O lifestyle de Horácio

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NOTAS INICIAIS

Olá, pessoas, tudo certo? ♥

Queria dizer que o Scorpius está sendo mais amorzinho que o normal (mentira, não muito) e que eu espero que vocês gostem ♥

Ela vai ter cinco capítulos, que serão postados a cada dez dias mais ou menos... Além disso, quero que todos abram os olhos para enxergar a mudança de pensamento da Rose durante a história; e tentem ver o lado bom dela também hehehe

Boa leitura ♥



Eu sempre fiz muitos planos, porque sempre acreditei que a vida tem de ser planejada para dar certo. Se as regras, as normas, os planos e a própria lógica existem, é porque devem ser aplicadas mais cedo ou mais tarde. Essa sempre foi a minha filosofia, e ela pareceu dar certo por dezessete anos.

Porém, sempre teve alguém para discordar do meu, então, lifestyle com argumentos que eu nunca dei muito crédito por serem fundamentados no tal "carpe diem". A primeira pessoa que me apareceu com essa história sem pé e nem cabeça foi o Teddy, namorado da minha prima Victoire, logo após que eles engataram em um romance. Eu era pequena, na época, e decidi pesquisar o que significava. Encontrei que carpe diem é uma expressão que significa "aproveite o dia", com o sentido de aproveitar o máximo o agora e apreciar o presente. Quem escreveu isso foi um poeta trouxa, Horácio, em um livro onde Leucone era aconselha com a frase "carpe diem, quam minimum credula postero", ou seja, colha o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã. Para mim isso nunca foi uma opção, nunca, sempre fui metódica o suficiente para planejar desde o meu primeiro minuto acordada até o meu último instante consciente antes do sono — e ninguém pode garantir que até os meus sonhos não eram controlados.

Um dia meu tio Jorge me perguntou qual era a vantagem de ter tudo planejado, já que não haveria surpresas, emoções e nada que pudesse me fazer sentir coisas diferentes (vale ressaltar que eu não entendi a colocação de coisas diferentes, porque não faziam parte do meu repertório). Eu respondi que a vantagem era não ser surpreendida com coisas ruins e persuasivas à loucura, e ele apenas deu risada, como sempre. Nunca fui levada a sério com as minhas paranóias, embora estivesse certa na maioria das vezes. Como, por exemplo, da vez em que Alvo surgiu com a ideia de pintar um corredor de Hogwarts de verde para celebrar a vitória da sonserina e eu disse que era uma má ideia. Realmente foi, a sonserina perdeu trinta pontos e a corvinal acabou ganhando a Taça das Casas naquele ano. Também teve a ocasião em que Dominique foi a um encontro com Brad Goldstein mesmo eu dizendo que era muito estranho ele, de repente, chamá-la para sair em um dia dos namorados; Dominique disse que era obra do acaso e foi, mas descobriu que a intenção dele era fazer ciúme na ex-namorada (coisa que ele realmente conseguiu e provocou uma leve perseguição obsessiva da garota por algumas semanas). Não vou nem levar em consideração às vezes em que estava certa sobre as burrices de Hugo e Lily Luna.

Ou seja, apesar de eu sempre ter sido focada em fazer as coisas milimetricamente perfeitas — incluindo relacionamentos, refeições e estudos — eu sempre tive fatos comprovados pela minha ciência para continuar me incentivando a ser como sempre fui: metódica, organizada, perfeccionista e contra obras do acaso. Foi por esse motivo que nunca quis participar das aulas de Adivinhação. Mas por puro azar, Roxanne participava e era considerada muito boa com essas coisas, o que gerava comentários aleatórios em conversas que despertavam um interesse repentino. Quem não queria saber do futuro, não é? Todo mundo menos eu, Rose Weasley, porque ele sempre esteve planejado. Eu me formaria em Hogwarts, conseguiria um emprego no Gringotes, me casaria com Brian Wood e teria dois filhos: Joshua e Elizabeth. Tão simples, nunca entendi por que as pessoas faziam disso um drama.

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