Girassóis Para Jungkook | jjk + pjm

10| The Snake and The Elephant

FELIZ 1 ANINHO DE IDADE DE GIRASSÓIS PARA JUNGKOOK! 🌻💙

1 ano atrás eu estava tremendo de ansiedade, com medo de desaprovarem minha obra e de não receber suporte, mas tanta coisa aconteceu!

Eu só sei agradecer, chorar e acreditar que tornar essa obra em LIVRO FÍSICO está cada vez mais real que nunca!

Em comemoração ao aniversário de Girassóis Para Jungkook, eu gostaria que vocês pudessem comentar suas partes favoritas, suas impressões, suas identificações e suas experiências usando a tag #GirassoisParaJK no Twitter ou então no TikTok já que tem muita gente por lá!

O capítulo é o maior até agora. Muita coisa acontece e ele tem um misto de sensações porque eu quero que os leitores sintam de verdade a explosão dentro da cabeça do personagem Jungkook.

Deixem o fav ⭐
É através do fav que vocês retribuem meu trabalho DE GRAÇA e é com base nele que as editoras checam a quantidade de leitor para decidirem se farão livro físico ou não.

Boa leitura! 🌻💙
_____________________________

#GirassoisParaJK
🌻🌻🌻

JEON JUNGKOOK

Crianças são como macacos. Gosto de pensar assim. Já ouviu aquela frase que diz "Macaco vê, macaco faz"?

Minha mãe diz que quando eu tinha 2 ou 3 anos, eu passei a imitar as pessoas da minha casa com base na rotina delas. Logo pela manhã ao acordar, eu caminhava até o espelho da parede, levantava meu braço direito e com a mão esquerda eu tocava na lateral do meu corpo. Repetia o gesto para o outro lado também. Eu provavelmente não sabia a finalidade daquilo, mas fazia porque minha mãe fazia todos os dias por estar sempre atenta ao assunto sobre câncer de mama.

Eu também imitava o Namjoon hyung apesar de ele nunca ter gostado de brincar comigo. Não julgo. Ele costumava tentar chamar minha atenção com os brinquedos dele e eu no máximo ficava parado observando o objeto inanimado. Todo presente que eu ganhava, eu carregava até a prateleira e deixava lá. Não era por não gostar de brincar; eu amava! Fazia isso de um modo diferente: ao meu ver, era divertido organizar os brinquedos por cores. Assim era minha prateleira, meu estojo com lápis de cores e os carros do Namjoon que eu fazia questão de organizar quando ele se distraía.

Mas ele gostava de mim mesmo assim, até me levava para molhar as plantas com ele. Eu não sabia qual a filosofia por trás delas, sabia que ele colocava sementes na terra, molhava e em alguns dias ela crescia. Eu o imitei! Minhas coisinhas nunca cresceram, para falar a verdade, porque eu enterrava biscoitos, pedras e até mesmo alguns ovos que eu pegava escondido na geladeira.

Em relação ao meu pai, não preciso informar que sempre o imitei também, mas o mais importante era que eu não precisava me esforçar. Era como se fôssemos geneticamente iguais e eu gostava de tê-lo como espelho. Meu pai me amava tanto que quando eu saí da barriga da minha mãe e ele ouviu meu chorinho, ele desmaiou.

Quando a Solar nasceu, ele já foi preparado para o desmaio que veio a se repetir. Daí já podem deduzir de quem eu herdei a ansiedade.

Nós, autistas, somos muito visuais. Então o que faz muitos chegarem à conclusão de que nunca iremos entender quando somos rejeitados?

Além disso, quando passamos a compreender a fala e a verbalização, também iremos sentir felicidade, tristeza ou raiva com determinadas coisas ditas. Em meu caso, assim como de muitos autistas, guardamos tudo, ainda mais na infância.

Eu tinha 5 anos quando o diagnóstico foi dado nas mãos dos meus pais. Eles não sabem, mas enquanto eu montava as peças de quebra-cabeças na mesinha da sala de espera, eu ouvi o desespero da minha mãe. Tive um pouco de medo. Ela continuou me amando e sou grato por isso.