03| olá, férias!

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ALERTA: Nesse capítulo é brevemente mencionado o piloto Jules Bianchi!




Porque eles dizem que lar é onde seu coração está gravado
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é apenas onde você deita sua cabeça
Não é apenas onde você arruma sua cama
Contanto que estejamos juntos, importa pra onde vamos?
— HOME, Gabriele Aplin


Porque eles dizem que lar é onde seu coração está gravadoÉ onde você vai quando está sozinhoÉ onde você vai para descansar seus ossosNão é apenas onde você deita sua cabeçaNão é apenas onde você arruma sua camaContanto que estejamos juntos, import...

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Camille

Monte Carlo, Mônaco | 10 de julho de 2016 |

No momento em que sai do carro e coloquei meus pés em terreno monegasco, com os olhos fechados e braços abertos, eu sentia a brisa leve e quente, vinda do mar, me envolver. Como eu estava com saudade daquilo!

Poderia ficar anos sem vir para o principado, mas sempre que coloco meus pés aqui e sinto sua brisa, o pressentimento que finalmente havia chegado em casa permanecia acesso dentro de mim e, eu adorava essa sensação.

Eu nasci em Monte Carlo e passei a maior parte da minha vida aqui. Foram momentos incríveis que eu jamais esquecerei.

Porém, aos meus 9 anos meus pais resolveram se divorciar e fui morar com meu pai na capital do país, Paris, mais conhecida como a cidade das luzes. Embora eu discordar, eles diziam ser melhor para meu futuro, pois lá eu teria ótimos professores que me ajudariam a desenvolver melhor meu dom de superdotação.

Minha vida em Paris não é ruim, pelo contrário, é uma vida que muitos gostariam de ter. Mas mesmo ela sendo maravilhosa, não é Monte Carlo, minha cidade Natal, onde vivi momentos maravilhosos da minha vida.

A princípio eu senti muita falta da minha mãe e chorava todas as noites escondida no meu quarto. Eu entendia como era difícil para meu pai, embora ele não se abrir comigo sabia que, embora a ideia de me levar para Paris para o aperfeiçoamento da minha "dotação" era dele, eu também sabia que ele não queria deixar minha mãe.

Fernand Bellerose nunca se relacionou com ninguém lá, o tempo todo em que não estava centrado no trabalho, estava comigo. Todas as noites jantávamos juntos, conversávamos e assistíamos a um episódio de Friends. Mesmo ele ser o responsável por "romper" nossa família eu não conseguia odiá-lo, no começo até que sim, mas agora eu sabia que ele havia pensando no melhor para meu futuro, embora eu não concordar muito com a ideia.

Eu sei que os últimos anos também estavam sendo muito difíceis a ele. Meu pai ainda amava minha mãe incondicionalmente, era notável o brilho nos seus olhos toda vez que eu mencionava o nome dela. Embora minha mãe tentar me mostrar ao contrário, havia sim a possibilidade de todo o amor dos dois não terem acabado. Eu torcia para que isso seja apenas questão de tempo para eles voltarem.

Mesmo com a separação deles, a nossa família não se "rompeu" totalmente. Sempre quando era possível, minha mãe ia visitar em Paris e em todas as minhas férias que eu podia, vinha para o principado vê-la.

B'Shert ⋆ Charles Leclerc - ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora