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JOSH BEAUCHAMP
olá! sou Joshua Kyle Beauchamp Deinert, mas prefiro que me chame apenas de Josh, tenho 17 anos, uma irmã do outro lado do mundo, mais especificamente Londres, Sina Maria Deinert Beauchamp, ela faz intercâmbio, tem 19 anos, dois anos de diferença
Meus pais, Ursula Beauchamp e Ron Beauchamp, são divorciados, minha mãe mora com o esposo dela e eu com meu pai, é minha mãe casou novamente, nunca o conheci, mas vou, terei que morar com ela agora, meu pai vai voltar para o Canadá, recebeu uma proposta maravilhosa de emprego e não vai deixar passar. Meus pais engravidaram cedo de Sina, e dois anos depois de mim
meus pais se separaram há cinco anos mais ou menos, foi difícil pra mim e para Sina, mas superamos, só que eu preferi vim morar com meu pai. Ir morar com minha mãe não é ruim, a amo muito, só não sou muito próximo, mas tomara que seja legal agora
- filho? - meu pai chega no quarto
- oi pai - sorrio
- quer ajuda? - pergunta se referindo as malas que eu arrumava
- não não, obrigado
- olha, mesmo eu indo morar longe, vou te apoiar em qualquer coisa, sabe disso - assinto - sobre os garotos da escola - baixo a cabeça - ignora, certo? e se fizerem algo pra você, conta pra sua mãe, ela vai te ajudar, e se quiser conversar comigo, tenho meu celular pra isso - sorrio e o abraço
- obrigado pai, ah e vê se encontra alguém no Canadá
- você não tem jeito Josh - ele sai rindo, eu ri também
sobre os garotos, eu sofro bullying no colégio por eu ser inteligente e "gay", só que eu nunca nem beijei, nunca tive contato com ninguém, nunca beijei uma garota, muito menos um garoto, e se olho pra um, me chama de viadão e que são hétero, se eu olho pra uma garota, falam que namoram e que nunca ficaria comigo, mas eu não olho com intenção de dizer "oi te achei bonita(o)" eu olho por olhar mesmo, sem intenções, não quero nada com ninguém agora, quero focar nos meus estudos
e sobre inteligência, me zoam por isso, me ameaçam para eu passar cola, mas não me acho inteligente, mas sim esforçado, dói muito ouvir as pessoas falarem "e ai nerd viadão" mas não quero preocupar meus pais com novas escolas, então não fico querendo mudar
agora indo morar com a minha mãe, fica um pouco mais longe da escola, mas nada que uma boa caminhada não ajude. Minha mãe, Ursula, é médica pediatra, a admiro muito saber que ela ajuda várias crianças, ela vem me buscar daqui a pouco, mas não estou preparado para se despedir do meu pai, saber que daqui a três dias ele vai estar no Canadá...
- filho? sua mãe chegou - meu pai fala
eu e meu pai sempre fomos muito unidos, e quando vim morar com ele, ficamos mais unidos ainda, ele sempre me ajudou quando era menor e chegava chorando por causa dos garotos da escola, ele disse que não tinha problema se eu fosse gay, ia me amar de todo jeito, então vai ser difícil dizer "tchau"
- tô indo - fecho a última mala, olho pro quarto vazio, apenas com um cama e guarda-roupa, pego minhas malas, fechando a porta e saindo
vou andando, vejo minha mãe, quando me vê ela sorrir e me abraça forte
- filho!
- oi mãe! - sorrio pra ela que deixa um beijo na minha bochecha
- estava com saudades meu amor
- também estava - isso não é mentira, sempre quis ser mais próximo dela
- vamos? - assinto
olho pro meu pai que abre os braços e eu o abraço e não controlo as lágrimas
- vou sentir sua falta
- também meu amor - beija minha testa - mas pode contar comigo pra tudo, sabe disso, sempre te digo isso - eu acabei rindo - vai lá, você vai gostar de morar com sua mãe, já recebeu muito carinho meu, agora é a vez dela - fala brincando e eu ri
- amo você
- também te amo filho
me despeço dele e entro no carro dela, as malas já tinham sido guardadas no porta-malas, ela da partida pra sua casa
- estou feliz que vá morar comigo - ela fala e eu sorri
- eu também
*quebra de tempo*
um tempo depois nós paramos em uma casa de primeiro andar, não tão grande mas também não tão pequena, ela estaciona e saímos do carro, pego minhas malas e ela me ajuda
- entre - ela me chama sorrindo
entro e vejo a sala, era linda, um lindo sofá, uma tv grande.... a casa não era tão simples
- venha, vou te mostrar a casa, deixa as malas ai, sinta-se em casa
ela mostra todos os cômodos, sala, cozinha, parte externa com uma linda piscina, o primeiro andar, onde ficava os quartos, inclusive o meu
- não sei como gosta o seu quarto hoje em dia, mas pode decorar com o que quiser
- obrigado mãe - a abraço e ela sorrir
- meu esposo chega daqui a pouco, ele foi na casa da irmã dele mas já vem, vai gostar dele, ele é legal
- que bom, estou feliz que seguiu sua vida mãe - ela sorri
- está tão grande - eu sorri
- vou tomar um banho - ela assente e sai
entro no quarto, coloco minhas malas no canto e pego uma roupa leve, estava com um pouco de sono então provavelmente irei dormir. E foi isso que eu fiz, tomei banho, vesti uma samba canção do bob esponja e deitei. Sim eu tenho uma samba canção do bob esponja
*quebra de tempo*
abro os olhos devagar e levanto, vejo pela janela que já estava de noite, visto uma camisa e desço
dando de cara um cara de cabelos morenos, sentado no sofá enquanto mexia no celular
começo a sentir um pouco de vergonha, tento passar reto pra que ele não me veja, mas sou parado
