Stuck With U - NOSH

O Cigarro

- Noah Urrea -

Abri meus olhos de forma rápida no mesmo momento em que um forte barulho ecoou em meus ouvidos.

Eu pulei de minha cama enquanto arregalei os olhos e um pequeno grito escapou de meus làbios.

O barulho que parecia como um alarme despertava todos os presos.

O loiro que estava deitado na outra cama pareceu não se incomodar, já que apenas abriu seus olhos e bocejou.

Sério que eu vou ter que acordar assim todos os dias? Eu vou enfartar.

Josh, se levantou e caminhou em minha direção.

O garoto loiro me encarou, parando em minha frente.

— Bom dia? - falei forçando um sorriso.

— Sai da frente. - ele disse.

Só então notei que eu estava exatamente na frente do lavabo que havia ali.

— Ah... foi mal - eu disse, saindo dali e soltando o ar de meus pulmões que eu nem notei ter prendido.

Josh lavou seu rosto em seguida escovou os dentes.

— Ei, eu posso ficar com você no café da manhã? - perguntei.

O loiro me encarou.

— Não.

— Ouch, por que? Eu fico quietinho, Qual é, só não quero ficar sozinho - eu falei.

— Não ligo.

O loiro se sentou na própria cama.

Eu suspirei e caminhei até o lavabo, lavando o rosto e escovando meus dentes, devo dizer que a pasta é horrivel, tenho até medo de descobrir do que ela é feita.

Minutos depois os guardas apareceram, nos tirando de nossas celas e formando filas em direção ao grande refeitório.

Vejo Bailey logo a frente e sorrio para ele, o garoto acena de volta. Espero que ele me deixe ficar com ele.

Recebo diversos olhares e em sua maioria não me parecem muito bons.

O refeitório é um enorme pátio onde estão diversas mesas e bancos, no final há uma fila onde algumas mulheres servem coisas em sua bandeja.

— Ei, como foi sua primeira noite? - Bailey pergunta ao que aparece ao meu lado.

— Péssima, eu mal consegui dormir - eu falei suspirando.

Avistei a figura de Josh caminhando em direção a fila, não fala com ninguém e mantém a expressão fechada.

— Ele é sempre assim? - pergunto para Bailey.

O garoto então segue meu olhar até o loiro.

— Eu só to aqui a dois meses, e nunca vi ele sorrir, sempre tá com algum machucado no rosto e envolvido em confusão - Bailey me explica.