CAPÍTULO 22

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JOSHUA:

Saímos do carro e minha mulher sai praticamente correndo e indo em nossa frente, seguro as mãos dos meninos e Henrique se encolhe contra mim quando três garotos aparecem junto com um homem e uma mulher.

— Eles que te machucaram?

Pergunto me abaixando para ficar na sua altura, meu filho assente e funga, o pego no colo e seguro a mão de Pedro que encara os três garotos como se fossem matá-los a qualquer momento, esse é meu garoto. Mesmo eles não sendo nossos filhos biológicos, mas eles têm nossos sangues, menos Pedro, ele não tem meu sangue, mas mesmo assim Pedro tem minha personalidade todinha, enquanto Henrique é delicado, calmo e não gosta de violência assim como Any.

— Eu vou te matar sua vadia desgraçada

Any vai para cima da professora dos meninos e a derruba no chão. Suspiro tirando meu Pincher de cima da professora e ela me olha, tá ok eu nunca tive medo de alguém, nem de nada, apenas de perder Rebeca, e agora eu estou com medo dela.

— Me solta agora

A solto e ela ajeita seu cabelo

— Em casa a gente conversa

Vamos até a diretoria e Any entra sem mesmo bater na porta.

— Senhor e senhora Beauchamp, é um prazer tê-los aqui

Exigi que ele chamasse minha mulher assim.

— Prazer merda nenhuma, machucaram meu filho, meu bebê, três meninos e a vadia da professora, eu exijo que dê uma boa punição neles, caso contrário eu coloco essa escola a baixo

Fala e se senta na cadeira. Logo os três meninos entram com quem acho que devem ser seus pais.

— Papai, eu tô com medo

Henrique sussurra e parece agoniado, abro a bolsa de Any e pego a chupeta dele colocando em seus lábios, minha mulher sai e eu tenho que ficar carregando, agora eu tenho que escolher quais combinam comigo.

— Está tudo bem, eles não vão machucar você, meu amor.

— Boa tarde senhor Conan

O homem fala e a mulher faz a mesma coisa, seguro minha risada observando ela ser possessiva com ele, sei disso porque estudei linguagem corporal.

— Bom, ontem o garoto Henrique foi espancado por, Nick, Pietro e Brandon ontem e o garoto Pedro separou a briga, mas logo em seguida começou outra quando bateu nos três. Alguém pode me explicar como isso aconteceu?

— Fala, meu amor

Murmuro para Henrique que assente e tira a chupeta.

— Antes dele falar pode vir mandar a professora dele aqui agora

Any fala com Pedro no colo, o diretor assente e chama ele por telefone, em um minuto mais ou menos a professora chega e olha temerosa para Any

— É bom ter medo mesmo. Pode falar, meu bebê.

— A professora Diana me acusou de ter colado na prova, mas eu não colei porque a mamãe e o papai sempre me ajudam estudar, eu disse que não tinha feito isso, mas ela não acreditou e apertou aqui

Aponta para seu braço perto do ombro

— Com força me mandando sair da sala. Eu saí e fui até um lugar mais afastado e coloquei minha chupeta, já que me acalma e eu gosto, mas eles...

Não termina de falar e soluça abraçando meu pescoço

— Eles me bateram muito, e eu gritava de dor, mas o único que se importou e me ajudou foi meu irmão.

— Lógico, essa aberração com sete anos de idade fica usando chupeta

Um dos garotos fala e eu juro que se não fosse criança eu matava, mas acho que minha mulher não pensa desse jeito.

"Será que a mamãe deixa eu bater nele?"

Sorri com a pergunta de Josh e suspiro fazendo carinho nas costas de Henrique.

— Aberração é você, fala assim do meu filho de novo e eu chamo o monstro para te abraçar enquanto você dorme

Any fala e Pedro ri encostando a cabeça no meu ombro.

— Sua mãe é incrível

Sussurro beijando sua cabeça.

— Monstros não existem.

— Existem sim, eles vivem dentro do seu armário e observa as pessoas ruins toda noite, e após uma maldade eles deitam com você e te torturam

Aperto sua mão e a olho pedindo para ela ter um pouco de controle. 

— Os três levaram uma suspensão de uma semana e cada um vai copiar dois livros de matemática inteiros, quem não terminar os dois vai ficar de castigo durante um mês, aqui a de cada um

O diretor entrega três papéis para o homem que olha bravo para os filhos.

— Bem feito, idiotas. Mexem com meu filho e acham que não vão levar nada é?

Any ri.

— Peço desculpas pelo o que os meninos fizeram. Os três peçam desculpas para o garotinho

O pai deles fala e os meninos bufam olhando para a mãe

— Eu disse agora.

— Desculpas, Henrique Falam ao mesmo tempo e meu filho assente.

— Tudo bem

Fala enrolado pela chupeta em sua boca.

— Podem se retirar

Os cinco saem e ficamos apenas nós

— Professora Diana, o que te faz pensar que pode agredir e acusar um aluno?

— É Diana, fala Diana

Minha mulher fala e eu pressiono os lábios para segurar a risada.

— Eu vi ele colando, ele é um mentiroso, e eu não agredi ele.

— Meu filho não mente, olhem, o braço dele está marcado, está roxo por conta que você machucou ele, é só olhar as câmeras

Falo tentando manter a paciência.

— Não será necessário, eu mesmo já vi e Henrique falou a verdade.

— Vadia mentirosa, eu te mato

Any vai para cima dela novamente e eu apenas observo, minha mulher não tem um único arranhão, mas se tiver eu mato Diana e pior forma.

Eu sei que sou um pouco protetor, tá eu sou extremamente protetor, mas ela e esses meninos são tudo pra mim.

— Pronto. Ela vai ser demitida né

Fala se recompondo.

— Vai, fiquem tranquilos que isso nunca mais irá se repetir, e parabéns, Pedro, por ter sido corajoso e defendido seu irmão

O diretor fala e eles apertam as mãos.

— Obrigado

Any sorri orgulha e olha para Diana.

— A gente ainda não acabou.

— Para que defender tanto uma aberração?

— É o seguinte, é do meu filho que estamos falando, meu filho. Eu te machuquei e posso te machucar muito mais, posso acabar com sua vida, experimenta tocar no meu filho e eu te mostro o caminho do inferno

Meu orgulho essa mulher.

AMOR INUSITADO- BEAUANY (ADAPTAÇÃO) CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora