Terça-feira, o segundo dia da semana e Sugawara já queria morrer. Era demais pedir por paz? Para seus companheiros, sim. Quando era o fim de semana mesmo?Nesse dia todos pareciam particularmente atacados. Tsukishima já chegou falando que em hipótese alguma ia ficar atendendo. Takana estava particularmente distraído fazendo um bolo. Noya estava junto de Hinata, os dois estavam agitados e cochichando algo, sentia o problema a caminho. Kageyama estava atendendo e o de cabelo de amora claramente não levava jeito para aquilo.
— Dois..dois... — Dizia o jovem confuso.
— Dois cafés e um sanduíche de frango... — Repetiu um cliente paciente.
— Certo...Como funciona isso mesmo? — Dizia Kageyama confuso com os botões que deveria apertar para realizar o pedido.
Sugawara suspirou. O mais novo poderia ser um gênio em muitas coisas, mas era um lerdo se tratando de conversar e anotar pedidos.
— Quer me deixar cuidar do caixa por hora? Quando o movimento diminuir eu te explico de novo como o sistema funciona, pode ser?
O azulado concordou com um murmúrio e Sugawara assumiu o lugar de Kageyama, o deixando com a entrega de pedidos, e se tornou alheio ao caos que já ameaçava se instaurar. PIOR DECISÃO DO DIA. Enquanto atendia os clientes, Hinata e Noya colocavam seu plano diabólico em ação.
Kageyama, tão inocente, tão puro, uma vítima perfeita para a dupla de baixinhos criativos.
— KAGEYAMA!
Chamou Hinata exageradamente alto, sorrindo de modo suspeito de orelha a orelha.
— O QUE FOI HINATA-BOKE?
Respondeu o azulado tão alto quanto o colega. Sugawara se virou olhando feio para ambos e voltou ao trabalho quando os dois o olharam assustados e silenciosamente decidiram que conversariam em uma altura normal.
Kageyama se aproximou de Hinata e Noya. Ambos com expressões estupidamente sérias.
— Precisamos de você, Kageyama! — Apontou Nishinoya para o mencionado.— Precisamos que você faça algo de extrema importância!
— Extrema importância?
O mais alto da conversa perguntou confuso.
— Sim, de extreeeema importância.
Afirmou o alaranjado frisando o quão "extrema" era a suposta situação. Os baixinhos seguraram risadas ao ver que Kageyama parecia já bem convencido pelo pouco que falaram.
— O que eu preciso fazer então?
O cabelo de amora perguntou.
— Bem...
Começou Hinata.
— Precisamos que nos ajude a entregar esse cupcake! É muito importante isso!
Completou o acastanhado. O Kageyama franziu as sobrancelhas em pura confusão.
— Mas por que seria tão importante assim entregar um cupcake?
Hinata olhou Noya e Noya olhou Hinata, a cumplicidade explícita entre ambos.
— O Sugawara não te contou?
Perguntou o alaranjado contendo uma risada.
— Contou o que?
Disse a vítima claramente mais confusa a cada segundo.
— Isso não é bom, não é bom...— Noya falou balançando a cabeça. — Como ele se esqueceu de te falar algo tão importante!
Hinata concordou com a cabeça.
— Mas o que diabos é tão importante?
Perguntou Kageyama aflito.
— Minha vez de explicar, posso Noya senpai?!
O alaranjado exclamou alegremente.
— Claro, meu pequeno gafanhoto.
Noya cruzou os braços orgulhoso da criatura que estava criando.
— Então... Suga-san nos deixou responsáveis por fazer uma receita super importante! Achamos que deu certo, mas nosso querido chefe disse que era importante conseguir a opinião dos clientes, mas nós não podemos deixar a cozinha... É aí que você entra!
— Eu entro?
— Você entra! Haha. Você, Kageyama vai entregar esse cupcake festivo ao nosso tão estimado experimentador! — Exclamou Hinata com um sorriso estranho. — Tá vendo aquele policial ali? — Apontou para Daichi. — Você deve levar para ele!
Kageyama concordou com a cabeça.
— O Cupcake!
Falou Noya acendendo uma vela e colocando a no doce.
— O Cupcake!
Falou Hinata pegando o alimento com a vela que o Noya acendeu e dando ao Kageyama.
— Por que a vela?
Perguntou Kageyama confuso. Por um momento Nishinoya e Hinata não sabiam o que falar, mas logo o acastanhado veio com uma desculpa.
— É aniversário dele!
Falou sem pudor. Sem mais perguntas, Kageyama partiu com o doce. Os dois diabinhos seguravam risadas só observando o plano maléfico entrar em ação.
O azulado se aproximou de Daichi, sem jeito para entregar o "pedido". Ele estava tentando desastrosamente se explicar quando.... BOOM. O Cupcake explodiu! Glacê sujou os rostos de ambos os homens e Kageyama deu tela azul. Noya e Hinata riam como hienas.
Sugawara, que ainda atendia no balcão, pulou com a mini explosão, e para sua surpresa, Kageyama parecia ter pifado de vez coberto de glacê e o policial que roubara seu coração ria achando aquela situação, por mais que tivesse se sujado também, engraçada. Rapidamente o platinado colocou os olhos nos dois projetos de atendente que trabalhavam com ele e riam adoidados. Não ia ficar barato o que fizeram com,não só seu amado, mas seu inocente pupilo! Irado. Ele chamou Tsukishima.
— Pro. Balcão. JÁ!
Ordenou com uma expressão tão assustadora que nem mesmo Tsukishima conseguiu negar a ordem. Com o loiro em seu lugar, Sugawara saiu a passos largos até a dupla.
— Gostariam de explicar?
Perguntou com um sorriso assustador. Os amigos ficaram alheio às intenções do homem.
— Criamos um cupcake explosivo! Genial! Hahaha.
Falou Noya.
— Foi a coisa mais divertida que eu fiz na minha vida.
Falou Hinata.
— Se foi tão bom assim, acho que vocês devem estar preparados para a punição.
Disse calmamente Sugawara com um sorriso. Finalmente ambos pareceram reparar a situação que estavam. Sugawara os arrastou até a dispensa. Dizem que até hoje Noya e Hinata conseguem ouvir o sermão de Sugawara quando passam por ali.
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Mais um capítulo fresquinho saído do forno! Agradeçam ao meu último surto de escrita por esse!
Obrigada pela leitura e até o próximo capítulo!
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Starbucks
FanfictionFazer bebidas? Fácil! Preparar doces? Fichinha Salgados? Preciso responder? Lidar com clientes? Pode ser difícil. Tudo enquanto tenta conquistar o policial gato! Não é tão difícil assim! Espera... Aquele é o Hinata correndo com o carrinho de carga...