Capítulo 4 - Josi

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Ele me deixou explorar o quarto enquanto ficava mais confortável sem a jaqueta do terno. Era uma vista interessante aqui desse quarto, vi muito mais do que tinha conseguido estando no mesmo piso. Em um canto, havia mulheres nuas dançando enquanto homens pareciam relaxados demais se tocando. Senti meu rosto esquentar e dei as costas para a visão que me despertou um lado voyeur que desconhecia.

— Apesar de não combinar com o meu perfil, vou oferecer, podemos desistir. — Caminhou lentamente em minha direção, realmente a atitude de bom moço não fazia parte da sua arrogância assumida.

— Está com medo de se apaixonar? — a pergunta saiu tão ousada, que nem eu mesma me reconhecia. Pelo visto, nós estávamos assumindo outros papéis... ou apenas, finalmente, aceitando o que era nosso.

— Seria mais fácil acontecer o contrário. — Parou quando ficou a distância de um braço, colocou meu cabelo atrás da orelha e digitalizou cada canto do meu rosto. — Teremos apenas essa noite, não venha atrás de mim depois que nos despedirmos.

— Faço das suas as minhas palavras — rebati um tanto irritada, por isso foquei minha atenção na sua camisa e nos botões que iria desabotoar. — Querido fiasco, seu prazo de validade durará até me fazer gozar.

— Três vezes. — Segurou meu queixo e ergueu, meus dedos não pararam seus movimentos para abrir a camisa. — Boca, dedos e meu pau.

— Promessas que não me deixam molhada. — Fiquei na ponta dos pés e sussurrei no seu ouvido: — Estou esperando você agir, Marcelo.

O movimento foi medido, sua mão encontrou minha nuca, apertou para mostrar seu domínio e me fez encará-lo de baixo. Aproximou nossos corpos, a essa altura eu já tinha, inclusive, tirado sua camisa de dentro da calça social, dando um vislumbre do seu corpo musculoso.

Ah, finalmente trabalharia em um tanque de verdade.

Aos poucos ele foi aproximando sua boca da minha, quando tocou meus lábios, se afastou assim que me mostrei ávida por mais. Seu sorriso provocador me fez suspirar, ele estava no comando, eu deveria apenas me deixar levar.

Deu passos para frente, eu dei para trás e me pressionou contra o vidro. Senti medo no momento que a vibração daquela parede ecoou no meu corpo.

— As pessoas estão nos vendo daqui de cima? — perguntei quando ele voltou a me provocar sem me beijar de verdade.

— Não. Você gosta de ser vista?

— Sim, mas apenas pelo meu amante.

Abracei seu pescoço e o beijei com força e desespero, não aguentava mais ficar longe do seu sabor. A língua me dominava, seus lábios me entorpeciam e tudo o que queria era me jogar na cama com ele para encontrar o ápice do prazer. O que eu não sabia era que Marcelo não tinha pressa, ele reduzia os movimentos assim que eu demonstrava desespero.

Seu quadril começou a se esfregar contra mim e senti sua excitação evidente. A diferença de tamanho não proporcionava o prazer que eu tanto necessitava, por isso ergui meu vestido até acima do quadril e envolvi minha perna nele, para buscar o que vim procurar.

Entendendo a minha necessidade, ele me ajudou a envolver minhas pernas na sua cintura e continuou me pressionando contra a parede de vidro, me beijando e dando leves mordidinhas nos meus lábios.

O primeiro gemido saiu da minha garganta, quando seu pau coberto pela calça se esfregou contra a minha calcinha já encharcada.

Ele me carregou até a cama e não desfez nossa junção quando me deitou, ficou por cima e continuou se esfregando enquanto me beijava. Que homem!

Querido Fiasco (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora