Acampamento - Parte 4 "Vai com força" -A

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P.O.V. Cassiano

Quando voltamos para o acampamento, todos os olhares se voltaram para nós, como se estivéssemos chamando atenção por alguma coisa, ou pela nossa aparência. Visivelmente Amanda, minha linda, não estava fora do normal, nem suja como de costume. Ouvi falar que ela fede diariamente, mesmo que tome banho, o seu aroma natural sempre será de esterco de porco. Mal conseguia passar vinte minutos perto dela, não sei como consegui aturar esse odor por horas.

Horas? Rapidamente olho em meu relógio e vejo que está prestes a amanhecer, porém quando Amandla broxou tudo, provavelmente era umas quatro horas atrás.

O que aconteceu em quatro horas? Eu não me lembro de nada. Depois da pegação no chão ter sido interrompida, o que fizemos?

Imediatamente, olho em volta para ver se Amanda ainda estava acariciando seu próprio corpo, talvez se masturbando, eis a dúvida que não se pode calar. Não havia sinal dela, nem de ninguém, nem de barracas, eu estava completamente sozinho, minha única companhia era aquele relógio estúpido que comprei de um camelô qualquer. 

Percebo que estou apenas de cueca. Eita porra. O QUE ACONTECEU?² 

De repente ouço passos vindos por trás de mim e, quando me viro há alguém, vestido de preto, na verdade aquela era a única cor que eu conseguia enchergar.

*desmaio

Logo quando abro meus olhos, sinto que havia sido drogado, ou que estava de ressaca, porém não havia bebido, nem usado drogas. Minha visão sai do preto, passa para o branco e em um instante nada mais está embaçado. Vejo tudo claramente, e o que é isto que vejo?

Parecia algum tipo de galpão sujo e empoeirado. Sou um pouco alérgico, por isso não consigo me manter em silêncio e os espirros me consomem. 

Novamente ouço passos. 

Agora alguém está na minha frente. Pode ser um homem, ou uma mulher, talvez um travesti tipo aquela amiga da Amanda, a Olivia, mas isso não vinha a questão. 

- Quem é você? - é a primeira coisa que vem em minha mente, acabo colocando para fora, junto com meu vômito. TALVEZ ELE/ELA TENHA ME DROGADO.

- Você não precisa saber, apenas precisa me satisfazer, se é que me entende. Se é meu nome que deseja saber, será dificil, mas pode me chamar de -A. - mal conseguia definir aquele tom de voz, muito menos assimilar a algum rosto, ou alguma feição que me fosse familiar.

- Eu não fiz nada para ninguém. Nunca roubei, nem matei, também não devo nada pra qualquer traficante. 

- Eu sei, eu sei. I know for sure. - era uma garota. FINALMENTE havia conseguido determinar que aquele som de vaca com jegue. UMA GAROTA

- O que você quer comigo, pelo amor de Deus? Eu não tenho nada a oferecer. Sou pobre, favelado, a única coisa que resta de bom em mim é meu corpo definido e malhado.

- E isso é exatamente o que eu quero. Como pode ser tão lerdo? Não entendeu ainda? Mesmo? Terei que soletrar. - Ela queria me estuprar. O que aconteceria nos próximos minutos era o que eu esperava não ter ideia.

- Por favor, ... Er... E-e-u sou gay.

- Acha que eu sou tonta? Vamos começar logo com isso.

A única coisa que eu sabia sobre ela, minha possível estupradora, era que ela era -A, usava um capacete e por cima um casaco preto. Eu me sentia tão perdido. Havia feito aquilo somente uma vez na vida, com 12 anos, depois nunca mais.

- Não precisa se preocupar pequena gazela, não irá se sentir mal. Não comigo. Eu sou o seu maior sonho. 

A sensação de ter uma total estranha retirando a minha cueca e nem sabendo se minha estupradora era ao menos uma garota, era horrível.

Observo ela abrir o zíper de sua calça e retirar sua calcinha. MEU DEUS! O que era aquilo? A mata Atlântica estava na minha frente, literalmente. Gilete seria útil algum dia na vida desse ser.

- Vai com força pra eu poder te liberar mais rápido e você poder voltar pro seu acampamento com seus amiguinhos. - essas palavras soaram da pior maneira possível para mim. Aquilo era nojento e desgastante.

Minha vontade era de fugir o mais longe possível daquele galpão vazio e assustador, e meter o pau na cara dessa "-A". Se eu não estivesse com cordas presas em minhas mãos, eu bateria nela agora, sem arrependimentos.

*Mais uma vez a história se repete, abro meus olhos, mas desta vez, tudo está claro. Quando me levanto, vejo aquela paisagem perfeita que vi há dias atrás. Começo a andar e reconheço o caminho, que é quando sinto que estou perto do acampamento.

No segundo em que os garotos e Amanda me vêem, todos vêm correndo para perto de mim.

- O que houve com você? - meu irmão de coração diz preocupado. O que me faz sentir "em casa"

- Nem conto. Preciso me recuperar de todo esse trauma. - digo recuperando o fôlego, pois eu estava realmente me sentindo sufocado.

Amanda me dá uma garrafa com água e eu me sinto mais hidratado. Alguns flashes do ocorrido vêm à tona em questão de instantes. Minha pressão cai, mas recupero-me.

- Meu amor, eu estou aqui com você. Pode contar comigo pro que der e vier. Quando estiver a vontade para me contar o que aconteceu, saiba que eu ouvirei e tentarei compreender. - diz Amanda de um jeito tão suave, que até esqueço que ela está fedendo mais do que o normal.

Puxo ela pela cintura e dou um beijo rápido, sussuro em seu ouvido que ela está cheirando a flores. Tudo para agradá-la. Um pouquinho de falsidade, nunca é exagero. Ela retribui meu beijo rápido com um lento e MELLADO (MELLAMANDA OPS).

- Estamos aqui. - lembra meu amigo Diego, se sentindo um pouco desconfortável.

- Vão pra algum motel, please. - diz Liv meio irritadinha. Essa amiga da Amanda tem cara de prostiranha.

- Vamos parar de brigar nessa porra. PAZ E AMOOOOOOOR, POR FAVOOOOOR. - diz Amandinha, meu amor <3 que prossegue - Eu vou te levar pra tomar um banho comigo ali perto da cachoeira, só pra você relaxar. Aí você me conta o que aconteceu.

- Já vai tarde baranga. Seu fedo de esgoto ultrapassa barreiras e camadas do solo. - fala Liv, o que faz Amanda corar de vergonha.

Quem é -A? Descubra no próximo capítulo...

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⏰ Última atualização: Feb 26, 2015 ⏰

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