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|Abigail Johnson|

Suspirei pesadamente e abri a porta, o meu pai estava virado de costas para a mim a abraçar a minha mãe e sem hesitar sorrio com a imagem

Corro até ao meu pai e envolvo os meus pequenos braços em volta da sua larga cintura e sorrio contra as suas costas, ele vira-se rapidamente para mim e abraça-me apertado.

"Pai" eu rio " Não consigo respirar"

"Oh pois, desculpa Abs" ele sorri

"Nunca mais conduzes na vida" eu digo olhando séria para ele.

"Eu tenho 45 anos Abigail, sei tomar conta de mim" ele responde e eu reviro os olhos.

"Não parece" eu resmungo baixinho e ele suspira.

"Não vamos discutir, chega aqui Abby" ele abre os braços e eu sorrio com o nome que ele me atribuíu. tal e qual o Harry.

"Também tu?" eu rio e abraço-o novamente, ele faz uma cara desentendida e eu fico vermelha enquanto olho desesperadamente para o outro lado da sala.

"N-nada" eu rio nervosamente.

"Então quem é a tua amiga, filha?" a minha mãe responde com veneno na voz e raiva nasce dentro de mim.

"Que amiga, mãe?" eu sorrio provocadora e ela olha-me com uma sobrancelha levantada.

"A que foste dormir em casa dela"

"Oh, é a uh Harriet" eu digo o primeiro nome que me vem á cabeça e dá-me uma súbita vontade de rir pela escolha do nome da minha suposta "amiga"

"Oh como a conheceste?" ela pergunta fingindo interessada enquanto o meu pai se senta no sofá e nós o seguimos para nos sentarmos também.

"Num café aqui perto, ela é uma rapariga bastante agradável" eu sorrio

"Ela mora com os pais?"

"O que isso importa mãe, porquê este interrogatório?" eu reviro os olhos para a provocar e quando a observo vejo que está a resultar pois a sua cor está a mudar para vermelho.

"Realmente, Giselle, deixa estar a rapariga, ela precisa de ter amigos da sua idade" o meu pai fala e eu concordo com a cabeça.

"Agora se não se importam, vou tomar banho, com licença" eu digo e subo as escadas rapidamente.

Entro no meu quarto e pouso umas calças de ganga um pouco justas e uma t-shirt que acabava no iníco das calças e a minha roupa interior em cima da cama, quando a minha mãe entra a passos largos no quarto e num movimento rápido me empurra contra a parede e eu puxo o ar entre os meus dentes enquanto gemo de dor.

"Deves-te achar espertinha oh pirralha" ela diz e lágrimas ameaçam caír, mas rapidamente fecho os olhos com força e olho-a com raiva., depois de os abrir.

"Querias jogar joguinhos era, mãe? Bem que ganhe a melhor" eu mando-lhe um sorriso provocador e ela ri-se sem humor.

"Deves pensar que estás nos the hunger games" ela diz e empurra-me de novo contra a parede e sinto as minhas omoplatas embaterem fortemente contra a dura parede do meu quarto.

"Não, apenas te digo que não me vou rebaixar mais á tua conta" eu digo elevando o meu tom de voz e empurrando-a de novo para a porta.

"AGORA SAI DO MEU QUARTO" eu grito e fecho-lhe a porta com força na sua estimada cara de cabra.

Deslizo pela parede enquanto lágrimas começam a escorrer pelas minhas bochechas e encontro-.me a desejar que Harry estivesse aqui para me limpar todas as lágrimas e cantasse ao meu ouvido canções calmas e relaxantes.

Color Blind [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora