriam caso estivéssemos juntos.
O loiro se lembrava de cada momento que viu na akumatização de Chat Blanc, que teve que lutar contra após acontecimentos daquela noite de descobertas de identidades.
Uma parte de si desejava, ainda, não ter feito aquilo. Uma parte de si desejava poder abraçar e beijar a garota que amava, como já fez um dia.
Mas outra parte de si sabia que isso acumularia no fim do mundo.
No fim da vida dela.
E, a única coisa pior do que não poder ficar com ela seria viver em um mundo em que Marinette não existisse. Principalmente se por culpa de Adrien.

-E é por isso que Marin precisa ser apenas uma amiga. Mas ela é a minha melhor amiga. A melhor.

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