A liberdade gravada no peito

191 17 50
                                    

Oi, xuxus!
Vim aqui hoje especialmente para postar na yoonmin week que está rolando no Twitter com muita coisa boa sobre o shipp que tanto amo.
Bem, essa oneshot nunca sairia caso a Beca não tivesse me tentado horrores a escrever kkkkk Então dedico a fic a ela <3 Vocês vão perceber que ela não segue muito uma ordem cronológica, mas acredito que dê para compreender sos
Tentei dar uma boa revisada também, mas já peço perdão por qualquer erro grotesco kkkk


Enfim, espero que gostem e tenham uma boa leitura!


Obs.: A fic tem menções a vício em cigarro, tá bem implícito, mas tem, ok? Prefiro deixar avisado no caso de ser um tópico sensível a alguém.


...

Há algo em uma ideia idiota que faz Jimin sorrir abertamente, como um abestado que ganha uma oportunidade boa demais para saber usá-la e torra todo um prêmio com futilidades.

Ele não se importa de qualquer forma. Pelo menos não enquanto fosse jovem o suficiente para poder repensar e pedir perdão no domingo de manhã por todos os seus pecados enquanto ainda acreditasse que uma divindade pudesse trazê-lo algum juízo de uma hora para outra.

— Hora de entrarmos em ação!

O som do chacoalhar da lata de spray alcança sua audição antes que possa ver o loiro sorrindo capcioso em sua direção, já pronto para cometer alguma infração por pura diversão barata.

Jimin gostaria de ter consciência desde aquele momento que seguir o mais velho apenas o traria problemas e confusões. Com muita sorte escaparia de ser detido por agir como um delinquente, mas ele era jovem, merecia ter a chance de se arrepender amargamente da escolha de ir atrás de Yoongi e seus fios rebeldes que balançam com o vento noturno, espalhando seu perfume masculino e forte no ar.

Ele sabe que o outro apenas quer se vingar daquele "sistema de merda" com as próprias mãos. Como se suas manifestações tarde da noite fossem trazer grandes efeitos. O mais novo fingia que sim, por mais que no fim das contas nada mudasse.

Yoongi estava feliz em pelo menos plantar sua ideia, esperando que uma hora ela fosse reconhecida. Por isso as paredes eram seu meio de comunicação, ainda que fosse um perigo para o patrimônio público.

— No dia que te pegarem eu irei te deixar sozinho. Nem encosto nestas tintas — resmunga ao vê-lo balançar o spray de tinta vermelha em sua mão.

— Tem medo de viver, Jimin-ah?

O questionamento faz com que revire os olhos pela ironia, empurrando o garoto, que ri em resposta, antes de começarem uma briga besta de força, sem realmente levarem a sério toda a situação. No fim das contas, Jimin tem as costas contra uma porta de ferro arriada, sendo então riscado com uma linha da tinta até um x ser desenhado em seu peito.

— Agora você faz parte da minha obra de arte.

...

Jimin ainda recordava-se da primeira vez em que viu Yoongi, ele parecia a personificação da liberdade.

Não porque era completamente independente de tudo — já que o mesmo andava com um pirulito volta e meia entre os lábios para suprir a vontade de algo mais danoso, aquilo certamente enquadrava-se em dependência —, mas por seu estilo de vida. Perigoso, no limite da linha do aceitável antes que estivesse com os pés mergulhados em alguma sujeira.

Está bem, não era aquele sentido exato, porém foi o sentimento que preencheu o mais novo ao chegar naquela praça de skate em uma noite carregada de sereno, bebidas baratas e adolescentes tatuados, cheios de piercings e vestes que horrorizavam a maioria dos pais.

LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora