P.O.V Danielle
Entro na delegacia e Willian vem ao meu encotro.
-- Dani, Juan já está na sala de interrogação. - ele diz sério.
-- Obrigada, Will. - digo. -- Pode me acompanhar por favor?
Ele concorda e seguimos para a sala.
Abro a porta e vejo o acusado sentado de cabeça baixa. Will fecha a porta e ele levanta os olhos em minha direção, dando um sorrisinho debochado.
-- Major Danielle, é uma honra revê-la. - ele diz.
-- Sem gracinhas Juan, sua situação já não é das melhores, ainda vai querer fazer graça?. - pergunto me aproximando.
-- É por isso que todos a temem, essa sua audácia toda, digna do cargo. - ele diz rindo. -- Mas eu não tenho medo de você, você não me intimida.
-- Pois deveria começar a ter, porque eu não vou facilitar sua vida. - digo.
Ele direciona o olhar para o Will e depois volta para mim.
-- Quero saber apenas uma coisa, onde está o seu chefe?. - pergunto e ele continua sério. -- Tá surdo?
-- Você acha mesmo que eu irei dizer? Eu não sou otário. - ele diz.
Eu bato a mão na mesa com força.
-- Você se acha muito esperto né, mas se eu fosse você, falaria por bem. - digo. -- Já tenho motivos suficiente para te deixar aqui, você não tem escolha. Tráfico de drogas, assaltos, abusos, violência doméstica, o histórico tá enorme.
-- Vocês podem me matar aqui, mas eu não direi nada. - ele diz. -- Eu não sou esses frangos que se intimidam e abrem a boca.
-- Então quer dizer que você é bem machão, né?. - pergunto e ele assinte.
-- Se fosse homem mesmo, não cometeria violência doméstica, não abusaria de mulheres, estaria trabalhando honestamente. - digo. -- Você não passa de um verme, que vai apodrecer atrás das grades.
Ele cospe na minha cara. Will vem na nossa direção e acerta um soco nele, o segurando pelo pescoço.
-- Espero que você tenha alguma fé, porque a juíza que você vai pegar é vinte vezes pior do que eu. - digo me levantando. -- E pode ter certeza que não irei facilitar para o seu lado. Pode levar ele.
Will assinte e sai com ele algemado. Sigo para o banheiro e lavo meu rosto, indo direto para a minha sala.
-- Major Danielle?. - ouço alguém me chamar.
-- Entre. - digo.
Bárbara entra na sala com um envelope.
-- Conseguimos imagens de um dos suspeitos do assalto ao banco. - ela me entrega o envelope que estava segurando.
-- Ótimo trabalho, obrigada. - ela concorda com a cabeça e sai.
Abro o evelope e vejo duas imagens da câmera de segurança da rua, que grava perfeitamente a entrada do banco. Analiso bem e vejo um homem ajustando a touca antes de entrar. Acesso meu computador e procuro por Albert Donovan, que já tem registro aqui e comparo as imagens vendo que é o mesmo homem.
-- Agora eu te pego, Donovan. - digo sorrindo.
Duas batidas na porta e Will entra.
-- Juan já está na sela. - ele diz se jogando na cadeira. -- O que é isso?
-- Provas que vão deixar o Donovan na prisão. - digo passando as imagens para ele.
-- Ele não perde por esperar. - Will diz.
Donovan já foi indiciado por tráfico de dogras e exploração de menores, mas por incrível que pareça o juiz absolveu as acusações dizendo que não tinha provas o suficiente, mas agora que tenho mais uma coisa para a sua fixa criminal, quero ver ele escapar.
-- Chega de trabalho por hoje, não acha?. - Will pergunta e eu concordo.
--~~--
Meu amigo me deixa em casa e eu vou direto tomar um banho. Depois de sair do banheiro e por meu pijama, desço e vejo minha tia terminando a janta.
-- Pode se sentar que já está quase pronto. - ela diz.
Pego um pouco de água e me sento.
-- Então, como foi o dia hoje?. - ela pergunta colocando as panelas na mesa.
-- Conseguimos pegar um dos comparsas do maior traficante da região. - digo.
-- Meu Deus Danielle, a cada dia que você fala algo envolvido com esses homens, meu medo cresce. - ela diz. -- Tanta profissão para você seguir, quis ser justamente policial. Você seria uma ótima médica, mas não, preferiu ser polícia.
-- É a profissão que eu amo e quis, e estou muito feliz exercendo ela. - digo me servindo.
Ela se cala e começa a se servir.
Minha tia pegou a minha guarda quando meus pais morreram em um acidente de carro, quando eu tinha apenas cinco anos, desde então é ela que vem me ajudando. Eu até entendendo esse medo dela, já que meu pai também era polícial e esse acidente não foi bem um " acidente " e sim uma sabotagem. Mas o filho da puta que fez isso, hoje queima no quinto dos infernos.
--~~--
-- Dani, abre a porta. - escuto ele me chamando e batendo.
-- Não, eu quero ficar sozinha. - digo chorando.
-- Amor, por favor. - ele diz suspirando. -- Seja o que tenha dado esse teste, nós vamos resolver juntos, como sempre foi.
Eu limpo meus olhos e destranco a porta.
Ele entra rápido e me abraça. Eu o aperto nervosa.
-- Não faz mas isso, tá bom?. - ele diz me olhando nos olhos. -- Eu te prometi que sempre iríamos resolver tudo juntos, eu sempre estarei aqui para você.
Eu assinto.
-- Qual foi o resultado do exame?. - ele pergunta.
-- Positivo, você vai ser pai. - digo. -- Eu tô desesperada, você tá iniciando sua carreira de jogador, eu acabei de entrar pra polícia... eu não sei o que vou fazer...
-- Vai dar tudo certo, nós vamos conseguir passar por tudo e criar muito bem nosso bebê. - ele acaricia minha barriga e sorri.
Levanto suando e quando olho, minha mão está na minha barriga. Droga, novamente esse sonho, eu não consigo ver o rosto da pessoa e nem saber o nome, mas parece ser tão real.
Resolvo ir na cozinha pegar um pouco de água e depois tentar voltar a dormir, pois amanhã tenho um longo dia.
Notas finais:
Um pouquinho do que a Dani faz. ❤
Amores, essa história não será grande, creio que bem menos do que trinta capítulos. Eu queria fazer ela com mais capítulos, só que pelo o desenvolver que ela já está tomando irá ficar algo cansativo e sem nexo, por isso ela será curta e objetiva.
Até o próximo capítulo.
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Amnésia
FanfictionCinco anos, cinco anos que a minha vida não tem mas o mesmo sentido de antes, cinco anos que eu venho sendo pai e mãe para a minha filha, cinco anos que eu venho aprendendo a cada dia a ser uma pessoa melhor por ela. E justamente agora, depois dess...