One-Shot

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Caminhava em passos lentos sobre as ruas de Tóquio, se dirigia ao parque central, onde, nessa época do ano era possível apreciar as árvores de cerejeira, e as folhas que sutilmente caíam sobre o chão, e coloriam um tom rosado por todo o ambiente, a vista perfeita

Megumi chega ao parque, e para sobre a beira da calçada, relembra de quando era pequeno e adorava brincar com Yuuji, aquela foi com certeza a melhor época de sua vida, se talvez Itadori não tivesse sumido, eles ainda pudessem ser amigos, ou quem sabe um pouquinho mais, sorriu com o pensamento implausível, sentia falta daqueles tempos, que nunca voltariam, sentia falta de seu amigo, ou talvez, só talvez, amor

O lugar onde corria loucamente, entre escorregas, balanços e gangorras, era agora apenas só mais um ponto turístico entre muitos em Tóquio, onde havia exageradamente casais apaixonados por toda divisão, o tom rosa claro que vinha das flores de cerejeira, faziam Fushiguro melancolicamente lembrar de Itadori, ele havia sumido, desaparecido do mapa, e então? Onde estava Yuuji agora? Uma única lágrima fez percurso por sua bochecha, que logo sorriu, encobrindo a própria tristeza

Seu olhar se viu fixado no garoto de cabelos rosados, que estava em frente a árvore, e que delirantemente lembrava Itadori

O vento revoa
Sobre árvores de cerejeira
As folhas soltas caem sobre o chão
Aquarelando um tom rosado sobre o solo

Pássaros cantam
Uma canção melodiosa
Uma melodia prazerosa
Sobre galhos e galhos

O vento balança seus rosados fios
Seu cabelo curto parece dançar
Sobre o imenso raiar daquela sexta-feira
Sua face serena
Se dava o contraste
A aquela admirável paisagem

O vento trazia paz
As flores perfumadas traziam um aroma agradável
Poemas de Leminski recitados pelo ar
Uma vista amável

Respirou &
Inspirou
Singelamente sorriu

Viu o garoto se virar e o olhar

— Megumi? — O garoto perguntou, e Fushiguro o olhou perplexo

— I-Itadori? — Sua voz falhou, ele caminhou pelo parque

— Megumi!

Itadori correu pela grama fofa, e desesperadamente agarrou Fushiguro, que permanecia parado, tentando, só tentando processar a informação, afinal de contas, para onde Itadori tinha ido esses anos todos?

— Eu senti tanto a sua falta! — Diz o garoto de cabelos rosados apertando Fushiguro em seus braços, Megumi corou com a aproximação

— O-onde? — Itadori desfaz o abraço, e o olha — Para onde você foi, por todos esses anos? — Megumi leva a mão sobre o rosto, na tentativa falha de enxugar as próprias lágrimas

— Me desculpe Megumi — Ele tira as duas mãos do rosto de Fushiguro, e limpa as suas lágrimas, deixando um beijinho na testa do mesmo — Por favor, me perdõe

Itadori encarou preocupado fushiguro por alguns segundos, conhecia Fushiguro quando criança, e achava incrível como ele não havia mudado nada, era o mesmo garotinho fofo e desengonçado de antes, crescido agora, e em um piscar, Yuuji tem uma ideia, certamente se estivessem em um desenho animado, apareceria uma lâmpada em cima de sua cabeça

Yuuji envolve a cintura de Megumi com os braços e o carrega pelo parque

— Ei! O que pensa que está fazendo idiota? — Ele diz e Itadori não dá ouvidos — Itadori, me põem no chão! — Fushiguro se debate e Yuuji solta um riso

~Maldito.

Ele para de caminhar, rente a árvore de cerejeira, onde havia dois balanços, a única parte do parque que ainda estava ali, se é que aquilo poderia ser chamado de parque, agora o lugar era um mero ponto turístico, Itadori se senta em um dos balanços e pede para que Megumi se sente ao lado

— Eu poderia ter andado até aqui

— Poderia — Itadori ri — "Se declarar pra alguém em baixo de uma árvore de cerejeira da sorte"

— Isso é um mito — Fushiguro revira os olhos

Yuuji estende a mão e pega uma flor que pairava pelo ar, ele prende a flor no cabelo de Megumi, colocando uma mecha de seu cabelo para trás de sua orelha, ele o encara e percebe as bochechas de Fushiguro ganhar um tom avermelhado

— Eu gosto de você

— Não se deve pegar as flores de uma árvore de cerejeira — Fushiguro diz o ignorando e foi vez de Itadori revirar os olhos

— É só uma

Ele diz e um silêncio se estabelece no lugar

— Eu realmente gosto de você

— Você é insistente — Ele suspira — Se gostasse de mim, não teria ido embora — Ele ri soprado, sua voz claramente transmitia tristeza

Itadori devia explicações.

— Eu... Se me permitir, eu posso explicar — Ele leva a mão até o rosto

Megumi pega a mão que estava sobre o rosto de Yuuji, e a segura sobre a sua, deixando um carinho singelo ali

— Seja sincero — Ele o permite se explicar

— Ainda éramos crianças, e não tinhamos um direito de escolha, minha mãe teve que se mudar a trabalho, não quis te contar antes porque sabia como você iria reagir, eu só... queria passar o ultimo dia com você, normalmente, como todos os outros

— Poderia ter me contado — Ele se levanta

— Hm?

— Eu disse que poderia ter me contado, bobinho — Fushiguro sorri sincero pela primeira vez no dia

Yuuji o encara confuso o ver andar pelo parque se distanciando dele

— Onde vai? — Megumi o ignora — Você não vai embora não é? — Itadori se levanta

— Eu não sou você — Ele aponta para o carrinho de sorvete

— Você continua o mesmo arrogante de sempre — Yuuji vai até ele e sutilmente aperta seu nariz — Eu pago! — Se refere ao sorvete

— É o mínimo meu amor. — Eles caminham até o outro lado do parque

— Amor é?

— O que planeja fazer, agora que voltou?

— Planejo passar o resto da minha vida com você — Ele sorri

— Eu vou adorar.

~Fim.

Autor:

Olá leitores, como estão, hm? Obrigado por ler essa história até aqui ^^

Me perdoem qualquer erro

954 palavras.

Flores De Cerejeira ─ ItaFushiOnde histórias criam vida. Descubra agora