Draco estava finalmente se recuperando, estava acontecendo de maneira lenta, mas estava.
Draco Malfoy era um fotógrafo extremamente famoso de 22 anos, além da grande fama também havia nascido em berço de ouro. Um alfa lúpus que, apesar de assustar praticamente todos apenas com a sua presença, era um amor, era cuidadoso e carinhoso.
Mas lá estava ele, deixando um buquê de lírios brancos sob a lápide do único membro da sua família que se importava consigo. Sua tia ômega havia falecido devido a um câncer no estômago aos plenos 38 anos. Apesar de todo o dinheiro que a família inteira havia aplicado no tratamento, sua amada tia não resistiu, indo a óbito a aproximadamente um mês atrás.
Enquanto caminhava de volta para o seu carro, decidiu que queria ajudar a salvar a vida de, pelo menos, uma pessoa. Decidiu ir ao hospital de ômegas mais pobre da cidade. Não pudera salvar sua tia, então salvaria outra vida, poderia ser a salvação na vida de uma família
Harry suspirou frustrado, um pouco irritado também, fazendo um bico involuntário e inflando as bochechas pálidas. Nem o lápis conseguia mais levantar, se sentia completamente impotente.
Harry Potter era um ômega dócil de 18 anos. Tinha o sonho de fazer faculdade de fotografia, mas era um tanto quanto impossível. Possuía uma doença terminal, uma doença que era exclusiva de ômegas, principalmente nos dóceis, também extremamente rara. Não havia cura, bom, na verdade existia uma.
Quem tinha essa doença, tem problemas com os glóbulos brancos. Por alguma razão desconhecida, eles só começavam a defender o corpo quando o ômega estava marcado por um alfa, até lá seu corpo ficava com um sistema de defesa extremamente fraco.
A doença foi descoberta assim que o ômega nasceu, o que causou desespero para os dois ômegas, já que não tinha o que eles pudessem fazer.
James Potter acabou engravidando de um alfa, que se recusou a assumir o bebê. Mas sua vida não parou pela gravidez. Quando estava com três meses de gestação, saiu em um encontro com uma ômega chamada Lily Evans, com a qual se estendeu para mais três encontros até o namoro começar. Ela assumiu o bebê, alegando que tinha sido pela inseminação artificial. Casaram-se dois meses após o nascimento de Harry.
A doença acatou mesmo aos 15 anos, após o primeiro cio do garoto, tendo que ir toda semana ao médico para tentar resolver alguma coisa. Aos 17, ele passou a morar no hospital, por não ter condição de sobreviver sem acompanhamento médico, e seus pais não tinham mais dinheiro para bancar qualquer tratamento que sabiam ser inútil.
O ômega estava condenado à morte. Harry não tinha força nenhuma para fazer as coisas que gostava de fazer. Apenas ficava naquela cama dura do hospital, sem fazer absolutamente nada, sua vida passando pelos seus olhos, indo embora e levando junto a sua saúde mental.
Ao soltar o lápis, suspirando frustrado, se ajeitou na cama. Iria dormir, era a única coisa que conseguia fazer, afinal, pelo menos, se alegasse dor, o dopavam, e então o sono era garantido.
(...)
— Boa tarde. — o alfa falou na recepção do hospital, já dando para perceber a carência financeira do local apenas pela entrada.
— Boa tarde, senhor. — a beta falou gentilmente — O senhor veio visitar algum parente? — perguntou estranhando um pouco, era notório a condição financeira elevada do alfa, não somente pelas roupas, mas pelo modo de se portar.
— Eu gostaria de saber se posso conhecer algum dos ômegas — falou calmamente, vendo a mulher franzir o cenho desconfiada — Acompanhado de um enfermeiro, obviamente.
— E eu poderia saber o por quê? — perguntou de forma rude.
— Minha tia morreu recentemente. — falou fingindo descaso — E além da doação que eu fiz para esse hospital, queria poder tentar ajudar diretamente algum paciente — falou sério, encarando a mulher.
— Certo. — falou, ainda com receio se alivia ao ver uma enfermeira alfa passando por ali. — Chang ! — chamou, a vendo se virar para si — Está ocupada?
— Não, por que? — perguntou confusa, não costumava conversar com a beta.
