capítulo I - o delinquente da françoise dupont.

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oi!! os capítulos serão todos curtinhos, com umas 500 palavrinhas. espero que gostem, espero postar o próximo em breve, me desculpem por algum erro!!!

(...)

Luka não era um mau aluno. Tampouco uma má pessoa, apesar do que uma vozinha ou outra dizia por aí. Era um adolescente de dezoito anos com probleminhas internos e amor pela arte. Talvez, se pintasse figuras renascentistas ao invés de mensagens pedindo por esperança não fosse visto como era. Aquilo era algo que havia aprendido com o passar do tempo: pessoas grandes não gostam de esperança. Esperança gera revolução, revolução gera questionamento, questionamento gera atenção. Gente grande também não gosta de nenhuma dessas coisas.

Talvez os recadinhos que deixava numa parede ou outra, somado ao cheiro de cigarro mentolado, os cabelos bagunçados, tingidos de azul petróleo e a tinta marcada das tatuagens que passavam por sua pele contribuíram para sua alcunha no colégio de elite: o delinquente da Françoise Dupont. Nada que não se esperasse para o filho de dois astros do heavy metal.

O fundamental do primeiro ponto em sua cabeça: não era um mau aluno. Era estranhamente bom em matérias de exatas, ótimo nas de linguagens e conseguia uma boa média nas ciências humanas. Por isso, vez ou outra se dava ao luxo de pular um horário e ir fumar um pouco. A nicotina o acalmava, o inspirava. Não tão positivamente, também o matava por dentro. Problemas futuros para o Luka do futuro.

E lá estava ele, fazendo juízo ao seu apelido e aos cochichos que soavam nos corredores extensos, contando com a ajuda da melhor amiga, Marinette, para passar pelas escadas de incêndio sem que fosse visto e escalando-as até chegar ao ponto alto do prédio, pegando no ar a mochila alaranjada que fora jogada para si e despedindo-se da amiga, vendo-a como um ponto pequeno que caminhava de volta para a sala de aula.

Andando no parapeito e se equilibrando como quem desafiava a morte — embora ele a temesse mais que tudo —, Luka balançava o corpo com a música que tocava nos fones e caçava na mochila bagunçada o maço quase acabado de cigarros. Os olhos se fecharam conforme levara o narcótico aos lábios e o acendera, em momento algum parando de dançar. Continuou assim por bons minutos, até a bateria viciada no telefone acabar, fadando-o ao silêncio.

Com uma lufada de ar, desceu do parapeito, finalmente olhando para frente e se assustando com a visão que tivera. Sentado no canto do telhado, com o cabelo normalmente arrumadinho batendo na frente do rosto, suéter de marca cobrindo o corpo esguio e um estojo verde vazio à frente, com canetinhas coloridas que reconhecia serem iguais às da irmã, com brilho e cheiro de frutas espalhadas pelo chão, estava Adrien Agreste. Não, não apenas Adrien Agreste. Adrien Agreste e a porra de um cigarro aceso se equilibrando no canto de seus lindos e rosados — não que Luka reparasse, porque ele não reparava — lábios finos.

— Gostei do show, Couffaine. — Adrien sorriu, tirando o cigarro da boca e destampando uma canetinha vermelha. — Quanto devo te pagar por ele?

Luka definitivamente não reparava nos lábios de Adrien Agreste. Mas quando seguravam um cigarro e sorriam de lado, eram no mínimo interessantes.

(...)

caso queiram conversar sobre high hopes, meu twitter é @VIP3R1ON. beijocas, até o próximo!!!

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⏰ Última atualização: May 03, 2021 ⏰

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