Vinho, chuva você!

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Pov Alessandra:

Era por volta das onze horas da noite, quando encerramos a gravação daquele dia. Hoje havíamos gravado cinco cenas da novela, orgulho e paixão, eu estava exausta. Ando à caminho do camarim para me trocar, no caminho encontro Gabriela, que estava ainda no projac, ela também havia gravado hoje, mas estávamos em set diferentes. Por mais que, sempre contracenavamos juntas hoje não teve nenhuma cena com ela, e por esse motivo eu não tinha trocado muita palavra com a mesma. Quando me dou conta, Gabi vem em minha direção. Ela está de calça jeans, e uma regata escrito "love", já havia tirado sua roupa das cenas de hoje. Eu ainda estava com a caracterização da última cena, um vestido daqueles de época mesmo. Ultimamente eu ando à observando mais, não sei oque de fato está acontecendo... mas ela tem me chamado muito à atenção, esses dias me peguei mirando seus lábios, eles são lindos, não tem como negar. Não estou me entendendo, este pensameto não é de uma pessoa que diz ser "hetero ". Nunca tive nenhum envolvimento com alguém do mesmo sexo, para dizer que sou gay. Mas, estou estranhando esse fato, de eu estar sempre pensando na gabi, ou então à observando. Ela é linda, uma mulher muito linda. Qualquer pessoa ficaria encantado com sua beleza, eu mesma estou. Não irei mentir, já tive sonhos com ela, e bom... o sonho está me fazendo à olhar com outros olhos.

- Oie Alê - Diz gabi assim que chega até onde estou, eu sorrio e à respondo.
- Oii Gabi, ainda por aqui? - A pergunto olhando mexer em seu cabelo.
- Sim, eu acabei à pouco tempo fui até o camarim e me troquei. Estava esperando você, queria te fazer um convite- Ela diz sorrindo. Eu franzi a testa, e à respondi surpresa.
- Um convite? O que seria? - A indago.
- Que ir jantar comigo? Assim colocamos o papo em dia. - Eu semicerro meus olhos, a encaro, fico à observando e por fim, resolvo responde-la.
- Ah sim, aceito sim gabi. Eu só preciso me trocar, você espera? - Alguma coisa me diz que, por trás deste convite existe algo à mais, sorrio com a ideia do "algo à mais ".
- Espero sim, alê. Pode se trocar tranquila, enquanto isso eu vou até o banheiro. - ela diz olhando às horas, em seu relógio de pulso.
- Tudo bem então, daqui uns cinco minutos estou pronta, até daqui a pouco. - Digo entrando em meu camarim.

Pov Gabriela:

Hoje eu preciso chamar, a Alessandra para um jantar. Ela não saiu dos meus pensamentos, se quer um minuto por esses dias. Eu notei o jeito que ela vem me olhando, ela tenta disfarçar mas eu já percebi. Alessandra acha que engana alguém, ela tá enganando é ela mesma achando que é hetero, coitada! Vou aproveitar hoje mesmo, quando ela terminar as gravações, eu já terminei às de hoje, é uma pena não ter contracenando com a mesma hoje, ela faz falta. O calor dela faz, por mais que eu não o sinta por completo -ainda- mas, mesmo assim faz falta. Aquela mulher transmite tantos desejos em meu ser, que até parece que ela é de outro mundo. É, realmente hoje ela não irá fugir de mim, não mesmo. Vejo à hora e já são quase onze horas, resolvo então sair do camarim talvez às gravações já está terminando, assim é mais fácil de encontra-la. O seu camarim fica perto do meu, bem provável que a mesma já tenha terminado de gravar, assim que saio a vejo, então espero um pouco e resolvo criar coragem, e ir até ela.

- Oie Alê(...)

Ela aceitou! Pronto, agora é só esperar ela se arrumar. Eu vou até o banheiro, e passo um batom em meus lábios. Saio do mesmo, e vou até o camarim dela.

(Bate à porta) - Posso entrar, Alê? - Pergunto, para não invadir o espaço da mesma.
-Pode sim, gabi. Estou colocando meus sapatos. - Ela responde, e eu adentro seu camarim.
- Onde você irá me levar para jantar? - Ela pergunta, já terminando de colocar um par de seus sapatos.
- Ah, vai ser em casa mesmo, Alê. Algum problema para você? - Pergunto sentando em uma poltrona que havia ali.
- Lógico que não, eu com toda certeza irei amar. E é muito melhor, quando estamos em lugares que não tem muitas pessoas, não é? - Ela diz sorrindo e pisca os olhos. Balanço a cabeça em negação à um pensamento nada puro, e a respondo. - Com toda certaza, amiga. Alessandra por fim, termina de se arrumar, e então seguimos até a saída do projac. O tempo estava frio, e pelo jeito iria cair uma baita tempestade.

Únicos, NegriduOnde histórias criam vida. Descubra agora