— Pode, por favor, acompanhar esse senhor? Ele pretende ajudar algum de nossos pacientes e gostaria de conhecê-los. — explicou brevemente.
— Claro — a alfa sorriu — Me chamo Cho Chang. — se apresentou — E o senhor?
— Draco Malfoy — eles apertaram as mãos e começaram a andar pelo primeiro corredor que tinha — Pode me apresentar a algum ômega que eu possa mesmo ajudar? — pediu de forma calma.
— Claro — Cho concordou — Precisamos apenas parar no quarto de um ômega, sou a enfermeira dele e preciso ver se ele está bem. — o alfa apenas concordou com a cabeça.
Passaram por alguns quartos até chegarem em um com o número 357 gravado na porta. Assim que a alfa abriu a porta do quarto, Draco pode enxergar o ômega deitado na cama, adormecido.
Os cabelos castanhos escuros e bagunçados, a pele extremamente pálida, o nariz levemente grande, mas bonito no rosto do garoto, a boca bem desenhada, com uma pintinha estrategicamente posicionada abaixo do lábio inferior. Ele era tão lindo que se comprava a um anjo
Percebeu seu lobo se agitar dentro de si, uivando alto. Pelo reflexo do vidro da janela, que ficava atrás da cama, conseguiu ver as suas orbes roxas. A cor dos olhos de seu lobo eram vermelhas e não roxas.
— Com licença, quem é ele? — perguntou imediatamente para a enfermeira, sabendo que seus olhos já tinham voltado a ser castanhos.
— Potter, Harry, está morando aqui há um ano já. Mas não há dinheiro que possa o salvar, senhor Malfoy. Não há tratamento para o que ele tem — falou com pesar, tratava do garoto desde os 15 anos dele.
— E o que é? — permitiu que sua curiosidade falasse por si, vendo a mulher sorrir.
— Uitiosam colit leukocytes, latim para leucócitos falhos. — falou triste olhando para o menor.
— Estudei sobre isso na escola. — Malfoy falou.
— Eu sinto tanto por ele. Harry é um amor, gentil com todos e um garoto extremamente fofo. Mas segundo ele mesmo, está morrendo lentamente nessa cama. — suspirou pesado — Ele não tem mais força para segurar um lápis e ama desenhar. Não consegue andar, sendo que amava correr. Não consegue tirar nenhuma foto pelo peso da câmera e queria fazer faculdade de fotografia — Draco se entristeceu pela fala da mais velha — Quando ele ainda conseguia andar, era comum o ver na área infantil, sempre conversando com as crianças, desde as com câncer, até as da ala de queimados. Sempre fez a alegria de todos.
— Mas então ele piorou, certo? — o lúpus deduziu.
— Ele continuava indo lá com a cadeira de rodas todos os dias. E então, quando percebeu não ter força para levantar uma câmera, ou para ir lá fora fotografar qualquer coisa, foi ali que ele parou de ir lá. — secou uma lágrima que escorreu, era triste pensar em como o garoto sempre sorridente tinha se tornado tão triste — Ele perdeu qualquer esperança. — concluiu.
— E.Eu posso esperar ele acordar? Gostaria de conversar com ele. — pediu baixo, encarando o ômega adormecido na cama com uma aparência nada confortável.
— Sim, claro. — a alfa concordou enquanto se recompunha — Pode ficar no sofá. — apontou para o sofá pequeno que tinha para visitas — Eu vou tomar um ar, qualquer coisa, aperte o botão. — apontou para o botão vermelho com a aparência velha.
—Ta — o alfa concordou, se sentando no sofá duro, vendo a mulher sair.
Seu lobo havia escolhido um ômega desconhecido e em estado terminal, não podia estar menos do que assustado.
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Olá
A história original é Taekook, e minha, é uma adptação feita pela autora origial, a outra fantic ta no meu perfil principal.
É isso
Beijos na bunda
Até o próximo capítulo
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Purple Eyes (Drarry)
FanfictionHarry era um ômega que estava tendo sua vida tomada lentamente por uma doença, e Draco a devolveu após perder sua tia. Potter sempre acreditou que foi salvo pelo Malfoy, mas foi ele quem salvou o alfa ABO, AU