➸ Past ⭒ ꙳

219 43 11
                                    

Capítulo 32 ˚ˎ

Capítulo 32 ₊˚✧ˎ

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sweetie Pop🍰✨

Sweetie Pop🍰✨

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

{ Going back to the past ... 2016}

O SILÊNCIO ERA UMA CALMARIA sem fim, era possível ouvir apenas a respiração descontrolada da garota.
Deitada de bruços em sua cama, chorava baixinho, molhando seu travesseiro macio. Sua cabeça estava a mil, com um turbilhão de pensamentos e questionamentos sobre si.

O vento forte adentrava pela janela aberta causando-lhe calafrios, fazendo com que a garota puxasse seu edredom mais para si. Ao respirar fundo, sentiu o ar gélido adentrar por suas narinas e gelar a pontinha de seu nariz. Um suspiro trêmulo sai de seus lábios, e, ainda com frio, levantou-se rapidamente pegando o controle que estava em sua escrivaninha e ligando o aquecedor. Ao voltar para cama, revirou os olhos assim que ouviu batidas fortes ecoando em seus ouvidos. Levantou-se novamente, destrancando a porta de seu quarto e fitando o homem a sua frente.

— Oi pai - sua voz falha e sua expressão de cansaço era nítida, até vista de longe

— Oi querida. Quer ir a Sweetie Pop?

— Claro! - um sorriso falso e uma voz arrastada se fizeram presentes

— Certo, se arrume por favor, vamos sair em 15 minutos

— Ok! Pai, você sabe onde está meu lenço vermelho? Aquele que eu gosto de amarrar no cabelo.

— O que sua mãe lhe deu de aniversário? - pergunta

— Sim, esse mesmo. O senhor sabe onde está?

— Segunda gaveta do criado mudo

   Ao agradecer, a garota fecha a porta e começa a se arrumar, e, ao finalizar com seu lenço vermelho amarrado em seu cabelo, se olhou no espelho e suspirou. Abriu um sorriso forçado e saiu de seu quarto indo em direção a seu pai, que já lhe esperava pacientemente no carro. Saindo de sua casa em Beverly Hills, a menina encarava a paisagem atentamente.

Ao chegar em Sweetie Pop, os olhos da garota brilharam ao fitar o grande prédio espelhado à sua frente, e, assim que adentrou, respirou profundamente sentindo um cheiro gostoso junto com a nostalgia do local. As paredes brancas de tijolinhos e as prateleiras em vários tons de pastel, com latas de enfeites e tubos gigantes com diversos tipos de balas e trufas, davam um ar descontraído ao local. Os atendentes muito bem uniformizados, estavam espalhados pela loja, atendendo os clientes, limpando e organizando para que tudo ficasse em perfeito estado.

   O olhar deslumbrado da garota fitava todos os lugares da loja, seus lábios entreabertos e seus olhos brilhantes perdidos no local, mostravam nitidamente a admiração da menina.

O pai e a filha se sentaram em uma mesinha e logo foram atendidos por uma moça simpática. O senhor pediu um café e o bolo vulcão, que era novidade na loja. Já a menina pediu um chocolate quente e seu favorito, Touché. Assim que o pedido chegou, ambos começaram a comer, apreciando o gosto delicioso de seus doces.

— Sabe querida, antes de sua mãe falecer, nós vínhamos a Sweetie Pop todos os sábados, era uma tradição que ela criou. Na maioria da vezes, ela também pedia o Touché, sua mãe sempre tentava adivinhar quais eram o ingredientes inseridos no doce, e, depois ela tentava recria-lo, porém, ela nunca conseguiu chegar a um sabor parecido.

    O pai indagou para a garota que escutava-o atentamente enquanto apreciava seu doce. Ao digerir as palavras do mais velho, a garota suspirou, lembranças de pequenos momentos com sua mãe vieram à tona. A menina mal se lembrava de sua mãe, pelo fato da mulher ter partido quando a filha ainda era muito nova. Uma lágrima solitária escorreu pelas bochechas rosadas da garota ao pensar que já havia esquecido a voz da mulher que lhe criou, que a carregou no colo por nove meses e lhe deu todo o amor e carinho necessário.

— Quando sua mãe adoeceu, eu me vi sem chão, sem motivos para continuar respirando. A doença no pulmão veio muito forte e os médicos deram dois meses de vida. Era praticamente impossível que ela sobrevivesse, sua mãe faleceu quarenta dias depois. Ela estava muito fraca e seu último desejo foi que eu cuidasse de você.

A menina que estava sentada ao lado do pai, suspirou profundamente ainda digerindo as palavras do homem. Ao fechar seus olhos, sorriu ao se lembrar da cantiga que sua mãe cantava para acalma-lá, a voz em sua cabeça porém, não era de sua mãe, era mais parecida com a de um anjo da guarda, uma voz doce e suave.

  Logo a garota despertou-se, ao sentir o toque de seu pai, e, ao abrir os olhos fitou o mais velho com desdém por te-la tirado de seus pensamentos que remetiam a sua mãe.

— Sabe que eu sempre vou cuidar de você, não é mesmo querida?

— Sim papai eu sei!

— Pode me prometer uma coisa? - garota assentiu sorridente — Promete que achará a receita de Touché? Ou pelo menos tentar, assim como sua mãe fez.

— Claro papai! Eu acharei a receita, eu prometo - um sorriso gentil se formou nos lábios da menina

     Por mais que a garota não entendesse o porque de tanta obsessão por parte do pai na receita, ela queria ajudá-lo de qualquer forma. E ela faria o que fosse possível, não só para ajudar seu pai mas em memória a sua mãe também. E com o tempo a garota foi se adaptando a ideia e ao plano do pai. E assim, consequentemente, ela também descobriu muitas coisas sobre sua família.

Ao longo dos anos, a garota foi crescendo e amadurecendo, e com isso, seus pensamentos foram mudando juntamente de suas intenções.

Porém, ela sempre teve um propósito em mente, e também, uma promessa em jogo...

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

🥀✨

✵ ➳ 𝑺𝒘𝒆𝒆𝒕𝒊𝒆 𝑷𝒐𝒑 [ᴬᶦᵈᵃⁿ ᴳᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳ]  ↢ ❦ Onde histórias criam vida. Descubra agora