— Bom dia. — desejo assim que entro na sala de jantar, onde está meus pais e minha irmã mais velha.
— Acordou tarde, Any. — minha mãe me encara negando com a cabeça.
— Foi dormir que horas? Tarde, certamente. — meu pai cruzou os braços, e revirou os olhos.
— Só por causa disto, não acho que minha irmãzinha deveria tomar o café da manhã conosco, imagino que deveria ir com os empregados. — murmura Gabriella, minha irmã.
— Concordo. E você também concorda com a nossa filha, né Cézar? — encarou meu pai, com olhar mandão, que então concordou.
Seguro toda minha vontade de pegar o garfo que fica ao lado do meu prato, na mesa, e enfiar na cara das duas jiboias e do cão de guarda delas. Pego meu prato e meus talheres, então sigo caminho até a cozinha que os funcionários trabalham.
Ao entrar lá, Henrique, Noah, Elza, Sofya e Sina me encaram, e então já sabem oque aconteceu. Não seria novidade para nenhum deles que meus pais escutaram a jiboia filha, e me expulsaram de comer com eles. Noah me encara, e concordo com a cabeça, sabendo oque ele quer saber com o olhar.
— Vou comprar sua passagem. — avisa, abraçando a mulher e a filha.
Ali eles eram uma família. Noah e Sina são casados, e tem Sofya como filha, e Henrique e Elza são um casal de idosos, pais de Sina. Noah é meu irmão, ele trabalha aqui em casa e na empresa em que ele montou. Meu pai, ao saber que ele havia engravidado uma das empregadas, surtou e o rebaixou com filho sem grana.
Ele não recebe um tostão de mesada, não sai da carteira do cão de guarda nem 10 reais, para meu irmão. Ajudo as vezes com minha mesada do mês, que ainda recebo, não graças às jiboias.
— Oque aconteceu desta vez, pequena Elly? — Elza se aproxima.
— A idiota da minha irmã, pra variar. — Sina revira os olhos, acompanhada de Elza e Henrique, Sofya ri da feição deles.
— Manda ela tomar no cu, e sai desfilando com os seus saltos poderosos. — a loira diz, com um longo sorriso na cara. Enquanto alimenta minha pequena sobrinha.
— Se fazer isto, sou deserdada e expulsada da casa, e se bobear as jiboias fazem meu pai tirar meu sobrenome, para não manchar a imagem deles. — me encosto na cadeira, mordendo um pão com mortadela.
— Faz sentido. — Elza responde, e começando a lavar roupa.
|...| Em menos de trinta minutos, o gêmeo de Gabrielly chega. Entra pela porta de serviço, jogando a passagem de trem e o celular dela, para ela, que com seu bom reflexo pega. Ligando ele, e teclando o nome de Joshua, ao clicar na mensagem, escreve pra ele.
Oque está fazendo, bê? | 11:30
Indo pra soverteria.
Aconteceu algo, Ells? | 11:32
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𝗾𝘂𝗲𝗺 𝗺𝗲 𝗲𝗻𝘁𝗲𝗻𝗱𝗲 𝘣𝘦𝘢𝘶𝘢𝘯𝘺
Fanfiction| 𝗢𝗻𝗱𝗲 Any vai para a sorveteria de Joshua para esquecer de sua vida em casa, por pelo menos algumas horas.