Capitulo 2: Orfanato - parte 1

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Brasil, Rio de Janeiro - RJ
03/10/2099 - 21:43h

O garoto abria lentamente seus olhos, sua visão turva e ouvidos apitando traziam um forte dor de cabeça para o menino, após tudo se ajeitar ele varia uma pessoa entrando pela porta bem a frente, parecia ser uma mulher adulta beirando os vinte e dois anos, ele tenta usar seu poder e fugir mas os hematomas doíam muito, a mulher se aproxima tentando acalma-lo.

– Calma, eu não vou te machucar, fique parado ou ira se ferir mais.

Sua voz era gentil e serena, um sorriso tão belo que a pureza parecia abençoar a menina, seus olhos vermelhos como sangue o hipnotizava, ele estava com medo, era compreensível até, ela tenta convence-lo deque estava seguro agora, ele não confiava cem por cento nela, mas não sabia para onde ir e se continuasse daquele jeito não adiantaria de nada.

– Esta mais calmo agora?

Ele não responde, estava desconfiado dela, o que ela queria? Por que o ajudou?

- Tudo bem, você deve ter passado por maus bocados pra desconfiar tanto assim das pessoas.

- Qual seu nome? - perguntou a garota - Eu me chamo Barbara, como eu posso te chamar?

– Me chamo de A32 - respondeu se mantendo-se atento, sua desconfiança era entendível -

– Isso é uma identificação, de que tipo de lugar você veio?

Novamente não responderia.

– Você deve estar com fome, quer alguma coisa?

Sua barriga ronca um pouco e ele concorda com com a cabeça, ela leva ele para a cozinha no andar de baixo e prepara um lanche para os dois.

- E quantos anos você tem?

- Bem - engole - acho que doze, pelo menos é o que me disseram, vai comer isso? - se referia ao lanche da garota, que negou então ele pega para si -

- Entendo, então termine logo, você ainda precisa tomar um banho.

O garoto termina de comer e ela o leva para o banheiro, no caminho para lá, subindo as escadas que rangiam um pouco, dava-se para escutar o barulho do chuveiro desligando, alguém sai de dentro, seria Lucy, uma garota de pele clara, olhos vermelhos que pareciam rubi, os cachos ondulados e castanhos seriam lindos, ela para em frente a porta e da de encontro com Barbara acompanhando o garoto, a menina o olho de cima a baixo com um olhar de desgosto.

- Barbara, por que tem um arcanjo aqui? Sabe muito bem que "essas coisas" não são confiáveis.

Aquele olhar frio e o desprezo nas palavras da garota davam uma sensação horrível ao garoto.

- Lucy, exijo que você aja com respeito com ele...

- "Ele"? Esse garoto ao menos tem nome? E vou me me trocar, com licença. - a garota vai para um dos quartos e bate a porta com força -

- Essa Lucy, vou ter uma conversa séria com ela - ela olha para o garoto por alguns instantes - sei que parece estranho, mas eu posso lhe dar banho?

Ele não entenderia, afinal, nunca havia sido tratado daquela forma, mas acaba por permitir. Ela esfregava suas costas e braços com a esponja e jogavam conversa fora, bom, pelo menos ela falava e ele escutava. Após o banho, a mulher leva A32 de volta ao quarto, haviam roupas secas para ele se vestir.

- Prontinho, agora você esta bem melhor.

- Qual o seu nome?

- a mulher fica um pouco surpresa pele pergunta repentina - Eu me chamo Bárbara, oh é verdade, você ainda não tem um nome, gostaria que eu te desse um?

SollariOnde histórias criam vida. Descubra agora