Overtime || One Shot

I

Não consigo fazer outra coisa se não pensar naquele maldito. Escuto meu celular tocar e me assusto, mas que merda juro que tinha o colocado em modo silencioso. Me viro para o lado do som e tateio até encontrar o aparelho na mesinha ao lado da cama. Abro os olhos e vejo que Itadori esta me ligando, aceito a chamada e o coloco em minha orelha.

-Freyyy, hoje tem excursão da escola você esqueceu?! - ele grita animado.

-Meu Deus Itadori, para de gritar... eu acabei de acordar. - digo me levantando.

-Vamos sair daqui 1h, cheguei um pouquinho adiantado. - ele ri so outro lado da linha.

-Já já estou ai, vou me arrumar. - me despeço e desligo.

Merda de excursão de escola, eu vim pro outro lado do mundo estudar na melhor escola de jujutsu pra ter que ficar fazendo excursão, essa é ótima. Já havia uma semana que tinha me matriculado mas nenhuma missão que valesse a pena ainda. Itadori, Megumi e Nobara me acolheram como se nos conhecêssemos à anos.

Me levanto e vou direto pro banho, a água quente escorre por meus corpo e começo a lembrar da noite de ontem. Havia saído para entregar currículos e ver se algum lugar me contrataria como assistente ou algo do tipo e acabei conseguindo, numa contadora. Começaria hoje após minhas aulas, era um trabalho de meio período que custaria minhas tardes e começos de noites, mas precisaria me manter. Voltando a noite de ontem... as lembranças passam vivas em minha mente, o cara de quem seria assistente, Nanami Kento, me olhou tanto durante a entrevista que fiquei receosa, mas no final me contrataram e após me informarem tudo que teria que levar hoje me despedi deles e me retirei da sala. Quando esperava o elevador chegar senti alguém se aproximando e vi que era Nanami, ele ainda me observava e percebi o porque fiquei receosa... ele emanava uma energia amaldiçoada extremamente forte.

-Só queria te dar um recado. - ele olha profundamente em meus olhos. -Eu odeio horas extras, então faça seu trabalho na hora certa.

O elevador chegou, entrei e ele me seguiu. As portas se fecharam e ele me prensou contra o espelho enquanto descíamos.

-Você me entendeu, senhorita Tudor? - diz sussurrando em meu ouvido esquerdo.

Fico completar paralisada, mas que merda é essa.

-Sim. - afirmo com a cabeça também.

Ele morde o glóbulo de minha orelha e se pressiona mais contra mim, me fazendo sentir sua ereção.

Fecho meus olhos enquanto lavo meus cabelos, me forçando a esquecer aquelas cenas. Que merda de efeito aquele cara impôs sobre mim... coloco um pouco de meu sabonete líquido na esponja e começo a lavar o resto de meu corpo e minha mente teima em imaginar as mãos de Nanami sobre mim... suspiro, já estou quase terminando o banho. Pego o frasco de meu sabonete íntimo, o despejando em minha mão direita e a desço até o meio de minhas pernas, nesse momento aquele rosto vem em minha mente... porra, nem conheço esse cara direito e estou prestes a bater uma pensando nele.

Fecho meus olhos com ainda mais força, não, não vou fazer nada. Termino de me lavar, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha indo em direção à meu guarda-roupa. Pego o uniforme da escolha e o visto após me secar, colocando somente a calcinha por baixo, não sou adepta a sutiãs. Seco meus cabelos e os arrumo do jeito que gosto, passo a maquiagem leve de sempre e pego minha mochila saindo de meu apartamento. Pego o elevador e enquanto desço peço um taxi. Chego no térreo e as portas de abrem, Nanami está na minha frente... que porra de perseguição é essa?!

-Bom dia senhor Nanami. - digo ainda surpresa.

-O que faz aqui?! - ele me olha confuso.

-Eu moro aqui, no décimo andar... - escuto meu táxi buzinando através das portas da recepção do edifício. -Me desculpe mas não posso me atrasar, até o expediente.