De Volta á Paris... Ou Não

58 4 1
                                    

Louise encarou a turma, esperando que a vissem assim que percebessem que ela estava ali.

Mas isso não aconteceu.

O sangue continuou a pingar na mesa, e ela tentou mexer o braço, assim fazendo com que percebessem que estava ali. Mas só perceberam a mudança da posição das gotas de sangue. Nada mais.

Os alunos, assustados, começaram a falar sobre o que poderia ser aquilo, mas ninguém tinha boas hipóteses. Foi quando Louise percebeu que poderia tocar no giz do quadro.

Quando a Professora saiu da sala, ela pegou o giz e escreveu, em letras bem grandes: 

"O GENTE EU TO VIVA BANDO DE CEGO -Com amor, Louise"

Ela então escreveu mais algumas coisas, sobre o lugar que gostava de chamar de "O Reino de Copas", pois uma das feridas á lembrava do filme de Alice no País das Maravilhas. Anotou em detalhes as coisas que via ali, e também dizia sobre o sangue que estava na carteira.

Os alunos ficaram assustados, pois não era apenas um giz flutuante, mas também situações horríveis sendo descritas aos mínimos detalhes.

É claro que Lila tentou incriminar Marinette por isso.

(Lila)- Gente, eu acho que quem ta fazendo isso é a Marinette, e ela só não quer admitir!

(Marinette)- QUE? Ta todo mundo vendo o giz se mexendo sozinho!

Louise pegou o giz e chegou perto de Lila. Todos estavam assustados, e então, a menina escreveu no rosto da outra "OBSERVEM AQUI, UMA CASCAVÉL, DIRETAMENTE DO PIAUÍ". 

Todos da sala estavam confusos, enquanto Louise e Marinette se acabavam de rir.

A professora logo voltou e se deparou com a escrita no quadro e no rosto de Lila. 

Resolveram chamar a polícia para fazer uma investigação, mas não foi necessário, já que Louise voltou ao normal depois de poucos minutos. A escola foi fechada e os alunos liberados. Os reflexos voltaram ao normal e parecia estar tudo bem.

Apenas parecia.

Naquele mesmo dia, BlueGirl não apareceu na patrulha, mas já não importava. O clima entre Ladybug e Chat Noir havia melhorado após o incidente na escola.

Os jornais especulavam, novamente, que algo mais acontecia entre os heróis, e realmente acontecia.

Marinette se lembrava de todos os momentos vividos com Chat Noir, e percebia que aquele era o verdadeiro Adrien. Aquela era a pessoa por qual era apaixonada. E não era só a personalidade "Adrien" que ela amava.

Enquanto isso, Adrien percebeu que todos os sinais estavam ali, ele era apenas cego demais para ver. Ele lembrou de Marinette: Sua bravura, sua inteligência.

(Adrien):É, Mari, você realmente era nossa Ladybug de todo dia.

Nenhum cidadão de Paris parecia incomodado com a falta de BlueGirl, nem os próprios heróis. Tudo estava perfeito, e nada poderia mudar aquilo. Ou, pelo menos, era o que eles achavam.

No mundo do Reino de Copas, ainda havia uma presença. A mesma presença de antes. Louise ainda estava lá.

A garota continuava vagando, tentando achar uma forma de sair dali. Seu corpo seguia sua rotina, porém, estava sem alma.

A patrulha daquele dia estava tranquila, até que Chat Noir encontrou algo estranho.

(Chat Noir): "Procura-se Louise L'Fille Bleue. Caso tenha alguma informação, por favor, contatar esse número". Mas essa menina já não tinha sido encontrada? Ah, pera, ja sabemos as identidades um do outro. A Louise ja não foi encontrada? Ela até escreveu no quadro da escola.

(Ladybug)- Sim, ela escreveu... Estranho. Agora eu percebi: A Bluegirl não ta aqui.

(Chat Noir)- Será que aconteceu algo com ela?

(Ladybug)- Não sei, é melhor investigarmos isso.

(Chat Noir)- Certo.

BlueGirl: Aventuras em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora