Adeus Nebraska!

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A garrafa caiu e os vidros se espatifaram pela casa.. Agora o meu pé está sangrando, assim como o meu beiço, minha coxa, minha nuca e meu braço.

_PORQUÊ VOCÊ NÃO ME AMA? HEIN?_ Ele vociferou, se aproximando novamente cheio com a sua raiva, enquanto eu afastava para trás._ ME RESPONDE SUA VADIA.

Ele chegou até mim e começou a beijar o meu pescoço chegando ao corte.

_Steven, por favor...

Ele me jogou pro chão, me forçando á deitar, próxima há alguns cacos. Começa a puxar meu short com toda a grosseria que tinha diante do nível do álcool em seu sangue.

_STEVEN!!!

O empurro para o lado e me levantei rápido. Comecei a pegar minhas coisas e colocar na mochila preta. Ele ficou me olhando, se apoiou na mesa e se levantou novamente.

_Você está transando com outro, não é?_ Falou enquanto eu o ignorava_ ME RESPONDE _Disse e me socou. Caí no chão, e agora, imagino o meu futuro olho roxo.

Tentativas de me levantar e juntar o meu espelho que estava perto do pé do Steven falham.

_Se eu pudesse, você já estaria morta. _Fui me aproximando do espelho devagar. _ME OUVIU?_ Steven me chutou no estômago, ne deixando largar todo o frango do café da manhã no tapete.

Me apoiei na parede e me levantei e ele se aproximou de novo de mim, quando ele levantou o braço, tive a ousadia (que nem sei de onde surgiu) precisa pra chutá-lo nos "filhos".

Mochila e celular em mãos. Corro rápido e saio da casa. Minha casa.

Marrie estava saindo com seu roupão, e seus cabelos brancos enrolados me olhando com sua cara preocupada de sempre que ouvia o barulho de casa.

_Hannah, querida? Quer ficar na casa do Arthur?_ Arthur, o filho mais velho dela, casado, abrigo de fugas passadas. Tentava sempre não deixar que sua esposa demonstrasse os ciúmes que tinha diretamente pra mim. Mas quando saia daquela casa, arrastada pelos cabelos, eu sabia exatamente o que aconteceria... cada palavra dita de ambas as bocas.

_Não, obrigada. Sra. Warson. Dessa vez, vou partir, definitivamente.

_Pra onde?_ Ela diz e pega com leveza em meu rosto inchado.

_Eu não sei_ Minha voz fraqueja, e senti as lágrimas querendo sair, mas não podia, não agora.

_Tem certeza querida?

_Sim, Sra. Warson.

_Então, pegue querida_ Ela disse e tirou do bolso $100 dólares.

_E-eu não posso aceitar Sra. Warson.

_Cuide-se.

O barulho da porta se abrindo foi tão grande que nos assustamos.

_HANNAH, DESSA VEZ VOCÊ NÃO VAI Á LUGAR ALGUM.

_Adeus Sra. Warson. _ Agradeço com os olhos e um meio sorriso. Começo a correr, e Steven vem atrás de mim diminuindo q distância entre nós. Corro, com as pernas doendo até chegar em um caminhão com trabalhadores pronto pra partir. Fui até o homem gordo de macacão e boné, e segurei o seu braço._ Por favor, me deixe ir com vocês.

_Mas você não pode, vamos para bem longe. O que aconteceu com você?_ Disse olhando meus ferimentos.

_Eu...eu tenho esse colar, se você quiser, pega esse celular também, mas eu preciso ir com vocês._ falei tirando do pescoço, o homem já estava a pegar meu braço pronto para negar novamente quando Steven aparece na esquina, e me encontra com o olhar.O homem vê aquele confronto visual , e me puxa para o caminhão, me ergueu rápido para dentro, e voltou para a sua cabine. Steven vinha se aproximando. Fechei os olhos, quando senti o caminhão se movimentar. Respirei aliviada.
Adeus Nebraska. Agora, eu vou pra bem longe.

Once Upon The LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora