Cena do crime

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Sorri quando vi Henrique, ele parou o carro perto de mim.
O homem dentro do Peugeot estava em pânico , alisava o cabelo e arranjava as roupas.

Olhei para ele , penetrando o meu olhar na cara dele em fogo , guardei o cartão identificação na bolsa e cuspi dentro do carro do homem.
Dirigi-me para o carro de Henrique e lhe mostrei um sorriso:
-Parece que cheguei em um bom momento não? - disse Henrique mostrando um sorriso energético.

Henrique era um homem atraente , confesso. Tinha 32 anos , cabelo preto ondulado , maçãs do rosto altas e olhos de cor preta.
-Sim , chegou. - Me senti aliviada , sento no banco de passageiro ao lado de Henrique.

Ele acelerou o carro , tocando a sirene. Aproveitei a "boleia" dele , que bom que me encontrou.

A pala do lado de passageiro estava descida para baixo e então captei o meu reflexo no espelho.
Eu não estava usando maquilhagem , nem roupas provocativas. O meu cabelo estav pá na altura do meu peito, e os meus olhos de cor verde misturado com um azul , estavam sobressaindo.

Olho para o meu braço e analiso a minha cicatriz , feita por um bebâdo  que me agrediu enquanto eu o estava detendo.

-Oque foi aquilo com o carro de trás?- perguntou Henrique me dando pequenas olhadas.
-Oh , tinha uma das luzes fundidas. - dei uma leve sorriso e olho para a janela. Era mais fácil mentir , sentia-me envergonhada. -chamas-te a equipe toda? -perguntei.

-Claro - ele respondeu , mirando a estrada.

As janelas começaram a embaciar então Henrique ligou o aquecimento.
-Conseguiram mais alguma pista? -perguntei.
-Trouxemos mais seis homens para o interrogatório, mas todos disseram que não sabiam de nada e que não eram culpados.

-Já pensaram que pode ser uma mulher?- olhei para ele.
-Não sei , mas provavelmente é um homem- deu um sorriso fraco- achas que ele quer que o apanhemos ?

-Sim....Não.... Bem, não sei , provavelmente não , é criminoso.
-Bem ele age como se fosse invencível. - ele ri com ironia.
-Ele acha que é invencível. Mas vai escorregar , todos escorregam. -digo olhando para ele.

Henrique parou o carro, quando saio, vejo várias luzes, e uma fita da polícia que circundava a extensão da relva. Perto estava uma carrinha do patologista , quando carros de patrulha é um grande veículo branco de apoio policial.

-Em toda a minha vida , nunca vi nada assim- disse um detetive que já estava no local.

-Foram os primeiros a chegar ? - perguntou Henrique.
-Sim. Sou o Agente Diego Suarez , senhor. Este é o Agente Tiago , meu companheiro de trabalho. - respondeu , apontando para o companheiro , que fez uma careta , virou as costas e vomitou por cima da fita.

-É o seu primeiro dia de trabalho, ainda não está habituado. - acrescentou Diego.

Lancei uma olhar de pena para o jovem , enquanto vomitava de novo , com fios finos de saliva pendurados na boca.

-Quero este local isolado, nem quero que digam uma palavra, só com a minha permissão!- gritei para que todos que estavam ali me escutassem.
-Certo senhora.

Gesticulei os dedos na direção da fita , Diego levantou-a e passaram por baixo.

-Senhora?- perguntou Olívia , uma detetive baixa , uns 50 anos , com um longo casaco verde é uma voz roucas , parecida com de fumadora.
-Oque se passa? - perguntei me virando para a mulher.
-Todas as entradas e saídas do Parque foram bloqueadas. A patologista quer falar com você. - informou Olívia.

Entramos na tenda , onde as luzes era brancas e muito fortes.
Leodora Alves , uma mulher de pele escura com olhos castanhos e cabelo preto.
Olho para o lado e me deparo com a vítima do crime, uma jovem com um saco transparente em volta do pescoço. Tinha a pele pálida , e garganta inchada , restos de lama na pele e inúmeras pancadas.

-Boa noite inspetores. Tenho informações sobre a jovem. A vítima foi fortemente agredida , inúmeros arranhões foram encontrados pelo corpo é um tiro na perna.- Leodora apontou para os ferimentos- o fio da corda está bem apertando , fazendo com que a pele do pescoço esteja inchado. Umas das coisas boas que temos é que a nossa principal suspeita é uma mulher. Zulema Zahir. Estive a pesquisar os registos desta mulher e descobri que tem uns 40 anos. Era prisioneira de uma das prisões mais perigosas de Madrid. Esteve metida em vários problemas , e mortes muito violentas. Infelizmente ela escapou da prisão à cerca de 5 meses e ninguém sabe dessa mulher.

Olhei para Henrique , que me encarou em seguida.

-Precisarei de concluir mais sobre a autópsia desta jovem. Deixo aqui os registo de Zulema - Leodora fala, pousando alguns papéis em cima da mesa.- Quando tiver mais informações irei entrar em contacto com a senhora.

-Não sabe a causa da morte?
-Não sei bem , provavelmente asfixia com este saco de plástico.
-Obrigado Leodora. Fico a aguardar mais resultados da autópsia. Bom trabalho. -retribuo um sorriso.

Saímos da tenda , ainda chovia. Fiquei devastada ao ver o corpo da jovem. Queria entender o porquê de matar esta linda jovem , que cruel.
Foi enviada a fazer averiguações porta a porta em uma longa avenida ali perto.
Apesar de termos 8 agentes nesta investigação, demoramos cerca de 4 horas. A principal pergunta que fazíamos era- viu uma carrinha Patch de 1994 ou alguém agindo de forma suspeita?

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⏰ Última atualização: Apr 29, 2021 ⏰

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