3_TODOS SONHAM COM O FRED

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VELMA DINKLEY!

A tempestade da noite anterior havia deixado as ruas em um trânsito horrível, eu dirigia eufórica e agoniadamente, precisava chegar logo, estava parada em uma fila de carros no centro da cidade, onde um mutirão de pessoas cercavam os mesmos aos gritos, e olhavam para o alto de um prédiozinho de dois andares, olhei pelo para brisas e vi uma mulher pouco mais alta que eu, vestida com um pijama de bolinhas, desci do carro e me aproximei me esbarrando em algumas pessoas e me desculpando, parecia que ia pular lá de cima, as pessoas estavam em gritos agoniantes, a mulher virou o olhar para mim, mas, sua expressão no entanto não emitia, ou parecia não emitir nenhum pouco de preocupação, ela me olhou sem dizer nada e eu juro que vi seus olhos queimarem feito fogo, tenho que admitir essa cidade me surpreende mais a cada dia, não em um sentido bom, mais totalmente ruim e perturbador. Ela me encarou por segundos que foram os segundos mais torturantes de minha vida, ela parecia sem expressão, conseguia ver um vazio em seu rosto, seus olhos agora estavam cobertos por um negro profundo como piche, tentei fugir com o olhar no entanto não tive sucesso, quando percebi que a mulher se desencarnou no ar virando pó e se recompondo, ali agora estava Fred com o mesmo olhar negro, ele me encarou deu um sorriso, de lado e se jogou do segundo andar, e o estrondo de seus ossos se quebrando ecoou pela minha cabeça.
Acordei assustada em uma sala de espera com cadeiras brancas, em frente a uma parede de vidros, que dava vista para toda a cidade, e percebi que havia tido um pesadelo.

- hã.. velma dinkley- um cara de jaleco branco, abriu uma das portas do outro lado do corredor.

- sim sou eu! - Eu levantei depressa da cadeira ajeitando meu suéter laranja.

Ele fez sinal para que eu o seguisse, e foi o que fiz, entrei na sala veterinária e avistei scooby sobre uma cama, ele estava imóvel e apagado, corri e botei minhas mãos sobre ele.

- o que ele tem doutor?- ajeitei meus óculos enquanto impedia a lágrima de percorrer meu rosto.

- como dito, pelo telefone o estado de scoobert não é nada bom, ele está muito fraco, e parece ter apanhado muito, tememos que o pior possa acontecer, ele precisa de alguns remédios, e talvez altas doses, eu listei nessa lista, e veremos o que podemos fazer- ele me entregou uma listagem com vários remédios, olhei rapidamente toda a folha e me surpreendi.

- gente! mais isso aqui custa uma fortuna!- levei minhas mãos a boca.

- sinto muito senhorita dinkley, mais sem esses remédios não podemos fazer nada, a favor para ajudar scoobert- ele puxou a cadeira sentou se e juntou os dedos na frente do rosto - e então? - lançou me um olhar ganancioso, não sei qual o problema das pessoas nessa merda de cidade.

- já sei a quem pedir ajuda! - levantei meu indicador para o alto, peguei o meu telefone celular e disquei para o número.

DAPHNE BLAKE

Era mais um dia de rotina, eu estava no meu camarim, me preparando e ensaiando o roteiro para meu programa, eu entraria no ar em trinta minutos, levantei da cadeira de balanço, com minha limonada, e me pus de frente ao espelho, passando um pouco de blash para dar destaque ao meu rosto, e passei meu batom vermelho que se acentuava ao meu tom de pele com uma leve cor rosada, e então, um dos meus câmeras bateu na porta, e eu o mandei entrar, ele abriu a mesma.

- pronta daphne? entramos em alguns minutos! - eu assenti com a cabeça ainda sem olhar, retocando meu batom no espelho, até que de repente meu celular tocou, olhei e era velma, pensei em não atender era melhor assim, mais olhei bem para a tela do mesmo,
inspirei fundo e atendi.

- alô velma oque você quer?... Como? O que houve com scooby? .. Vou pegar um táxi e Jajá chego ai - desliguei o celular, fui até a portaria onde o diretor me parou.

SCOOBY! Horizonte Negro Onde histórias criam vida. Descubra agora