A lâmina se movimentava com precisão e delicadeza, tornando impossível ver o movimento de sua espada cortando o ar com facilidade.
A grama densa da floresta dançava enquanto tinha a lâmina pousada em si, trazendo a forte corrente de ar, enquanto vagalumes que estavam ali pousados voaram para longe e se espalharam pelo céu estrelado trazendo uma estranha sensação de paz no coração de S/N.
- muito bem, S/N. Não esqueça, mantenha a respiração correta, você consegue. - disse Mitsuri com um sorriso nos lábios.
S/N encarava a vasta floresta enquanto podia ouvir as palavras de sua sensei.
S/N nunca quis isso. Nunca se viu capaz de ferir qualquer coisa viva, porém havia sido abençoada com sua habilidade, e logo foi capaz de dominar a Respiração da Emoção, e acompanhada de suas 8 formas - kizutsukeru (mágoa) - aijoyudo (afeto) - kibunuzo (ânimo) - zenchou (presságio) - omoiyari (compaixão) - jinshino (indução da confiança) - kanjonokokyou - (potencialização de emoções) - saburiminarussenja (mensageiro subliminar).E apenas com um corte de sua afiada nichirin, S/N podia fazer um oni sofrer de tal sentimento, ou até mesmo morrer dele.
Como em sua primeira missão após dominada a respiração, numa floresta S/N se encontrou com um demônio, e então usou a sua primeira forma, kizutsukeru, e com apenas um corte em seguida usou sua sexta forma, kanjonokokyou, para potencializar a mágoa no seu oponente, e então ele morreu de tristeza e angústia.
Mesmo que seguindo algumas lógicas, onis não tem sentimentos (algo que S/N desacredita), sua respiração cria sentimentos, ela induz sentimentos aos seus oponentes, não é como se ela manipulasse através de uma fonte já existente. Suas habilidades à dão o privilégio de criar emoções até onde sua capacidade pode alcançar, mas já dá para fazer muita coisa com isso.Era uma forma diferente de matar onis, sem precisar cortar as cabeças, como sua primeira sensei fazia, os matando apenas com o veneno, ela sempre admirou aqueles que eram capazes de matar onis sem precisar cortar suas respectivas cabeças, e ela se orgulha de si mesma por isso. S/N nunca gostou de ver as cabeças de onis sendo cortadas, não era uma sensação muito boa para si, embora soubesse que sua forma de matar também não era nada misericórdiosa. Matar qualquer pessoa de sofrimento... Ela morrer por tristeza fatal... Como humanos com depressão... Mas ela se sentia melhor do que cortar as cabeças, de alguma forma.
Como um tipo de "bônus", S/N ainda tem a habilidade de visualização emocional. Diante os seus olhos ela conseguia tanto ver os sentimentos de cada ser ao seu redor, através de cores, quanto sentir oque eles estavam sentindo.
S/N mesmo sendo apenas uma caçadora, convivia bastante com os pilares, e não conseguia negar que todos eram demasiado atraentes, isso generalizando, até mesmo as pilares, porém sempre teve um pilar que chamava atenção de S/N, que ela nunca pôde ler, esse Sanemi Shinazugawa. Sua cor sempre foi desconhecida para ela, e seus sentimentos eram difíceis de sentir, afinal... O que era aquilo? Ódio? Angústia? Raiva? Repulsão? Rancor? Que diabos Sanemi aprisionava em seu coração amargo??
Bem, vou contar um pouco mais da história da protagonista.
S/N começou a se entender por gente aos seus 16 anos de idade, pois nesse mesmo dia foi quando ela acordou como oni. Ela não entendia nada, não tinha um propósito. Ao seu redor não havia nada, dentro de uma pequena cabana numa floresta onde a neve tocava as árvores.
S/N então começou a caminhar um pouco, suas únicas lembranças eram de como sobreviver, coisas básicas, como andar, as palavras existentes, ler, escrever, blá blá blá e seus conhecimentos sobre a raça humana.
