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-𝐄stou bonita?-Conny me perguntou com uma roupa preta, que era vestida quando íamos ser adotados.
-Você sempre esteve linda-falei e vi os seus olhinhos brilharem-seus pais adotivos vão te amar!

Ela olhou para Don que assentiu com a cabeça, logo depois ela nos abraçou.
-E-Eu...obrigada pessoal!

Ela ia descer as escadas junto com o resto mas eu a impedi.
-Conny! Eu fiz uma música de despedida para você-falei pegando meu ukulele.

-Jura? Eu amaria ouvir-la.-falou animada fazendo o resto das crianças me olharem.

Comecei a tocar para Conny que abriu um sorriso bem grande e me abraçou no final da música.
-Obrigada S/n, obrigada a todos-seus olhos se enchiam de lágrimas junto aos de Don.

➷..................,

-CONNY?!-Ouvi Emma gritar ao ver o coelhinho da loirinha que havia sido adotada.
-E agora? Ela não dorme sem ele!-disse tristemente.
-O portão deve estar aberto, as luzes estão ligadas.-Ray surgiu

-Eu vou leva-lo!-exclamou Emma
-Eu te acompanho.-Norman falou correndo atrás dela

-S/n, você vai também?-Ray perguntou esperançoso e se surpreendeu ao ouvir um não como resposta.
-Ray, eu até iria...mas...-falei chorosa-Se eu ver Conny novamente eu não sei se vou deixa-la ir-Completei sentindo algumas lágrimas escaparem. Eu tinha uma relação muito forte com Conny, desde que a loirinha chegou somos amigas.

Eu sempre ficava muito triste quando as crianças eram adotadas, era como se elas tivessem morrido. Não mandavam cartas, mama não sabia de nada.

Fui para a biblioteca, talvez ler um livro me deixasse mais animada.

➷. Autora On

Ray permaneceu perto da porta, esperando por Emma e Norman que chegaram 10 minutos depois.                                                                                                                                                                  -Eae, como foi?                                                                                                                  Eles estavam acabados, foi pior do que o moreno imaginava.                        -Não chegamos a tempo.- O respondeu se direcionando a escada.

Ray subiu as escadas um pouco depois deles e andou até a entrada da biblioteca, avistando S/n -Não vai ver as estrelas?-ele perguntou se sentando ao lado dela.                                                   -Nop...-cochichou baixo, olhando para o livro "Pequeno Príncipe" que havia pegado, provavelmente não ia ler.           

-Ei, posso te contar um segredo?-O moreno falou tentando anima-la                                                          -Segredo?-Perguntou e viu o garoto assentir-Qual?                                            -Eu não tenho amnésia infantil, me lembro de tudo que aconteceu a partir dos nossos 3 anos.   A parte do "a partir dos 3 anos" é mentira, mas era preciso.                                              -Jura? Conta coisas legais que você se lembra, por favor!-exclamou animada, qualquer coisinha besta melhorava seu humor.  

Ficaram bastante tempo conversando sobre lembranças legais e engraçadas.

-Obrigada por me animar, Ray.-falou dando alguns bocejos-Acho que vou indo dormir, boa noite.                                                                                                                                                                             -Boa noite.- Resmungou pegando um livro azulado, sobre o mar.

➷. S/n On - Manhã

-Emma, tudo bem?-perguntei, nunca vi ela tão desanimada. Sem contar que de noite ela acordou várias vezes chorando.                                                                                                                               -S-sim, eu só não dormi muito bem...-a alaranjada respondeu baixinho, olhando para baixo-Vou indo comera-Completou saindo do quarto.

-Gilda, você sabe o que aconteceu?-perguntei e ela fez um não com a cabeça, ela devia estar preocupada também. Penteei meu cabelo vendo as pontas azuladas, eu odeio meu cabelo natural, por isso pintei as pontas de azul. Tenho que ficar retocando TODA SEMANA, porque mama não deixa eu usar tinta permanente, pois estraga o cabelo. 

Terminei de arrumar meu cabelo e fui para fora da casa, eu não estava com nem um pingo de fome. Sentei debaixo da árvore e peguei meu ukulele, tentando formar uma nova música.

-Oe-Tomei um susto ao ver Ray                                                                                       -Há quanto tempo está aqui?-Balbuciei sentindo um rubor se formar em minhas bochechas.     
-Mama sentiu sua falta no café da manhã-falou se sentando ao meu lado-por que não foi?             
-Estou sem fome-respondi-agora responda a minha pergunta!                  -Há tempo suficiente pra ouvir a música toda-falou alguns segundos depois-É bonita, eu gostei.- Completou enquanto eu me sentia um tomate.                                                                                -Obrigada-gaguejei com o coração palpitando, acho que vou ter um infarto. Fui tomada por uma tontura ao me levantar rápido demais e cai no chão ralando meu joelho-Aíí!-exclamei com dor.

Sempre me disseram que eu sou dramática, mas na verdade eu só...

-S/n! Já é a terceira vez que eu te chamo, vamos para a enfermaria.
-Certo-falei me levantando mas logo depois tropeçando por causa do machucado-AAAÍ

Ray suspirou umas duas, não, três vezes e falou baixinho:
-Quer se apoiar no meu ombro?...

-Sério, quem NÃO ia querer se apoiar no seu ombro?-pensei, ou pior, falei.

-Uh...eu acho que o Don, ele não vai com a minha cara.- Respondeu com um sorriso de lado que aumentava cada vez que eu pensava: "eu falei isso em voz alta? Que vergonha!"
-Vem logo!-resmungou estendendo a mão para mim.

Céus...

                                            




❤︎𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 𝐑𝐚𝐲 - 𝐘𝐨𝐮 𝐚𝐧𝐝 𝐦𝐞...𝐚𝐥𝐰𝐚𝐲𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫❤︎Onde histórias criam vida. Descubra agora