Dois corações partidos podem se encaixar?
A paixão pela dança fez com que Ten e WinWin lutassem muito, cada um dentro das suas circunstâncias para tornar esse sonho realidade em suas vidas. Ambos estão desacreditados do amor e decididos a não se apa...
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— E aí! Os novatos estão por toda parte, né? — Já haviam passado três anos que entramos para a faculdade, mas a animação de Kun em relação aos alunos novatos nunca mudava, não é atoa que ele conhecido como caça-júnior.
— Não me importo com isso, Kun. Você devia saber... — realmente eu não me importava em saber de outras pessoas, os amigos que consegui nesses três anos foram por dedicação da parte deles e não da minha.
— Corta essa, Ten! — o fuzilo com o olhar ao ouvir o apelido que eu queria esquecer, Kun é meu companheiro de quarto e acabou se tornando meu melhor amigo com muito esforço, dele. Uma noite eu bebi demais e acabei contando todo o meu passado antes da faculdade e ele mais do que ninguém, sabia o quanto eu odiava esse apelido, então fazia isso para me provocar em momentos como esse. Porém, hoje não estou com humor para gracinhas, meu joelho está doendo mais que o normal e os analgésicos acabaram. Ele percebe seu erro e tenta remediar.
— Foi mau... quer que eu compre algo na cantina para você? — Não importava o quanto eu tentasse ignorá-lo, Kun sempre estava ao meu lado, por isso nos tornamos melhores amigos.
— Não precisa, obrigado. Eu mesmo posso ir, Kun.
— Você precisa se poupar para a cerimônia de iniciação, vai passar muito tempo em pé. — Além de estar sempre comigo, ele sabia quando havia algo de errado comigo, principalmente quando eu estava com dor, mesmo que eu não falasse abertamente. Eu já devia ter me acostumado com sua personalidade, mas isso sempre me pegava de surpresa. — Lá vem você de novo, moramos no mesmo quarto, acha que não vi você acordado a noite toda? Vou pegar um café para você.
Tentei protestar mas ele já havia corrido para a cantina. Aproveitei para olhar ao meu redor. Já somos veteranos, mas estudar na K-ARTS sempre parece um sonho para mim, pois tenho medo de acordar e estar na casa dos meus pais novamente. Por isso, todos os dias eu sento e observo tudo, tento memorizar cada detalhe só por precaução. Às vezes me pego encarando alguns alunos e suas ações, tento imaginar suas conversas e suas personalidades, foi assim que chamei atenção de Yanyang, Hendery e Xiaosun.
Em uma das primeiras semanas de aula, eu estava sentado exatamente nessa mesma mesa observando tudo ao redor, quando os três entraram no meu campo de visão e se tornaram alvo da minha admiração. Eles pareciam bem próximos, como se já se conhecessem há anos, e por um momento eu os invejei, pois nunca fui afortunado com esse tipo de amizade na vida. Automaticamente me repreendi por esse pensamento, pois ser solitário era culpa minha e eu não tinha direito de sentir inveja de ninguém. Em meio aos meus pensamentos eu não percebi que havia passado um tempo considerável os encarando. Tempo suficiente para que percebessem e retribuíssem o olhar. Lembro como se fosse hoje como eles se aproximaram.
— Ei você! O que está olhando? — Xiaosun foi o primeiro a questionar com tom de acusação.
— Eu... — eu não sabia o que responder, pois uma desculpa seria patética e a verdade seria ainda mais patética.
