UNO

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Era mais um dia normal na U.A. Todos assistiam suas aulas normalmente, conversavam e tudo mais.

Mas em uma das aulas teóricas do nosso querido professor sonolento, que não virou uma borboleta ainda por puro capricho, sua explicação foi interrompida por uma batida na porta.

— Entre. - Pediu, parando de escrever no quadro.

O diretor em pessoa apareceu em seguida, surpreendendo-os.

— Aizawa-kun, desculpe interromper sua aula mas poderia levar o Midoriya-kun por um instante?

— Nhm, claro. Vá criança-problematica.

— Você fez algo Deku-kun? - Questionou a acastanhada em um sussurro, ele nevou com a cabeça.

Saindo da sala então depois de uma reverência respeitosa de agradecimento ao seu sensei, o esperneado parou em frente ao diretor.

— Queria falar comigo Nezu-san? - Parou na frente da porta, em frente ao animal branco.

— Venha, tem alguém aqui fora querendo te ver. - Sorriu, saindo do lugar e levando o esverdeado junto.

"Me ver? Quem? Mamãe não viria aqui se não fosse algo urgente... " - Pensou saindo da sala.

Assim que o mesmo saiu de sua sala de aula, e que a porta atrás de si foi fechada, olhando para o lado esquerdo ele pode ver alguém que pensou que nunca mais fosse ver. Alguém que mesmo que se tenha passado anos, como nesse caso, iria reconhecer de qualquer jeito e forma.

Esse era seu pai, Midoriya Hisashi, ex-marido da sua mãe.

— Bem, bem! Tenho que terminar algumas verificações. Se me derem licença! Estarei por perto, caso precisem de alguma coisa. - Disse o rato, saindo sem esperar resposta.

Alguns segundos de silêncio se passaram, com apenas os dois se encarando.

—  Você... - O encarou ainda atônito.

— Izuku, quanto tempo. - Tinha um sorriso falso no rosto.

— Não me chame desse jeito, porque está aqui? - Tentava manter a calma, não queria fazer um escândalo no meio do corredor.

Porque diabos o diretor os deixou aqui? Porque não perguntou se ele seria bem vindo antes de colocá-lo em uma situação como essa!? Izuku fervia de raiva controlada.

— Como assim filho? Eu vim te ver. - Sorriu mais uma vez.

— Você não tem o direito de me chamar assim Hisashi, anda logo, o que você veio fazer aqui?

— Bem, vim ver você antes de ir visitar a Inko e—

— Não ouse, chegar perto dela! - Aumentou o tom de voz.

Oh, como é garoto?

— Vá embora, eu não quero ver você perto de mim e muito menos da minha mãe. - O encarou sério.

— Você está muito mimado garoto, venha, vamos pra casa. - Ia chegar perto do esverdeado para o puxar pelo braço, mas o mesmo esquivou.

— NÃO ENCOSTA EM MIM!

— EU SOU SEU PAI GAROTO, ME OBEDEÇA! - Começou a ficar irritado.

PAI? AGORA VOCÊ É MEU PAI!? VOCÊ FOI EMBORA E ME DEIXOU COM A MÃE! A GENTE NÃO TINHA NADA GRAÇAS A VOCÊ! - Começou a gritar irritado.

— ELA TEVE QUE SUSTENTAR NÓS DOIS SOZINHA, PORQUE UM FILHO DA PUTA A LARGOU SOZINHA E SEM UM TOSTÃO COM UM FILHO DE CINCO ANOS PRA CUIDAR!

—OLHA COMO VOCÊ FALA COMIGO MOLEQUE! - Aproximou-se um passo.

Retorno.Onde histórias criam vida. Descubra agora