S/N tinha ainda uma aparência humana, apenas alguns detalhes oni em seu rosto, mas desde que havia acordado ela nunca viu seu reflexo, por isso não entendia o porque dos humanos saírem gritando quando a viam. Mas ela percebeu oque sua presença causava e passou a observar os humanos mais de longe. Mesmo sendo oni, S/N não sentia necessidade de consumir carne humana, e para não enfraquecer, ela resolveu caçar animais, e ela viveu por uns anos assim na cabana, com suas tolas habilidades que vocês já conhecem.No entanto, aos seus 18, as informações sobre ela foram à tona aos ouvidos de Muzan, e após enviar alguns onis para entender oque estava acontecendo mas todos acabarem mortos pela oni que apenas ficava na defensiva, S/N resolveu ir atrás dele atravéz a manipulação dela para obter informações dos onis, na intenção de descobrir sobre sua vida, -pois S/N não tinha certeza de nada, apenas que aquele demônio tinha alguma coisa a ver com isso-, e logo eles serem mortos pela maldição.
Se encontraram em meio a humanos e Muzan foi surpreendido pois não conseguia manipular S/N como manipulava os outros onis, e aquilo o deixou raivoso. S/N tinha noção da força daquele ser só de sentir sua raiva, por isso tratou de fugir, e ela conseguiu escapar, todos aqueles anos de furtividade não foram à toa, né. Porém como Muzan não cai tão fácil, ele começou a enviar onis para matarem a oni, isso até ela ser invocada por um... Corvo? Que corvo era aquele? Ele queria que ela fosse se encontrar com um tal de Ubuyashiki... É, isso chegou até o mestre.Bem, o mestre resolveu abrigar a jovem oni ao saber das condições que ela vivia, e que ela nunca foi capaz de derramar uma gota de sangue de um humano, isso foi o suficiente para conseguir um pouco da confiança do mestre. Mas os hashiras não gostaram muito, exceto as duas únicas hashiras mulheres, tanto que após receber os ensinamentos da Srta. Kochou, S/N foi passada para receber os ensinamentos da Srta. Kanroji (com quem se identificou ainda mais). Nenhum dos hashiras a queria lá de qualquer forma, e principalmente Shinazugawa, até tanto que quando ele viu S/N colocar seus pés na parte interna do templo do mestre Ubuyashiki - para não ficar exposta ao sol -, ele perfurou seu trapézio com facilidade, mas seu mestre conseguiu o impedir de matar a oni por completo. Ele fez questão de usar todos e quaisquer argumentos, apelando para usar violência contra S/N para despertar o ódio na oni, mas suas habilidades a permitiam poder controlar e ocultar qualquer sentimento com perícia, isso e o amor que ela sente pelos humanos quando passou a observá-los a fez se erguer perante ao sangue de Sanemi,- sendo ele um Marechi -, então o mestre apenas sorriu ao ver o quão forte o amor de uma oni poderia ser por sua raça, impedindo Sanemi de agir de qualquer outra forma, ele já estava decidido. S/N viveria lá, e Kochou sentiu uma estranha confiança na oni, então a abrigou em sua mansão, e lá é onde a S/N mora até hoje, mesmo não sendo mais discípula de Kochou.
Levou grande tempo para a oni conseguir a confiança dos pilares, e ainda não tem muita de Sanemi. E nesse meio tempo, a oni conheceu 4 caçadores, Tanjiro Kamado, Zenitsu Agatsuma, Inosuke Hashibira e uma oni igual a ela, Nezuko Kamado. Ela virou muito amiga deles, mas principalmente de Tanjiro e especialmente Nezuko, por sentir uma forte ligação com a garota, e fez questão de aproximar-se dela. Ela descobriu que, na teoria, Nezuko se fortalecia através do sono ao envés de consumir carne humana, achou bem interessante, parece que cada um tem seu jeito diferente de se fortalecer.
- ̗̀Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ
S/N vive amigavelmente com os outros hashiras, sendo ela tsuguko de Mitsuri Kanroji, e se provando cada vez mais capaz de ser digna de seu posto, protegendo e derramando seu sangue pela vida de qualquer humano, sendo resistente ao sangue até mesmo de um Marechi.
Mesmo oni, conseguiu dominar uma respiração e isso é algo inédito até então.
Irá lutar ao lado dos seus e irá conseguir a confiança de seu amado Sanemi, que descobriu por quem se apaixonou.Sanemi também já está ciente da paixão e admiração da oni por ele, mesmo depois de ter sido torturada para tentar faze-la beber seu sangue e sido machucada por ele, ela ainda o admira tanto... mas ele não desapega de sua dúvida. Um oni realmente consegue amar?
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Regente da Respiração
FanfictionEra possível distinguir o olhar afetuoso do amante, do raivoso e do odioso, do animado e do inspirado. Sim, cada sentimento, cada emoção era distinta uma da outra. Ou era, ou não era. Não se existe dois sentimentos iguais, mas ninguém enxergava iss...