Um sopro de vida

182 12 23
                                    

Após usar seu poderoso Genjutsu, os corpos do suposto líder da Akatsuki jaziam inertes no chão, cada um com uma enorme espada cravada no peito.

_ Bom, missão cumprida!_ falou Jiraiya, terminando de enfiar uma das espadas no peito do último cadáver _ Admito que essa foi por pouco!

_ Você foi muito bem, Ji-chan! Quando voltarmos para casa, garanto que minha querida Shima fará uma deliciosa sopa de besouros pra gente!_ falou o velho Fukasaku, sobre o ombro do albino.

_ Sim, daqueles bem rechonchudos, do jeito que meu velho gosta!_ respondeu Shima que, mesmo brigando com seu marido às vezes, a velha sapa admitia que adorava seu companheiro.

Jiraiya riu do casal de sábios que tagarelava em seu ombro, discutindo sobre qual seria a melhor opção de refeição para o jantar. Mesmo adorando os anfíbios e querendo jantar com eles, a cabeça do Sannin só conseguia pensar na aposta que fizera com Tsunade, a mulher da qual ele amara durante toda vida. Ele com certeza já conseguia visualizar em seus pensamentos aquela carinha de susto dela, ao vê-lo cruzar os portões da vila, um pouco desleixado por causa do embate e da longa viagem, mas com seu eterno sorriso brincalhão estampado no rosto. Ele não queria admitir mas, estava se corroendo de curiosidade em saber como Tsunade pagaria sua aposta já que, com ele voltando são e salvo da missão, o título de Lendária Otária ainda pertencia a ela. É claro que, como um homem de respeito, jamais forçaria sua velha amiga de equipe a ficar com ele, porém, sabia que Tsunade era mulher de palavra, que pagava suas apostas mesmo que demorasse um pouco. Jiraiya sabia que a mulher estava quebrada por dentro, pois sua vida fora repleta de tragédias e perdas que ele nem conseguia mensurar mas, conseguia sentir que lá no fundo daquele coração de pedra que ela possuía, poderia haver amor, um amor que Tsunade poderia sentir por ele.

_ Ji-chan, melhor irmos andando. Acho que vai desabar um toró daqui a pouco!_ falou Fukasaku, fitando as nuvens negras que se andensavam no céu.

_ Oxi aqui chove demais, homi! Esse povo que mora aqui, vai gostar de chuva assim lá no brejo, vá!_ respondeu Shima, apertando sua capa negra contra seu corpo.

Jiraiya ouviu os conselhos do casal de anfíbios e seguiu para fora daquela caverna, dando uma última olhada nos corpos dos inimigos fincados no chão. Ele iria invocar seu sapinho cabaça e voltar para a aldeia com ele e, durante o caminho, iria escrever tudo o que descobrira a respeito do tal Pain em seus pergaminhos, para reportar a Godaime e ao esquadrão Anbu. Porém, antes que pudesse invocar o sapo para sair daquela terra inóspita de Amegakure, escutou o grito rouco de Fukasaku em seu ouvido.

_ Ji-chan, cuidado!

Jiraiya quase não teve tempo de se esquivar, ouvindo o zunido de uma lâmina passar rente ao seu rosto. Se não fosse a destreza do senhor Fukasaku, que pulara rapidamente, com uma kunai em mãos para proteger seu discípulo daquela lâmina afiada do inimigo, com certeza o braço do albino teria sido arrancado ali mesmo!

_ Meu velho, o que foi isso!?_ gritou Shima desesperada, vendo seu marido protegê-los contra uma enorme adaga afiada _ De onde veio isso!?

Não tiveram tempo de responder a senhora, pois bem na frente deles surgiu a maldita marionete careca, que os olhava com aquele sorriso cínico e com aqueles olhos liláses de círculos concêntricos. A sua adaga afiada como uma navalha já estava pronta para atacá-los novamente!

"Merda, eu esqueci dele!?"- pensou Jiraiya.

A situação ali não estava nada favorável pois, o modo sábio e o genjutsu que Jiraiya usou para derrotar os inimigos, gastara grande parte de seu chakra e seu corpo todo doía de cansaço já que, mesmo sendo um homem forte, Jiraiya já não era mais aquele jovem enérgico que um dia fora.

Até o último minuto (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora