Maybe. - (thiam story)

One.

Então, essa é a minha primeira história Thiam, espero que não esteja horrível. 

Peço desculpas por quaisquer erros. Todos os comentários serão bem vindos. :)

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-Pai! Pai, acorda!

Sentiu um peso em cima de seu corpo. Assustou-se em um primeiro momento, pois deveria estar sozinho e desconfortável no banco de trás de sua caminhonete, não deveria estar sentindo a maciez de um colchão e muito menos o cheiro agradável e familiar de um certo perfume. 

-Pai! Aimee não sai do banheiro, eu já bati mais de dez vezes e ela não sai. Eu vou me atrasar para a escola e hoje eu tenho treino, não posso me atrasar! - Olhou para a pequena criatura de cabelos castanhos e olhos azuis sentada ao seu lado na cama, ainda trajada com um pijama infantil. -Pai, por favor, fale com ela.

Assentiu, mesmo não fazendo ideia de como viera parar naquele lugar. Talvez tenha sido atingido por um caçador com algum dardo que provoque alucinação.

Sentou-se no colchão macio e empurrou a pilha de cobertores de si, era uma daquelas manhãs geladas em Beacon Hills. A garotinha ao seu lado – que não deveria ter mais do que sete anos – acompanhou seus movimentos e agarrou sua mão arrastando-o para fora do cômodo. Deixou-se ser conduzido até a frente de uma porta branca, que pelo enredo da história poderia apostar ser o banheiro da pequena casa.

-Aimee saia logo daí! - A menina falara em uma entonação mais alta, apertando sua mão como uma força um tanto quanto anormal para uma criança enquanto olhava para si com um sorriso no rosto angelical como se esperasse sua aprovação.

-Eu disse que já estava saindo... Ah, oi papai. - A outra menina, Aimee, abrira a porta com certa brusquidão, seus olhos cintilavam em um amarelo vibrante para a menor. Se espantou com o reconhecimento do ser sobrenatural, mas não mais do que a própria criatura que aparentava um leve rubor sob as bochechas, como se tivesse sido pega no flagra. -Eu não acredito que você acordou o papai para isso April, eu disse que não demoraria.

A agora então Aimee, que pela sua estatura deveria ter cerca de nove anos, estava com o uniforme da escola e com os cabelos loiros presos em uma trança. Quando o amarelo desapareceu de sua íris percebeu a semelhança com seus próprios olhos. Não mais desorientado pelo sono, conseguia sentir o desejo quase animalesco de proteger aquelas criaturas como se fossem suas e, nesse caso, eram mesmo.

April soltou sua mão e correu para dentro do banheiro, empurrando de leve a irmã para fora para conseguir fechar a porta. Seu lobo interior se agitava com as duas betas a sua frente, eram realmente especiais para si.

-Papai vai tomar café com a gente hoje? - A expressão quase esperançosa da menor lhe deixou extasiado. Ficou em dúvida se deveria questionar o quão raro esses momentos em família seriam.

-Sim pequena, já irei descer. - Abaixou-se para depositar um beijo na testa da menina e retornou ao quarto, não se incomodou em arrumar a cama, na sua concepção não havia necessidade para tal, já que logo mais retornaria para dormir. De forma natural, procurou suas roupas no móvel em um canto do quarto e foi em direção ao que imaginou ser um banheiro privativo e realizou sua higiene matinal.

Por mais que tudo parecesse estranho e decorrente de um episódio alucinógeno, tinha uma sensação agradável a todas as coisas circundantes, como se pertencesse a aquele lugar. Trocou de roupa, por algo mais casual e desceu o lance de escada, se orientando pelas vozes que ecoavam da cozinha.