Órfãos

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    Chamas ardentes e furiosas que tomavam conta de um orfanato localizado em Archorage no Alaska, qual seria o real motivo de todas aquelas chamas, o desespero era nítido, o qual sumia com uma chuva violenta e repentina, nem o melhor especialista meteorológico saberia explicar o verdadeiro motivo de tamanhos acontecimentos, se fossemos afundo dentro daquele prédio encontraríamos duas jovens as quais sabiam qual era a real causa do desastre, ou melhor explicando elas eram o próprio motivo.

    A história não começa ali, onde tudo era destruído pelo fogo, onde garotas morriam consumidas pelas chamas misteriosas, onde uma chuva forte tomava forma e lutava com o fogo, não foi nem perto do real começo, para ser sincera elas não sabiam o real começo, mas essa não é a parte da história que eu vou contar agora, devo começar aonde as coisas mudaram e se transformavam em uma nova história, essa vai ser a história de como eu morri, como eu sobrevivi, como eu amei, como os olhos de alguém me fizeram enxergar além na minha própria percepção, o ponto de partida de algo que não teria um final tão cedo, seria uma história longa, mesmo sendo contada por mim, eu terei plena consciência de manter meus sentimentos fora durante esse tempo, afinal lendas e histórias boas são normalmente contadas por terceiras vozes, eu serei a voz da meu conto final.

...

    Naquela tarde havia uma briga no pátio do orfanato envolvendo duas jovens nem um pouco normais, elas escondiam um segredo, ambas dominavam um dos quatro elementos, água e fogo, ninguém ali naquele prédio velho sabia sobre algo dessa proporção. Conflitos eram algo comum naquele lugar cheio de garotas interessantes com personalidades fortes o suficiente para torturar alguém se preciso, mas o sentimento dessa vez era intenso e explosivo, nem um pouco como sempre onde as brigas acabavam e o ódio diminuiu com o tempo, dessa vez as palavras ditas foram diferentes e agressivas, era a última gota.

-Você é uma garota bem problemática e pouco interessante, quem me garante que não foi você que colocou fogo na casa com o próprios pais dentro.- Louise a garota ruiva alta, com personalidade forte insistia em provocar qualquer uma.

    Louise era uma garota problemática que sempre arrumava confusão com as nossas garotas especiais, algo do passado que deixava essa garota cada dia mais perturbada, talvez fosse inveja de ambas terem sido adotadas enquanto ela não saia daquele inferno e ao mesmo tempo desprezo, no final das contas as duas jovens místicas acabaram voltando ao ponto de partida, um lugar nada agradável de se estar.

-Não fale coisas que não são da sua conta.- Amber a garota das chamas tentava manter a calma, por mais que doesse ter auto controle.

    Amber desde que se lembra conseguia controlar o fogo ou até se tornar as próprias chamas, era algo que ninguém ali precisava saber, apenas Faith a sua irmã adotiva e seus pais adotivos, agora mortos em um incêndio, irônico não? Ela não era a causa deste infeliz acontecimento, mas no fundo sentia a culpa de não chegar em casa a tempo para impedi-lo. 

-Se você continuar agindo na defensiva vão pensar que eu tenho razão.- a ruiva continuava.

-Já chega Louise, qual é o seu problema com a minha irmã?- essa por sua vez era Faith irmã adotiva de Amber, mas essa parte de história não vai ser relevante agora, a parte em que um casal adota duas garotas estranhamente especiais, fica para um próximo capítulo.

-Qual seria o problema de ter uma irmã assassina não é mesmo, mas essa psicopata me assusta, vocês duas me assustam para falar a verdade, duas garotas estranhas, eu que pergunto qual é o seu problema comigo?- Louise ria enquanto provocava ambas.

    Amber não aguentou e deu um tapa em Louise, começando assim uma confusão, as duas se batiam de forma impossível de separar, era algo possível para Faith a garota com total domínio da água, porém ela não queria ter que usar sua habilidade naquele momento, embora Louise não conteve forças e bateu em Faith logo depois puxando seu colar a trazendo para perto, o colar arrebentou com tamanho ato arrogante, as duas irmãs agora no chão imóveis se encaravam, era quase como se ambas quisessem desaparecer, mas a expressão facial de Faith era ilegível, Louise saiu com o colar na mão sem falar uma palavra.

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