O Que Sou Senão Uma Winchester?

A viagem- parte 2

   Os três passaram juntos pela porta de entrada do motel, Dean e Sam dos lados de Isadora, que andava como um ar de superioridade pela entrada. A menina entrou olhando o saguão do local, não parecia ser um local cinco estrelas, ou três estrelas, mas dava para passar uma noite ou duas ali.

    Após essa pequena varredura feita, eles se dirigiram ao balcão onde tinha uma senhora. Que  aparentava ter uns 45/50 anos.  Estava lendo um livro razoavelmente grande, talvez fosse uma pequena versão da bíblia, talvez fosse algum romance, imaginou Isadora. Que rapidamente tentou ignorar esses pensamentos enquanto cumprimentava a mesma. 

   - Olá- disse logo após Dean tocar um sino que estava sobre o balcão, e Sam já ter cumprimentado a recepcionista.

   - Pois não ?- falou ela após posicionar um marca página em seu livro e o colocar em um canto do balcão- Desejam um quarto para três ? 

   - Aah..., na..aão, nós só queremos três quartos separados por favor- respondeu Sam tentando ser respeitoso e não mostrar que estava envergonhado, junto com o resto do trio- Nós somos irmãos hehe - completou ele, rindo em um tom de voz mais baixo do que antes. 

   - Ah siim, me desculpe - completou a mulher enquanto abaixava a cabeça, com o rosto corado de vergonha, e começava a digitar algo em seu computador. 

   - Aqui estão. Os números dos quartos são : 101, 102 e 103. - dizia enquanto entregava a chave do 101 para Dean, do 102 para a menina mais nova e do quarto 103 para Sam, e completou no final-  Obrigada pela 0hospedagem, agradecemos muito pela preferência. 

 A recepcionista tinha levado apenas dois ou três minutos no computador até a entrega das chaves, por isso Isadora estava feliz de finalmente ter passado por aquilo rapidamente, para ela  cada um dos minutos passados se pareciam mais com horas e horas seguidas. Por tal acontecimento finalmente ter acabado, a garota soltou um longo suspiro e rapidamente seguiu um outro funcionário que foi designado para levar o trio até os quartos que foram alocados.

 Cinco minutos mais tarde eles haviam chegado as portas de seus quartos. Um dormitório ao lado do outro, com placas já gastas sobre a entrada que ajudavam a identificar a numeração de cada um dos pequenos ambientes. A fechadura era parecida com algumas antigas de ferro, que tinham diversos detalhes. As fechaduras dessas portas também eram feitas de ferro, o que Sam achou estranho. Para que um motel precisaria de coisas de ferro se as pessoas no geral iam pra lá apenas pra transar e fumar ? E ainda mais em um motel que não chegava a ser três estrelas. Pra ele aquilo era suspeito.

Ele não contou ou se deixou mostrar que tinha reparado naquele detalhe, apenas agradeceu o funcionário por tê-los guiado até seus respectivos locais, e simplesmente entrou no quarto. 

O ambiente era até que confortável, pensou ele. Tinha uma cama de casal, uma pia com alguns armários e  comida dentro, tinha uma mesa redonda de centro com duas cadeiras, uma televisão e um pequeno sofá. A parede tinha uma cor meio antiquada, ele diria, meio fora do comum. Ela tinha um tom vermelho no fundo, listras, bolinhas e rosas na maior parte da coloração dourada.

Logo em seguida, Samuel foi ver o banheiro, que tinha sua entrada logo ao lado da cozinha. O sanitário parecia razoavelmente limpo, mas mesmo assim era bem espaçoso. Ele entrou no cômodo e olhou ao seu redor. Uma banheira, que deveria caber umas duas pessoas, um vaso sanitário, uma pia clara de porcelana, que tinha alguns vidros com produtos sobre ela. Um espelho com uma detalhada moldura de ferro, e ainda um chuveiro com uma cortinha formando o boxe de banho. Além disso, como decoração os funcionários colocaram um pequeno tapete vermelho no chão. 

 Quando finalmente terminou de examinar aquele local, voltou para o centro do quarto. Onde reparou que nas paredes, mal pintadas, achava ele, haviam pendurado um relógio cuco, que nem devia funcionar mais. Além dele, tinham emoldurado uma pintura de uma linda mulher. Ela usava vestimentas aparentemente medievais, estava de pé, no centro de uma linda paisagem de um campo aberto. Com um sorriso belo como as estrelas em meio a escuridão da noite. Seu vestido vinho com preto na saia e branco no busto, realsava ainda mais a beleza da jovem mulher dos cabelos escuros, como as trevas, e pele alva, como a neve. Sam não conseguia ver os olhos da Dama com clareza, mas sabia que deviam estar jorrando alegrias igual ao seu sorriso.

Ele percebeu a única coisa bonita naquele antiquado local. Após dar uma olhada em seu dormitório ele finalmente se sentar um pouco no sofá. Quando assim fez, alongou sua comprida coluna e ficou ali por alguns minutos enquanto criava coragem para ir tomar um longo e relaxante banho, principalmente depois de tanto tempo em um carro e parando em postos de gasolina e bares, onde a higiene era precária.

Sua mente estava a mil, ele pensava em Isadora, Dean, seu pai, Jéssica, a sua universidade, e muitas outras coisas. Por isso, ele massageou suas têmporas afim de sair de seus devaneios, mas não obteve êxito em suas intensões e acabou soltando um grande e arrastado suspiro. Esse suspiro veio junto com a coragem de finalmente tomar seu banho.

O grande e forte homem foi rapidamente pro banheiro, ligou o chuveiro escondido atrás das terríveis cortinas. Após ligá-lo começou a se despir e entrar debaixo do chuveiro, onde deixou a água quente cair sobre as suas costas e depois pelo seu comprido cabelo e seu rosto.

Mais tarde, ele já tinha se secado e saiu com a tolha enrolada em sua bela e brilhante cintura, enquanto com outra toalha secava seu sedoso e castanho cabelo. Ao terminar de secar seu cabelo ele simplesmente vestiu uma cueca box e se jogou na cama, morrendo de cansaço, não tinha forças para mais nada, nem mesmo falar com Dean ou a nova companheira que não sabia o que era. Ele simplesmente deitou logo assim que colocou sua cueca e tirou a toalha, e sem perceber, o musculoso homem já tinha dormido. Dormiu por longas e restauradoras cinco horas.